Desde a mais negra antiguidade que as mulheres dizem essas palavras a marinheiros de todos os mares, em portos de todos os tamanhos; palavras de aceitação dócil da autoridade do horizonte, de homenagem cega a essa misteriosa fronteira azul; palavras que nunca deixam de conferir, mesmo à mulher mais orgulhosa, a tristeza, as esperanças e o desejo de liberdade da prostituta: "É amanhã que te vais embora, não é?"
Pág. 73
Sem comentários:
Enviar um comentário