Crema catalana: an upgraded crème broulé, tasting more of caramel than of sweet milk. It's good just the traditional way, in ice cream (not photographed), or filling brazo gitano... delicious in whatever shape or form. They should make a drink out of it! Preferably non-alcoholic.
27 fevereiro, 2010
Parece que estou a ouvir #96
Resistência
duas ou três casas
uns bancos vermelhos
ao meio uma cruz
ali num café
ao lado da igreja
os homens parados
e uma linda luz.
Com a voz que me resta
eu não vou poder cantar
às coisas do mundo
não sei descrever
estou longe
são portas fechadas
segredos por revelar
são coisas do mundo
só se podem ver
ao longe.
Sim estou convencido
que isto é mesmo assim
que nunca se conta
bem o que se vê
e levo comigo
já sem aprender
o que os olhos vêem
e eu já não sei.
Com a voz que me resta
eu não vou poder cantar
às coisas do mundo
não sei descrever
estou longe
são portas fechadas
segredos por revelar
são coisas do mundo
só se podem ver
ao longe.
25 fevereiro, 2010
Espantos #237
24 fevereiro, 2010
Memórias #39
Ao olhar para a Patrícia esta manhã, vieram-me à memória as lindissimas aguadeiras do Nordeste.
Retirado do contexto #113
A minha nova companheira de secretária tem xaile (tem, tem!), carrapito e é magrinha como eu.
Quando comecei a pensar em que nome lhe haveria de dar, reparei que já tinha.
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Retirado do contexto
23 fevereiro, 2010
Español #9
Idiomatic expressions are always funny!
¡Sois uns manazas! vs ¡Sois uns manitas!
rompeis todo vs arreglais todo
Inés es la que siempre corta el bacalao
la que destaca, organiza
No me lo cuentes otra vez, Ana María me lo contó ayer con pelos y señales
muy detalladamente
Anita es el ojito derecho de Vicente
la preferida de
Le gusta hacerse el sueco
hacerse despistado
Nosotros tuvimos que pagar los platos rotos, no ellos
ser culpados injustamente
No disimules, sé muy bien de qué pie cojeas
cuáles son tus defectos
Pensábamos que estaríamos solos y éramos ciento y la madre
muchísimos
Los vecinos de arriba tienen muy malas pulgas
mal carácter
Siempre que tiene un problema viene a mí, soy su paño de lágrimas
consuelo y ayuda
22 fevereiro, 2010
21 fevereiro, 2010
Palavras lidas #118
When pestered with questions, memory is like an onion that wishes to be peeled so we can read what is laid bare letter by letter. It is seldom unambiguous and often in mirror-writing or otherwise disguised.
Beneath its dry and crackly outer skin we find another, more moist layer, that once detached, reveals a third, beneath which a fourth and fifth wait whispering. And each skin sweats words too long muffled, and curlicue signs, as if a mystery-monger from an early age, while the onion was still germinating, had decided to encode himself.
p. 3, of the autobiographical novel covering roughly 20 years of the author's life, starting at 12
Numa sala perto de mim #124
Garbo: The Spy (2009) a documentary on Juan Pujol García's (code name Garbo) crucial involvement in WWII as a double agent, who informed Allies and misinformed Nazis in very, very clever fashion. The movie is well pitched with footage from old spies movies, such as Garbo's Mata Hari (1931), and it's not easily forgettable for the inferred impact of a single man on the course of events. It made me wonder about the different world of information in which we live in today... the internet would have completely voided the ingenious perpetration.
19 fevereiro, 2010
Ditto #144
All truth passes through three stages. First, it is ridiculed. Second, it is violently opposed. Third, it is accepted as being self-evident.
--Arthur Schopenhauer
17 fevereiro, 2010
Coisas que não mudam #118
What does one do when cornered, that is, when there is nothing to be done in order to improve a given situation (e.g. when I realize there is a quota of documents one can order in a day, and that I already hit it, though I could perfectly work for 2 more hours)?
I don't know about you... but I just do silly things, such as looking for cool watermarks in 200-year-old documents...
... repeatedly, and then I photograph them.
I also photograph other stuff and then spend time looking at the useless (but so cool!) details...
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Coisas que não mudam
16 fevereiro, 2010
Caprichos #128
Archival music:
Mozart -- So bist du meine Tochter nimmermehr (...)
Catalani -- Laddové la speranza, la speranza (...)
Boito -- Come il passero del bosco, vola, vola, vola via (...)
Verdi -- Stride la vampa! La folla indomita (...)
Bellini -- Casta Diva che inargenti, Queste sacre antche piante (...)
Mozart -- Voi che sapete che cosa è amor (...)
Rossini -- Ma se mi toccano dov'e il mio debole, Sara una vipera, saro (...)
Verdi -- Caro nome che il mio cor, festi primo palpitar (...)
Bizet -- L'amour est un oiseau rebelle, que nul ne peut aprivoiser (...)
Gounod -- Comme une demoiselle, Il me trouverai belle, Ah (...)
Saint-Saëns -- Responds a ma tandresse, Verse-moi verse-moi l'ivresse! (...)
Vila-Lobos -- Aria Cantilena
Quite proper after a full day looking at dusty old documents, odd handwriting (n French!) and, of course, sneezing...
15 fevereiro, 2010
Caprichos #126
In the blue room*, the blue-eyed lady guards my sleep... I wish I knew the painter.
___________
* Everything is blue: carpet, walls, ceiling, curtains, pillows, bed quilt, comforter, blanket, cushioned chair, lamp-shades, wall heater, bathroom door and tiles. It should be noted that I was first placed on the pink room, which I liked a lot, but needed to be moved.
14 fevereiro, 2010
13 fevereiro, 2010
Palavras lidas #117
CANTIGA DE VIÚVO
A noite caiu na minh'alma,
fiquei triste sem querer.
Uma sombra veio vindo,
veio vindo, me abraçou.
Era a sombra de meu bem
que morreu há tanto tempo.
Me abraçou com tanto amor
me apertou com tanto fogo
me beijou, me consolou.
Depois riu devagarinho,
me disse adeus com a cabeça
e saiu. Fechou a porta.
Ouvi seus passos na escada.
Depois mais nada...
acabou.
[p. 39]
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Poesia-Poetry
11 fevereiro, 2010
Foi neste dia #128 (1990)
Foi há vinte anos que Nelson Mandela foi libertado.
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10 fevereiro, 2010
Ditto #143
09 fevereiro, 2010
Numa sala perto de mim #123
Invictus (2009) realizado por Clint Eastwood conta a história real do campeonato do mundo de rugby de 1995 na África do Sul recém saída do Apartheid e de como Nelson Mandela inteligentemente usou o evento para unir o dividido país. O filme tem muitas cenas de rugby que poderiam ser mais crediveis, mas tem também passagens marcantes como esta:
François Pienaar I was thinking how a man could spend thirty years in prison, come out, and forgive the men who did it to him.
Fica o poema:
Invictus
William Earnest Henley
Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
Invictus
William Earnest Henley
Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
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Poesia-Poetry
Palavras lidas #116
[...]
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma vontade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
[...]
Álvaro de Campos, Tabacaria
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Palavras lidas,
Poesia-Poetry
08 fevereiro, 2010
Espantos #236
A terceira viagem de circum-navegação do navio escola Sagres pode ser seguida aqui. Duas notas:
(1) começou há três semanas, a 19 de Janeiro, e tem a duração prevista de onze meses (a de Fernão Magalhães durou aproximadamente três anos: 1519-1522);
(2) que pena não fazerem a volta pelo Cabo da Boa Esperança!
Palavras lidas #115
Red and Blue Circus, Marc Chagall
Adiamento*
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjectividade objectiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um eléctrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-me toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana sa minha infância...
[...]
Álvaro de Campos, Ficções do Interlúdio
_____________________
* or procrastination... an unfortunately familiar characteristic in the life of a researcher.
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07 fevereiro, 2010
Memórias #38
Ao fim de mais de um mês lembrei-me de mais coisas do país tropical:
pororoca é estuário de rio
pereba é picada de mosquito
canudinho é palhinha
e do intenso, mas genuíno, sotaque nordestino da frase:
Nosssa! Vixe Mária, vamu lá minha gentti qui essa chuva tá engróssanu!
Palavras lidas #114
Posso ter amado ou não. Isso depende
De como das coisas tenho duvidado.
Nega que amei o meu ser presente,
Inda que algo insista que o fiz no passado.
Do que já fomos até agora vivemos,
E o que pensamos é sempre o já pensado.
Somos, sem saber como, o que perdemos
E às mesmas conclusões somos levados.
Por isso nada falo com fundamento,
Salvo o que a razão do meu mistério dê
E traga da plúmbea concha do fingimento
Para a luz dourada o que se vê.
Fernando Pessoa, Poesia Inglesa II
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05 fevereiro, 2010
Espantos #235
Do meu dicionário favorito do momento
Foneticamente o Espanhol tem cinco vogais e duas semivogais, enquanto que o Português tem quinze vogais e quatro semivogais. Nas consoantes ganham eles (32 vs 20) porque têm mais sons guturais, que, todavia, nós entendemos. Pela evidência das vogais não admira que os conheçamos pela honesta frase no lo comprendo!
04 fevereiro, 2010
Parece que estou a ouvir #95
La grande Babylon, Rio de Janeiro (centro), Brasil
(Original de Manu Chao, aqui pela Adriana)
Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Para burlar la ley
Perdido en el corazón
De la grande Balylon
Me dicen el clandestino
Por no llevar papel
Pa una ciudad del norte
Yo me fui a trabajar
Mi vida la dejé
Entre Ceuta e Gibraltar
Soy una raya en el mar
Fantasma en la ciudad
Mi vida va prohibida
Dice la autoridad
Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Para burlar la ley
Perdido en el corazón
De la grande Balylon
Me dicen el clandestino
Yo soy el quiebra ley
Mano negra clandestina
Peruano clandestino
Africano clandestino
Marijuana ilegal
Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Para burlar la ley
Perdido en el corazón
De la grande Balylon
Me dicen el clandestino
Por no llevar papel
Argelino clandestino
Nigeriano clandestino
Boliviano clandestino
Manu negra ilegal
03 fevereiro, 2010
Palavras lidas #113
"Vim com gente conhecida. Como vinham para os mesmos lados..."
"E como vieste? A pé?!"
"Não. Vim de automóvel."
"Essa é boa! Não ouvi."
"Não até à porta", disse ela sem hesitação. "Passaram ali à esquina, e eu pedi que me não trouxessem até aqui, porque queria andar este bocado de rua com este luar tão lindo. E está lindo... Olha, vou-me deitar. Boa noite..."
E foi, sorrindo, mas sem lhe dar um beijo -- o do costume, que ninguém ao dar sabe se é costume se é beijo.
Nenhum deles reparou que se não tinham beijado.
Fernando Pessoa, A Hora do Diabo
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Español #8
Mais uma aula, mais vontade de rir. Por um lado expressões engraçadas:
estoy como una rosa = estoy muy bien
estoy pelada de frio = tengo mucho frio
cometelo / no te lo comas
callatela boca = porque no te callas?
Por outro, palavras que soam mesmo muito mal em Português:
besucón / besucona, aka beijoqueiro / beijoqueira.
Coisas que não mudam #117
Reacções honestas das crianças.
Situação 1: Brasil, brincando com um menino de 5 anos. Ao fim de uma boa meia hora ele olha para mim com cara séria e diz:
porque é que você fala diferente?
____________
Situação 2: Florida, uma amiga brasileira revê umas fotografias que tem em casa. A filha dela de 7 anos ao ver uma fotografia minha diz:
mommy, esta titia é aquela sua amiga que fala pois pois?
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02 fevereiro, 2010
Numa sala perto de mim #122
Did you hear about the Morgans? (2009) is a(nother) trivial movie with predictable lines. Sarah and Hugh are a tad older than they should to make the whole thing credible. Nevertheless, and imho, not every movie you see has to enter the competition of the best movies you have ever seen. The Morgans got my money's worth for a few things:
- it reminded me how much I like her hat and that I'll get one once I'm back in the South... I know just the place!
- the beautiful landscapes of Wyoming and the natural and cultural diversity of the US (by the way, I don't believe for a single moment that Wyoming is that different from Colorado and that similar to Tennessee or Alabama).
- the mellow country feeling.
Walked out of the theatre with the old Hank Williams song in my head:
Why don't you love me like you used to do
How come you treat me like a worn out shoe
My hair's still curly and my eyes are still blue
Why don't you love me like you used to do
and thought of my friend Andy's rendition, with his band, Jo Henley... and I was smiling :-)
No Times de hoje #112
Ontem, há vinte anos atrás, o McDonalds abriu a sua primeira loja em Moscovo, ainda na antiga União Soviética. Numa economia comunista, todos os produtos necessários para fazer a loja funcionar eram produzidos na própria loja, ou importados. Em 1990 80% dos inputs eram importados, hoje a situação inverteu-se com 80% dos inputs a serem fornecidos por empresas privadas locais. O artigo mostra o desenvolvimento de uma economia de mercado onde empresas privadas geram emprego e valor. As pequenas fábricas colectivas que forneciam alface em 1990, tornaram-se grandes empresas que fornecem todo o tipo de saladas para o McDonalds e para outros restaurantes ocidentais que chegaram a Moscovo desde então; é semelhante a história de um pequeno produtor de pepinos em 1990 que agora domina o mercado Russo dos pickles.
____________
Para contrastar, um artigo sobre a grave situação financeira da Grécia, que coloca em perigo a frágil estabilidade económica da zona euro. Uma economia sem posses nem capacidade para pagar, conseguiu endividar-se até ao absurdo sob o escudo de uma moeda forte. Na altura de pagar é que chegam as dificuldades: angariar $76b até ao fim do ano, dos quais $50b já até Junho. Os outros países que partilham a mesma moeda e que têm finanças sólidas encaram o seguinte dilema:
(1) deixar caír a Grécia significa deixar caír outras economias da zona euro como Espanha, Irlanda e Portugal. Para além destes, uma moeda única fragilizada irá afectar países de leste como a Polónia, a Hungria e a República Checa que, apesar de ainda não partilharem o euro, têm as suas economias bastante dependentes das ocidentais. O peso de todas estas economias combinadas começa já a ser significativo e vai muito para além do problema da pequena e irresponsável a Grécia;
(2) salvar a Grécia, à la Obama com a indústria automóvel, cria incentivos para que quem não se sabe governar continue a alimentar os mesmos vícios de poder e as mesmas más escolhas que levaram à situação actual.
(1) deixar caír a Grécia significa deixar caír outras economias da zona euro como Espanha, Irlanda e Portugal. Para além destes, uma moeda única fragilizada irá afectar países de leste como a Polónia, a Hungria e a República Checa que, apesar de ainda não partilharem o euro, têm as suas economias bastante dependentes das ocidentais. O peso de todas estas economias combinadas começa já a ser significativo e vai muito para além do problema da pequena e irresponsável a Grécia;
(2) salvar a Grécia, à la Obama com a indústria automóvel, cria incentivos para que quem não se sabe governar continue a alimentar os mesmos vícios de poder e as mesmas más escolhas que levaram à situação actual.
É como na escola: um mau aluno sozinho numa turma pode servir de exemplo aos outros, se se impuserem medidas de correcção, podendo até esperar-se melhoramento; havendo vários maus alunos na turma o problema é mais difícil de resolver. Se o mau comportamento é recompensado então, nada de bom pode esperar-se.
For years, Greece fiddled its figures. In flusher times, too few questions were asked. Now the truth, and its consequences, must be faced: Corruption and tax evasion hobble the Greek economy. Millions work off the books. The private sector generates too few jobs and tax revenues, and one in four Greeks works for the state. It is a system designed to produce deficits.
Soa familiar? Em Portugal, como de costume, assobia-se para o lado e o primeiro ministro afirma que "o TGV é um projecto essencial". Para quem não paga tudo é essencial! Em Portugal, nos últimos anos pensa-se que todos podem ter tudo, mesmo que quem pague por isso sejam os outros. Sempre ouvi dizer que quem não tem dinheiro não tem vícios, ao que acrescento quem não se sabe governar deve ser governado. Que venham os outros: os Franceses e os Alemães que, por agora, ponderam pagar a factura da nossa corrupção e da nossa incompetência!
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País a fingir
01 fevereiro, 2010
Poente
CANÇÃO DO POENTE
À distância contemplei o mar
Pousando o queixo sobre a minha mão,
Quando o sol dá, no poente a findar,
Um sentido místico de imensidão.
E uma estranha pena, um medo senti,
Um certo desejo, qual súbito amar,
De alguma coisa que não está aqui
E que nunca eu poderei alcançar.
Alexander Search, Poesia
Ditto #142
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