25 novembro, 2007

No Times de hoje #49

O New York Times de hoje vem carrrrrregadinho de artigos interessantes, ficam aqui 4.
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Seattle, WA a cidade do Pacífico Noroeste com espantosa taxa de sucesso de empresas de grande dimensão (Microsoft, Starbucks e por aí fora) é hoje tema do artigo da edição Frugal Traveller. Não sei bem explicar... Seattle não era cidade que me deixasse curiosa antes de chegar aos EUA, nem depois. Mas à medida que fui conhecendo outras cidades, Seattle começou a deixar em mim uma marca, pequena, mas persistente. O mais perto que estive de Seattle foi a cerca de 3h, em Portland, OR e tive pena de não ter tido tempo para lá ir. Mas agora qualquer artigo ou referência a Seattle deixa-me assim um gostinho bom... deve ser espectacular!
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Este artigo discute a triste conclusão a que já todos chegámos: com a ploriferação dos websites de bilhetes de avião a baixos preços, as companhias aéreas não querem saber de agradar aos passageiros de classe económica. O assunto é flagrante num país de grande dimensão como os EUA onde as pessoas dependem do transporte aéreo para se deslocar a nível nacional: refeições quentes já não existem há muito em voos internos (e atenção que estamos a falar de durações de voo que podem ir de 5 a 10 horas se considerarmos as viagens de costa a costa, ou os voos para o Hawaii), bebidas não alcoólicas existiam à descrição bem como uns pequenos pacotes de bolachas ou pretzels... pois agora os cortes nestes ultimos artigos permitiram não só uma brutal poupança orçamental, como também adicionar, em alguns aviões, mais cadeiras: cai o custo e sobe a receita! E os passageiros que fiquem contentes com os baixos preços! Fica um excerto.

The fact is that airlines, flying so close to full capacity today, have realized that they really don’t have to cater to economy passengers — most of whom are booking on price alone, and who increasingly have no real airline loyalty — because the cost of doing so would never be worth it in pure bottom-line terms.

Does that sound harsh? Well, an unexpected — but not totally surprising — insight into how airline executives think these days came this summer when B. Ben Baldanza, chief executive of the aggressively bare-bones Spirit Airlines, hit “reply all” to an e-mail message from a passenger who wished to be compensated for a delayed flight that caused him to miss a concert he was planning to attend. Mr. Baldanza’s response, which seemed to be intended only for a Spirit Airlines employee but subsequently appeared on multiple travel blogs, said: “Please respond, Pasquale, but we owe him nothing as far as I’m concerned. Let him tell the world how bad we are. He’s never flown us before anyway and will be back when we save him a penny.”
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Eu sabia que a familia Romanov tinha sido assassinada pouco depois da revolução Russa de 1917, para terminar com qualquer possibilidade de retorno ao tempo dos Czars. O que eu não sabia, era que havia ainda mistério acerca da possível sobrevivência de dois dos seus membros.

Registos soviéticos indicam que em Julho de 1918 foram executados, seguindo ordens de Lenin, o czar e esposa, 5 filhos, o médico da familia e 3 empregados, num total de 11 pessoas. Em 1991 foram encontrados restos mortais de 9 pessoas que, depois de identificados com técnicas de DNA, foram depositados na catedral de São Petersburgo junto dos restantes membros da familia real Russa. Ora o que aconteceu aos outros dois corpos (Aleksei e Maria ou Anastásia, ambos filhos do czar) permanecia até há pouco tempo envolto em mistério, havendo inclusivé gente a arrogar-se dessa identidade. Mais uma vez, provas de DNA, mostraram a verdade: dois corpos foram encontrados não muito distantes dos outros 9, e mostravam os mesmos sinais de tortura (mutilados, queimados e embebidos em ácido para impedir um possível reconhecimento).

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Mais uma vez o ADN... este artigo fala de antigos condenados, libertados devido a provas de ADN que os ilibaram das acusações que os levaram à prisão. O New York Times entrevistou 137 (dos mais de 200 libertados desde 1989) ex-condenados que passaram vários anos na prisão por crimes que não cometeram e mostra como estas pessoas mudaram e o que sentem relativamente à injustiça que a justiça lhes infligiu. Não sei o que é mais perturbador: o artigo que fala de uma pessoa em particular, ou o slideshow que mostra caras e excertos de entrevistas. Fica a frase:
There's still anger that's always gonna be a part of me...

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