31 janeiro, 2017

Caprichos #430

Progresso dos jacintos em 10 dias
e um perfume intenso no ar!

30 janeiro, 2017

Palavras lidas #322

Subway Psalm
by Alden Nowlan

It’s the first storm of the winter
and the worst since 1888,
the girl on television said.

I keep slipping in my leather-soled shoes.
Twice I’ve turned into a windmill
in my efforts to keep from falling.

At the top of the stairs leading down
to the subway, Johnnie watches me,
not just with his eyes but with his arms and legs.
He’ll do his best to save the old man.

That’s how I must have looked at him
when he was five or six years old.
Now he’s twenty-six, and it seems
we’ve traded places.
Why are you laughing?
he asks me.
The honest answer is:
Because you look so funny, standing there
like that, my beautiful son,
and because I’ve loved you
for such a long time and because this
is the finest storm I’ve ever seen
and everything is exactly as it should be.

29 janeiro, 2017

Numa sala perto de mim #345

Hidden Figures (2016) tells the story of three african-american women working for NASA since the 1950s and breaking gender and race barriers. To even be offered the job, they had to be (so much) better than their peers; to keep it, they had to endure much discrimination and prejudice in silence, much like the well known athletes Jackie RobinsonJesse Owens and other similar pioneers. These ladies' impact though, lasted way beyond sports.
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Elementos Secretos (2016) conta a história de três mulheres afro-americanas que trabalharam para a NASA desde os anos 50 quebrando barreiras de género e raça. Para obterem o emprego, tinham de ser (muito) melhores que os seus colegas; para o manterem tiveram de suportar caladas bastante discriminação e preconceito, tal como os conhecidos atletas Jackie Robinson, Jesse Owens e outros semelhantes pioneiros. O impacto destas mulheres perdurou muito para além do desporto.

28 janeiro, 2017

Coisas que não mudam #387

Chega hoje o ano novo chinês que repete o mesmo animal cada 12 anos. 2017 é o ano do galo. Todos o que este ano fazem anos em valor igual ou múltiplo de 12, nasceram num ano do galo. A saber: 2017, 2005, 1993, 1981, 1969, 1957, 1945, 1933, 1921, 1909 e ficamos por aqui.
It's the first day of the Chinese New Year, which repeats the same animal every 12 years. 2017 is the year of the rooster. All of those turning 12 or one of its multiples this year, were born in a year of the rooster. Just so we know: 2017, 2005, 1993, 1981, 1969, 1957, 1945, 1933, 1921, 1909 and let's stop here.

27 janeiro, 2017

Ditto #348

On International Holocaust Remembrance Day...
We who survived the Camps are not true witnesses. We are those who, through prevarication, skill or luck, never touched bottom. Those who have, and who have seen the face of the Gorgon, did not return, or returned wordless.

--Primo Levi (1919-1987), Italian Jewish chemist, writer, and Holocaust survivor

26 janeiro, 2017

25 janeiro, 2017

24 janeiro, 2017

Retirado do contexto #227

Recentemente descobri que o que conhecemos por peixe-espada em Portugal--aquele peixe branco ou preto, fininho e bem comprido que tantas vezes se vê enrolado na praça--não é o que no estrangeiro se entende por swordfish--o nosso espadarte, cujo maxilar superior se prolonga em forma de espada.
Mais um para a lista dos false friends.

23 janeiro, 2017

Palavras lidas #321

Nothing Is Lost
by Noel Coward

Deep in our sub-conscious, we are told
Lie all our memories, lie all the notes
Of all the music we have ever heard
And all the phrases those we loved have spoken,
Sorrows and losses time has since consoled,
Family jokes, out-moded anecdotes
Each sentimental souvenir and token
Everything seen, experienced, each word
Addressed to us in infancy, before
Before we could even know or understand
The implications of our wonderland.
There they all are, the legendary lies
The birthday treats, the sights, the sounds, the tears
Forgotten debris of forgotten years
Waiting to be recalled, waiting to rise
Before our world dissolves before our eyes
Waiting for some small, intimate reminder,
A word, a tune, a known familiar scent
An echo from the past when, innocent
We looked upon the present with delight
And doubted not the future would be kinder
And never knew the loneliness of night.

22 janeiro, 2017

Caprichos #429

De Messina, no nordeste da Sicília,
veio um delicioso doce de amêndoa que sabe a limão!
#pasticeriasiciliana

18 janeiro, 2017

Caprichos #427

Dinner experiment / Jantar experiência:
pan seared horse mackerel filets / filetes de cavala salteados em azeite
sautéed cherry tomatoes and black olives, and (cheeseless!) risotto 
/ tomate cereja e azeitonas pretas salteadas e risotto (sem queijo!)
add the fish to the vegetables and pees & parsley to the risotto
/ juntar o peixe aos vegetais e ervilhas e salsa ao risotto
et voilà!

Sem título #86

A distância permite-nos relativizar o choque, as paixões, as angústias e pôr em perspectiva os factos e os sentimentos. É verdade. Por isso talvez ainda não tenha passado o tempo suficiente.
Não passou, porque apesar de ser uma paz doce a que sinto, ainda desato a chorar em certas alturas só de pensar que era ali que devíamos estar juntos e que me falta um espectador atento e sensato. Esse bom senso que nasce connosco e que não se aprende na escola, nem se herda.
Esta paz doce que me acompanha (acompanhar é o termo) e que preenche uma ausência recente, que o tal tempo me vai ajudando a encarar com mais naturalidade, de vez em quando cede e deixa espaço a uma dor que não tem comprimido ou xarope que alivie.
O dia 15 passou, o Belenenses ganhou, o mundo vai girando sem tréguas nem compaixão mas, como já sabia, por muitas saudades que tenha não as mato Pai.

Parece que estou a ouvir #221

Boatos
Letra & música por Jorge Cruz

Dizem por aí
Desde o dia em que apareci
Não há um lar seguro na cidade
Muito patois se ouve no salão de chá
Sobre o que esta sabe e a outra ouviu dizer

É o senhor doutor, é o juiz, é o prior
O que não falta é suspeitos das andanças
Tudo o que é marido
Pelos vistos, eu persigo
Até me chamam menina das alianças

Mas são boatos, são só boatos
Ninguém sabe quem eu sou
O que eu faço ou de onde vim
São boatos, são só boatos
Todos falam mas ninguém conhece os factos
Não passam de boatos

Dizem que conheço camas grandes de mansões
Apesar de ter um pobre apartamento
Na Rua de São Brás,
Vinte e Sete, quinto trás
Onde o escândalo veio a acontecer

Homens bem casados
Diz que esbanjam ordenados
Em floristas, prendas, jóias e jantares
Agem sem alarde, mesmo quando chegam tarde
Têm sempre um álibi para escapar

Mas são boatos, são só boatos
Ninguém sabe quem eu sou
O que eu faço, ou de onde vim
São boatos, são só boatos
Todos falam mas ninguém conhece os factos
Não passam de boatos

A verdade?
O que é que importa
Se fico só quando chega o amanhecer
Resta-me o pouco que me bate à porta
E se alguém me perguntar
Ainda tenho de dizer

Que são boatos, são só boatos
Ninguém sabe quem eu sou
O que eu faço ou de onde vim
São boatos, são só boatos

Todos falam mas ninguém conhece os factos...

São boatos, são só boatos
Ninguém sabe quem eu sou
O que eu faço ou de onde vim
São boatos, são só boatos
Teorias, fantasias, aparatos
Devaneios, mexericos, desacatos
Todos falam mas ninguém conhece os factos,
Não passam de boatos

16 janeiro, 2017

Sem título #85

Em 2016 fui a três funerais, todos concentrados nos últimos cinco meses do ano. Ontem fui a outro no primeiro dia de anos que o meu pai já não está cá para festejar. 

Apesar de todos sabermos que toda a gente morre, e que cada nascimento corresponderá um dia a um funeral, é sempre difícil aceitar a partida. As crianças e os jovens têm a vida pela frente. Os jovens adultos apenas começaram a vida profissional ou pessoal e por vezes têm crianças pequenas aumentando a dimensão da tragédia. Os de meia idade ou os jovens idosos, já com alguns problemas mas ainda assim com saúde estável, teem ainda muito para viver e não gozam o merecido descanso da reforma. Os velhos de frágil saúde fazem-nos falta, especialmente quando não temos memória de um dia os ter conhecido pelo que contribuíram para aquilo que somos e fazem parte da nossa vida.

Das muitas palavras amigas que ouvi há cinco meses lembro que o momento da partida não representa os que se vão embora. O tempo nos ajudará a pôr essa memória em perspectiva no meio de tantas outras memórias felizes que temos, e ainda bem que as temos. 

O meu tio teve uma longa vida que à sua dimensão construiu à conta do seu trabalho e dedicação. Generoso, sempre ajudou o seu próximo e ontem foi comovente ver tanta gente que isso reconheceu. Para mim em particular teve uma atitude que não esqueço. Quando me candidatei para estudar fora e fui depois aceite numa universidade, a certa altura aguardava ainda pelo resultado das candidaturas a bolsas de estudo para poder decidir se ía e quando ía. Foi nessa altura que o meu tio me disse que eu deveria continuar os meus estudos independentemente das candidaturas às bolsas porque ele me patrocinaria. Não foi necessário mas sei que que o teria feito com gosto. 

Obrigada, tio.

15 janeiro, 2017

Retirado do contexto #226

O Belenenses quebra o jejum das vitórias e ganha ao Rio Ave
no Restelo em dia de Santo Amaro!

Ditto #347

The actions of men are the best interpreters of their thoughts.

--John Locke

14 janeiro, 2017

Palavras lidas #320

What is supposed to happen
by Naomi Shihab Nye

When you were small,
we watched you sleeping,
waves of breath
filling your chest.
Sometimes we hid behind
the wall of baby, soft cradle
of baby needs.
I loved carrying you between
my own body and the world.

Now you are sharpening pencils,
entering the forest of
lunch boxes, little desks.
People I never saw before
call out your name
and you wave.

This loss I feel,
this shrinking,
as your field of roses
grows and grows….

Now I understand history.
Now I understand my mother’s
ancient eyes.

13 janeiro, 2017

Foi neste dia #302 (1968)

O concerto de Johnny Cash na prisão de Folsom já foi há 49 anos. Fica a marcante música  de 1955 que deu origem à ideia concretizada 13 anos mais tarde.
____________

Folsom Prison Blues
Music & lyrics by Johnny Cash

I hear the train a comin'
It's rollin' 'round the bend
And I ain't seen the sunshine
Since, I don't know when
I'm stuck in Folsom Prison
And time keeps draggin' on
But that train keeps a-rollin'
On down to San Antone

When I was just a baby
My Mama told me, son
Always be a good boy
Don't ever play with guns
But I shot a man in Reno
Just to watch him die
When I hear that whistle blowin'
I hang my head and cry

I bet there's rich folks eatin'
In a fancy dining car
They're probably drinkin' coffee
And smokin' big cigars
But I know I had it comin'
I know I can't be free
But those people keep a-movin'
And that's what tortures me

Well, if they freed me from this prison
If that railroad train was mine
I bet I'd move out over a little
Farther down the line
Far from Folsom Prison
That's where I want to stay
And I'd let that lonesome whistle
Blow my blues away

12 janeiro, 2017

Espantos #492

Acerca da visita oficial de António Costa à Índia a decorrer esta semana, fica a capa da edição estadual do Times of India que dedica vários artigos ao acontecimento. O artigo principal começa da seguinte forma:

O filho do Leste que se destacou no Oeste

Quando Orlando da Costa saiu de Goa para Portugal em 1947, ainda a Índia era uma colónia Inglesa e Goa parte do Estado da Índia. Hoje, num espectacular volte-face da história, menos de 70 anos depois, o seu filho, António Costa, regressa a casa -- como Primeiro Ministro de Portugal.

11 janeiro, 2017

Coisas bonitas #7

Continuarei a ver-te nas coisas bonitas,
como o anoitecer em Lisboa.

10 janeiro, 2017

Espantos #491

Destaques do / Highlights of Museu Nacional de Arte Antiga:
os Painéis de São Vicente de meados do século XV, atribuídos a Nuno Gonçalves e sobre os quais há muitas teorias e poucas certezas;
a impressionante Custódia de Belém de 1506.

09 janeiro, 2017

Retirado do contexto #225

Aparentemente, aquilo que sempre foi o Refeitório

Coisas que não mudam #383

Haja queijadas, a saber:
as da Graciosa são as mais bonitas,
as de Sintra são (talvez) as mais conhecidas,
mas as de Vila Franca (São Miguel, Açores)... são as melhores!

06 janeiro, 2017

Espantos #490

Agora ao cair da noite / Now at nightfall

05 janeiro, 2017

Coisas que não mudam #382

Almoço de ano velho
e almoço de ano novo.
Muda o conduto, ficam os grelos.

Espantos #489

Inverse flags / Bandeiras inversas:
Puerto Rico 
Cuba 
Polska
Indonesia / Monaco
Ireland
Côte d'Ivoire
Norge
Island