31 agosto, 2008
Parece que estou a ouvir #68
30 agosto, 2008
Unswayed...
Nor are mine ears with thy tongue's tune delighted,
But my five wits nor my five senses can
Thy proud hearts slave and vassal wretch to be:
William Shakespeare, Sonnet CXLI
29 agosto, 2008
Espantos #135
(On the phone with the Massachusetts department of motor vehicles)
“No ma’am, you cannot send the documents by mail, you have to come in person.”
(On the phone setting up the utilities for the house)
"Ma'am, could you please repeat that? I can't understand your thick northern accent!!”
(At the cashier's registry to pay for lunch)
the cashier stops, looks me in the eye smiling and saying:
“And are you having a great day today, ma’am?”
Mostly I find it intimidating and when I start getting it a lot I mentally say to myself "you better quit, this is not gonna get you anywhere..." but sometimes, well, sometimes it's so charming that it makes my day ;-)
No Times de hoje #66
28 agosto, 2008
Parece que estou a ouvir #67
MR. SANDMAN
The Chordettes
Mr. Sandman, bring me a dream
Make him the cutest that I've ever seen
(bung, bung, bung, bung)
Give him two lips like roses and clover
(bung, bung, bung, bung)
Then tell him that his lonesome nights are over.
Sandman, I'm so alone
Don't have nobody to call my own
Please turn on your magic beam
Mr. Sandman, bring me a dream.
"bung, bung, bung, bung"
Mr. Sandman, bring me a dream
Make him the cutest that I've ever seen
Give him the word that I'm not a rover
Then tell him that his lonesome nights are over.
Sandman, I'm so alone
Don't have nobody to call my own
Please turn on your magic beam
Mr. Sandman, bring me a dream.
"bung, bung, bung, bung"
Mr. Sandman (male voice: "Yesss?") bring us a dream
Give him a pair of eyes with a "come-hither" gleam
Give him a lonely heart like Pagliacci
And lots of wavy hair like Liberace
Mr Sandman, someone to hold (someone to hold)
Would be so peachy before we're too old
So please turn on your magic beam
Mr Sandman, bring us, please, please, please
Mr Sandman, bring us a dream.
"bung, bung, bung, bung"
27 agosto, 2008
No Times de hoje #65
Pormenores #34
26 agosto, 2008
Retirado do contexto #61
25 agosto, 2008
É bom não esquecer...
Sem dúvida que as cerimónicas foram espectacularmente memoráveis. Num país sem liberdade de expressão nem de escolha, não me espanta particularmente que se arranjem centenas de milhar de voluntários* ou milhares de figurantes para os impressionantes movimentos de sincronia humana. Tudo isto acompanhado de adoráveis crianças sorridentes e eléctricas a dizer adeus. Para mim, as imagens que ficam destes olímpicos -- para além das do Nelson e da Vanessa, claro -- são não só as dos coordenados figurantes da cerimónia de encerramento, mas também as dos maratonistas a passarem na praça de Tiananmen (ouvi esta palavra pela primeira vez em bem diferentes circunstâncias) sob o olhar atento do comandante Mao.
ahh Beijing Beijing... é bom não esquecer que em Pyongyang também se fazem fabulosos exercícios de sincronia humana...
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*uma semana antes da maratona feminina andavam os "voluntários" de joelhos a tirar as pastilhas elásticas do chão ao longo dos 42km para não haver qualquer falha no dia da prova.
24 agosto, 2008
Memórias #25
Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta,
continuará o jardim, o céu e o mar,
e como hoje igualmente hão-de bailar
as quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
em que tantas vezes passei,
haverá longos poentes sobre o mar,
outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho, a mesma festa,
será o mesmo jardim à minha porta
e os cabelos doirados da floresta,
como se eu não estivesse morta.
Sophia de Mello Breyner (1919-2004), Dia do Mar, 1ª edição, 1947
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Lembro-me claramente daquela manhã de Agosto de 1984 no Algarve, quando entrou disparado pela cozinha em passo de corrida dizendo compassadamente "O Car-los Lo-pes ga-nhou a me-da-lha d'ouro, o Car-los Lo-pes ga-nhou a me-da-lha d'ouro..." :-)
Parece que estou a ouvir #66
Uma ilha tropical
23 agosto, 2008
No Times de hoje #64
22 agosto, 2008
Retirado do contexto #60
21 agosto, 2008
20 agosto, 2008
Espantos #134
I am walking outside with professor W, an older male professor, who is telling me where the library is and what the associated faculty privileges are. Not very far, a group of undergraduates (two girls and a boy looking awfully young) walks by. Classes start next week.
Dialogue
me (astonished but smiling) yes?
boy I am enrolled in your class, I saw your picture online and just wanted to confirm it was you.
professor W and you recognized her from the tiny picture on the department’s website?
boy yeah.
me (still smiling) well, I should check that picture… didn’t even know it was up :-)
(professor W and I walk towards the library leaving the students behind)
professor W they can find anything these days…
Coisas que não mudam #54
19 agosto, 2008
18 agosto, 2008
Espantos #132
Foi neste dia #100 (2008)
17 agosto, 2008
Ditto #82
-- Samuel Johnson
Esta deu-me que pensar... acho que é por isso que não consigo chocar-me com reportagens como esta, ou com manifestações de meia tijela como uma que vi em Lisboa este verão em que o slogan era "é mesmo necessário o aumento do salário"... e trabalhar (ou estudar, ou fazer algo diferente da fácil acomodação) para saír das situações difíceis? Bem, isso é que é mais difícil...
Parece que estou a ouvir #65
O slogan da nike é just do it... de facto, palavras para quê quando se pode passar à acção?
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All These Things That I've Done
The Killers
When there's no where else to run
Is there room for one more son
One more sonIf you can hold on
If you can hold on, hold on
I wanna stand up, I wanna let go
You know, you know - no you don't, you don't
I wanna shine on in the hearts of men
I wanna mean it from the back of my broken hand
Another head aches, another heart breaks
I am so much older than I can take
And my affection, well it comes and goes
I need direction to perfection, no no no no
Help me out
Yeah, you know you got to help me out
Yeah, oh don't you put me on the back burner
You know you got to help me out, yeah
And when there's nowhere else to run
Is there room for one more son
These changes ain't changing me
The gold-hearted boy I used to be
Yeah, you know you got to help me out
Yeah, oh don't you put me on the back burner
You know you got to help me out
You're gonna bring yourself down
Yeah, you're gonna bring yourself down
Yeah, you're gonna bring yourself down
[x10] I got soul, but I'm not a soldier
I got soul, but I'm not a soldier
Yeah, you know you gotta help me out
Yeah, oh don't you put me on the back burner
You know you gotta help me out
You're gonna bring yourself down
Yeah, you're gonna bring yourself down
Yeah, oh don't you put me on the back burner
You're gonna bring yourself down
Yeah, you're gonna bring yourself down
Over and in, last call for sin
While everyone's lost, the battle is won
With all these things that I've done
All these things that I've done
(Time, truth, and heart)
If you can hold on
If you can hold on
Palavras lidas #55
16 agosto, 2008
Memórias #24
Nunca vi no entanto melancias de tal tamanho à venda. As mais pequenas que vi teriam cerca de 4-5kg, o que, para uma casa de menos de 4 pessoas é uma estragação. Até hoje! Ao lado das gigantes verdes escuras, vi também estas pequeninas (1.72lb, que é como quem diz 780g... personal melon, era como vinha referenciada no recibo final) verdes claras:
Caprichos #56
15 agosto, 2008
Palavras lidas #54
A velha espreitou pela fechadura e anunciou:
- É João Loucomotiva.
O padre suspirou. João era um antigo guarda-freio emigrado lá na cidade e que enlouqueceu quando os comboios deixaram de circular. (...)
- Entre, por amor de Deus.
O antigo ferroviário sacudiu as mangas do casaco e passou a mão, em concha, a recolher o molhado que lhe escorria pelo rosto.
- Entre, meu amigo. Mas entre sem o burro.
Tarde demais. O asno já se instalara no abrigo e recusava o uso da força para voltar a transpor a porta. (...) O padre acabou aceitando a desordem natural das coisas. O asno escoiceou no chão e o som do casco ressoou pelo recinto. Era a proclamação da sua tomada de posse.
- Mas que raio de burro é esse?
- Esse burro vinha no barco.
- Mas que barco?
- Já falo tudo, senhor padre.
- Então fale, homem de Deus!
- Eu venho porque me mandaram chamar o senhor.
- Mandaram-me chamar?
- Por causa do desastre.
O padre pensou em silêncio: pronto, lá me vem ele com o devaneio do desastre. Fazia parte do delírio de João escutar comboios descarrilando nos pântanos, despenhando-se das pontes e dissolvendo-se no escuro dos túneis. Nunes pediu a Deus que o abastecesse de paciência e abrigasse aquela descarrilada criatura como se a igreja fosse a estação de caminhos-de-ferro que o desvairado há tanto procurava. Abriu os braços em direcção a Loucomotiva e pensou: sou um espantalho, tão pobre e falhado que, em vez de afastar, acabo atraindo a passarada. (...)
Págs. 97, 98.
Parece que estou a ouvir #64
A Minha Menina
Mutantes
Ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
A lua prateada se escondeu
E o sol dourado apareceu
Amanheceu um lindo dia
Cheirando a alegria
Pois eu sonhei
E acordei pensando nela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
A roseira já deu rosas
E a rosa que eu ganhei foi ela
Por ela eu ponho o meu coração
Na frente da razão
E vou dizer
Pra todo mundo
Como gosto dela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
A lua prateada se escondeu
E o sol dourado apareceu
Amanheceu um lindo dia
Cheirando a alegria
Pois eu sonhei
E acordei pensando nela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
Minha menina,
Minha menina...
14 agosto, 2008
Eyes, vision, seeing...
Since I left you, mine eye is in my mind;
William Shakespeare, Sonnet CXIII