31 março, 2012

Caprichos #201

March madness on the iPad.

This year, my bracket is all Ohio State...

and it all ended today. It's the last day of March, ain't it?

Coisas que não mudam #180

Beautiful blooming flowers

30 março, 2012

Caprichos #200

And this morning...

there was a surprise!

On week 5. Right on schedule!

All seasons


Almond Blossom, Vinvent van Gogh, 1890


To me, fair friend, you never can be old,
For as you were when first your eye I eyed,
Such seems your beauty still. Three winters cold
Have from the forests shook three summers' pride,
Three beauteous springs to yellow autumn turn'd
In process of the seasons have I seen,
Three April perfumes in three hot Junes burn'd,
Since first I saw you fresh, which yet are green.
Ah! yet doth beauty, like a dial-hand,
Steal from his figure and no pace perceived;
So your sweet hue, which methinks still doth stand,
Hath motion and mine eye may be deceived:
For fear of which, hear this, thou age unbred;
Ere you were born was beauty's summer dead.

William Shakespeare, Sonnet CIV

29 março, 2012

Palavras lidas #186

Podemos verdadeiramente definir a História como uma guerra gloriosa contra o Tempo, visto que, depois de lhe arrancar das mãos, quando já inermes, os factos prisioneiros, os reanima, os passa em revista, e de novo os enfileira em linha de batalha.

p. 7

Caprichos #199

Not just ice cream. Stephen Colbert's Americone Dream with chocolate syrup on top!

24 março, 2012

Espantos #322

Three and a half weeks later!



Numa sala perto de mim #190

Friends With Kids (2012). Beyond the chick flick, the film portrays an interesting sociological experiment of yet another concept of family.

On another note, The Hunger Games (2012) opened today. Though it's not my kind of movie, it is that of many people, judging by the lines outside the auditoriums tonight. The next biggest teen-book-made-movie sensation after Harry Potter had 37 showings at a local theatre today.

23 março, 2012

Ditto #200

When you're fragile, anything that is not delicate seems brute.

--CR

Coisas que não mudam #179

{English below}

De vez em quando acontecem situações que nos obrigam a parar, mas que nos mostram a bondade das pessoas que nos rodeiam. Há pouco mais de três semanas, numa cama de hospital, veio-me ao pensamento a expressão tão portuguesa, o Natal é quando um homem quiser, que se pode aplicar a qualquer feriado… porque não o dia de Acção de Graças?
Tudo isto a propósito de algo que muito provavelmente terá nascido comigo, mas que só me levou ao médico há umas semanas. Vários exames, indicaram a existência de uma massa, quase de certeza benigna, que pela sua dimensão teria de ser extraída cirurgicamente. Não sendo grave, tratava-se se um problema sério devido ao perigo de ruptura. A cirurgia deveria por isso ser marcada brevemente, mas não com carácter de urgência. Correu tudo como planeado e é caso para dizer que entre as coisas que ninguém quer ter, esta é provavelmente a melhor que se pode ter. Ainda assim a fragilidade acontece, tanto depois como antes da operação. E foi mesmo antes que surgiram as amáveis reacções.
Não tendo anunciado a quatro ventos, falei com um total de quinze pessoas: família; amigos próximos com quem falo quase diariamente, incluindo colegas mais chegados; amigos próximos com quem não falo diariamente, mas que por acaso me falaram na semana entre o diagnóstico e a cirurgia; e colegas que precisavam saber por questões de trabalho. Não tenho palavras para agradecer o carinho que demonstraram.
Uma ofereceu-se para dormir em minha casa quando eu saísse do hospital para me apoiar logo nos primeiros dias. Outros ofereceram-se para eu passar todo o período de recuperação em casa deles. Outros disseram que estavam à minha disposição para levar-me de carro às consultas, fazer compras de supermercado, ou mesmo cozinhar para mim. Um outro casal decidiu que eu não devia estar sozinha e que devia ir a casa deles jantar, sentar no sofá e ver televisão... não resolve nada, mas dá companhia.
Dos que estão longe, alguns ofereceram o seu conhecimento médico, outros palavras de conforto ao partilharem semelhantes situações superadas, vários disseram que poderiam viajar até Nashville por uns dias para me acompanhar no internamento e nos primeiros dias de recuperação em casa. Isto acabou por não ser necessário porque a família atravessou o oceano para cá estar... como disse uma amiga brasileira: claro, família que é Família está lá! De perto e de longe chegaram visitas, emails, telefonemas, flores (uma delas para plantar e observar), bolinhos, uma colecção de DVDs, e ainda ontem um livro!
Eu cá estou, bem melhor que há três semanas. Entretida, com boa leitura e televisão e alegres vistas de flores. Já quase não me canso e estou praticamente pronta para regressar à sala de aula, mas sentadinha. Acima de tudo, estou muito agradecida!

__________

At times there are situations in life that force us to stop but that reveal the kindness of those around us. A little over three weeks ago at the hospital, I thought of the very Portuguese expression Christmas is whenever we want it to be, which applies to any holiday really... why not Thanksgiving?
All of this because of something that most likely was born with me but only took me to the doctor’s office some weeks ago. A few exams indicated the existence of a mass, most likely benign, but sufficiently large that had to be extracted by surgery. The risk of rupture was serious enough to schedule the surgery soon, but it was not an emergency. Everything went exactly as expected and it’s fair to say that among the things you don’t want to have, this is probably the best you can have. Even so, fragility occurs both after and before the operation. And it was before that the kind reactions started to happen.
I didn’t announce it widely, but I ended up telling a total of fifteen people: family; close friends with whom I talk almost every day, including the closest colleagues; close friends with whom I don’t speak every day, but by chance emailed me the week between diagnostic and surgery; and colleagues who needed to know because of work. I have no words to thank the kindness they showed.
One offered to sleep at my place when I came out of the hospital to help me in the days right after surgery. Others offered that I spent the recovery time at their place. Others offered to drive me to and from doctors’ appointments, go grocery shopping or cook for me. Another couple decided I should not be alone and should go to their place whenever I wanted for dinner, sitting in the sofa and watch tv... solves nothing, but keeps you company.
Of those that are far, some offered their medical knowledge, others comforting words while sharing similar situations overcome in the past, many offered to travel to Nashville for a few days to help me with the internment and right afterwards at home. This ended up not being necessary as my family crossed the ocean to be here... as a Brazilian friend said: of course, a real family is there! From near and far came visits, emails, phone calls, flowers (one of which to plant and watch), cookies, a collection of DVDs, and yesterday a book!

And here I am, certainly better than three weeks ago. Entertained with good reading, tv and pretty flowers around. I almost don’t get tired anymore and I am practically ready to start teaching, seating down though. Above all, I am
very thankful!

22 março, 2012

Espantos #321

E de um dia para o outro,
uma camada amarela cobriu tudo de pólen...
ainda bem que está a chover!

21 março, 2012

Palavras lidas #185

O Pequeno sismo

Há um pequeno sismo em qualquer parte
ao dizeres o meu nome.
Elevas-me à altura da tua boca
lentamente
para não me desfolhares.
Tremo como se tivera
quinze anos e toda a terra
fosse leve.
Ó indizível primavera!

Eugénio de Andrade

Palavras lidas #184


(...) Nesta altura já um grupo de reais candidatos ao título olímpico se destacara no terreno, e o nosso idolatrado campioníssimo não se encontrava entre eles. Lancei a minha tirada filosófica favorita:
– Bem, não se pode ganhar sempre.
Estava‑se já no trigésimo terceiro quilómetro. Só mais nove mil duzentos e cinquenta metros e ter‑se‑ia um vencedor.
– Aposto que é o matulão australiano – desafiou Larry, antes de sair.
Olhei com mais atenção para o ecrã. Ao lado de Rob de Castella, colado a ele que nem uma lapa, ia um pequenitates, com um ar fresquíssimo da silva, ao contrário dos outros, que já arfavam sangue. Mais atrás vinha o campeão japonês Taka Takata, outro dos potenciais medalhas de ouro. Apostei nele os meus dois dólares, partindo do princípio de que o material oriental era de mais confiança. Quando, dez minutos mais tarde, ouvi a chave rodar na fechadura, gritei:
– Laaaaarrrryyyyyyy!!! Anda cá ver, depressa!
Larry quase arrombou a porta, iludidamente eufórico:
– O que foi? O Salazar recuperou?
Sacudi a cabeça, com excitação.
– Não, pá. É completamente inesperado. Olha‑me para aquilo!
E Larry olhou. E o que viu estarreceu‑o. Um sujeitinho moreno, magrinho (o pequenitates de há bocado), corria veloz e isoladamente na frente, com a naturalidade de quem estava a fazer o seu sprint matinal, pernas para que vos quero. Um plano de helicóptero mostrou que ia a mais de trezentos metros de distância dos segundo e terceiro classificados, um irlandês e um inglês que seguiam lado a lado em renhida luta. No ecrã surgiu uma legenda dizendo:

CARLOS LOPEZ
Por

– Por. O que é que é Por? – rosnou Larry, aborrecido.
– Sei lá – disse eu. E alvitrei: – Puerto Rico?
– Não, bimbo. Se não seria Puer, de Puerto.
– Então não faço ideia…
A corrida já estava indubitavelmente ganha, o ritmo a que o pigmeu corria não deixava margem para dúvidas.

Então, miraculosamente, o locutor começou a fazer o historial de vida daquele que ia ser o vencedor da maratona olímpica 1984, saciando assim a nossa natural curiosidade.
– Quer dizer, portanto, que o homem é de Portugal…
– Onde é que fica Portugal?
«[…] Pequeno país vizinho da Espanha, situado na Península Ibérica…»
– Espanha? – exclamou Larry. – Então é Europa!

pp. 26-28
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Quem não se lembra onde estava quando o Carlos Lopes ganhou a medalha d'ouro?

20 março, 2012

Retirado do contexto #132

I have found after you're recovering... it definitely helps to have something to look at & care for.

So true... and such an appropriate picture on the first day of Spring!

18 março, 2012

Numa sala perto de mim # 189


Um filme sobre a honra e a Justiça, que ganhou o Óscar de melhor filme estrangeiro de 2011.

17 março, 2012

Primavera #18

Lovely pink magnolias starting up the spring

14 março, 2012

13 março, 2012

Verão #3

This week's summer temperatures, make it the fastest transition from winter to summer I seem to recall.

11 março, 2012

Ditto #199

Don't ever slam the door; you might want to go back.

--Don Herold

09 março, 2012

Foi neste dia #167 (1500)


Há 512 anos saía de Lisboa a segunda armada para a Índia, aos comandos de Pedro Álvares Cabral. Avistariam a costa brasileira a 22 de Abril do mesmo ano.

08 março, 2012

Palavras lidas #183


João de Deus faria hoje, quinta-feira, 182 anos... que tolo!
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Dia de Anos

Com que então caiu na asneira
De fazer na quinta-feira
Vinte e seis anos! Que tolo!
Ainda se os desfizesse...
Mas fazê-los não parece
De quem tem muito miolo!

Não sei quem foi que me disse
Que fez a mesma tolice
Aqui o ano passado...
Agora o que vem, aposto,
Como lhe tomou o gosto,
Que faz o mesmo? Coitado!

Não faça tal: porque os anos
Que nos trazem? Desenganos
Que fazem a gente velho:
Faça outra coisa: que em suma
Não fazer coisa nenhuma,
Também lhe não aconselho.

Mas anos, não caia nessa!
Olhe que a gente começa
Às vezes por brincadeira,
Mas depois se se habitua,
Já não tem vontade sua,
E fá-los queira ou não queira!

04 março, 2012

Foi neste dia #166 (1918)

Há 94 anos foi detectado o primeiro caso de gripe espanhola (ou pneumónica) num cozinheiro do campo militar em Fort Reiley, Kansas. Especula-se que o contacto com aves e/ou suínos tenha estado na origem da propagação do vírus (influenza A ou H1N1) a humanos e que o envio de tropas para as várias frentes da primeira guerra mundial tenha sido responsável pelo aparecimento de surtos, quase simultâneos, em várias partes do mundo.

Contrariamente ao esperado, a denominação de "gripe espanhola" não quer dizer que o vírus tenha tido origem em Espanha, nem que esta tenha sido mais gravemente afectada que outros países. Sendo país neutro na primeira guerra mundial, Espanha reportava livremente a ocorrência da doença nos jornais, bem como a elevada mortalidade resultante da epidemia. Contrariamente, nos países beligerantes, a imprensa controlava as notícias da gripe a fim de não baixar o moral das tropas e das populações. O fenómeno foi por isso entendido como mais severo em Espanha, embora na realidade o não o tenha sido.

Caprichos #197

Gelatina e farófias!

03 março, 2012