31 agosto, 2007
30 agosto, 2007
Espantos # 56
29 agosto, 2007
Foi neste dia # 76 (1498)
O badalado sucesso que a história deu à viagem refere-se apenas ao facto de ter sido a primeira viagem completa entre Ocidente e Oriente. A viagem, não foi um sucesso comercial: pimenta veio pouca, canela um pouco mais, mas ainda assim o carregamento deu para o gasto. Em termos humanos: sairam de Lisboa 170 homens em 4 navios (um deles velho, que servia de armazenamento e que se previa vir a ser destruido pelo caminho); chegaram a Cascais em Julho de 1499 2 navios com 55 homens a bordo, todos eles muito doentes. O barco armazém ficou pelo caminho como previsto. São Rafael (nau gémea de S. Gabriel, novas a estrear para a viagem) não se afundou em naufrágio malvindo, foi largada algures na costa oriental Africana e queimada pela tripulação que já não era suficiente para manejar os três barcos. Entre os que pereceram, Paulo da Gama, o outro Gama de que a história não fala.
E tudo por causa da pimenta... valeu a pena? Tudo vale, quando a alma não é mesquinha... mas a que preço!
28 agosto, 2007
No Times de hoje #42
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The $2.4 billion Venetian Macao Resort, scheduled to open here Tuesday, will give Sin City more than a run for its money. The Venetian has more floor space than four Empire State Buildings. The hotel’s slot machines, baccarat tables and other games of chance sprawl across a casino more than three times the size of the largest casino in Las Vegas. The 15,000-seat sports arena nearly rivals Madison Square Garden, the convention center has a 6,000-seat banquet hall and the luxury shopping mall has three indoor canals with singing gondoliers; the Venetian in Las Vegas has just one.
But what is most surprising about the 3,000-suite project is that it is merely the first of 14 interconnected hotels being built here by the Las Vegas Sands Corporation.
26 agosto, 2007
Parece que estou a ouvir # 31
Once I lived the life of a millionaire,
Spent all my money, I just did not care.
Took all my friends out for a good time,
Bought bootleg whisky, champagne and wine.
Then I began to fall so low,
Lost all my good friends, I did not have nowhere to go.
I get my hands on a dollar again,
Im gonna hang on to it till that eagle grins.
cause no, no, nobody knows you
When youre down and out.
In your pocket, not one penny,
And as for friends, you dont have any.
When you finally get back up on your feet again,
Everybody wants to be your old long-lost friend.
Said its mighty strange, without a doubt,
Nobody knows you when youre down and out.
When you finally get back upon your feet again,
Everybody wants to be your good old long-lost friend.
Said its mighty strange,
Nobody knows you,
Nobody knows you,
Nobody knows you when youre down and out.
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Por ocasião de um aniversário fomos hoje a um bar irlandês que geralmente tem música ao vivo aos sábados e alguns dias da semana. Bar irlandês e bar de bairro. Da última vez que lá tinhamos estado a banda eram 4 ou 5 senhores já nos seus 60 anos a cantar música bem country. Os dois de hoje, talvez estivessem uma ou duas décadas abaixo dos outros, mas tinham as vozes country em músicas conhecidas, não necessariamente country... Country Roads, Happy Birthday (blue grass version... highly reccommendable!!!), Nobody Knows You When You're Down and Out. Ouvi esta última musica antes dezenas de vezes, mas hoje, pela primeira vez ouvi as palavras com mais atenção e achei o poema excepcional... apesar de o inglês ser (cada vez mais) natural falado, cantado parece-me ainda uma língua estrangeira à qual não presto a mesma atenção que quando oiço português cantado.
*Ano do crash de Wall Street que marcou o inicio da Grande Depressão
25 agosto, 2007
Espantos #55
- e finalmente eu representando a velha Europa
A conversa... variou muito e acentuou-se nas diferenças culturais em termos de cumprimentos: abraços e beijos são normais na Europa e África (especulámos que também na América Latina); abraços nos EUA só quando não se vê uma pessoa há muito tempo, para o dia a dia é mais apertos de mão; na Ásia ninguém se toca (o nosso colega diz que nunca foi abraçado pelos pais) é mais vénias.
24 agosto, 2007
Espantos #54
Background:
The situation:
Coisas que não mudam #16
23 agosto, 2007
Parece que estou a ouvir # 30
A letra é um bocado para o maniaco-depressivo e uma breve procura pelo nome de Amy Winehouse dá para ver como antes dos 24 anos se pode ter tudo e ao mesmo tempo nada. Vidas deprimentes... canções excelentes! Tristemente BRILHANTE!
Happy :)
21 agosto, 2007
20 agosto, 2007
Espantos # 53
Instauração de processos disciplinares aos funcionários públicos que apresentem sinais exteriores de riqueza não compatíveis com declarações de rendimentos.
Processos quê????????!!!!
Palavras lidas #27
“I had never heard so before,” said Candide, “but whether he is or isn’t, I am starving!”
19 agosto, 2007
18 agosto, 2007
16 agosto, 2007
Hopper @ the MFA* Boston
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* ou MoFA ;-)
Espantos #51
IN THE West lorry drivers face delays from roadworks and the occasional toll road; in west Africa they are held up by dodgy “official” checkpoints and must pay bribes to pass through. How much they hand over, and how often, is examined in a recent report that looks at four interstate roads crossing Mali, Ghana, Togo and Burkina Faso. The differences are considerable. In Mali, a driver pays over $25 in bribes at some 4.6 checkpoints every 100km. Once over the border in Burkina Faso, he merely has to cough up $8.73 at two checkpoints. Customs officers are the most successful when it comes to supplementing their income, followed by the police.
14 agosto, 2007
Férias e abandono
Chegado o Verão é pensamento geral a contagem decrescente para férias. Perece que nada mais importa, relegamos tudo o resto para depois, chatices, problemas, contas, compromissos, obras, a inscrição noutro ginásio, bla bla bla
Queremos ir de férias, ponto final e abaixo tudo aquilo que nos atrase os planos e morte a quem os tente impedir.
Vem isto a propósito de um artigo acerca dos animais de companhia. Já os tive. E dessa época guardo tão boas recordações que sou incapaz de ler sem uma revolta na garganta e na ponta dos dedos artigos como este.
Numa sala perto de mim # 35
Mrs. Austen: Affection is desirable. Money is absolutely indispensable!
13 agosto, 2007
Palavras lidas # 26
Quando acabou o pequeno almoço, o Sapo agarrou num sólido cacete e pôs-se a brandi-lo com força, zurzindo imaginários animais.
- Já vou aprender-lhes... a roubarem-me a minha casa! - bradava ele - Vou aprender-lhes, ai isso vou!
- Não digas aprender-lhes, Sapo - corrigiu o Rato, muito chocado. - Não está correcto, não é assim que se diz.
- Mas porque estás tu sempre a meter-te com o Sapo? - interveio o Texugo, rabugento. - Dizes tu que não é assim que se diz? Eu falo da mesma maneira, e se para mim está correcto, também para ti devia estar!
- Peço desculpa - disse o rato humildemente. - Mas eu penso que deve dizer-se ensiná-los, e não aprender-lhes.
- Mas nós não queremos ensiná-los coisa nenhuma - replicou o Texugo. - Queremos é que eles aprendam. E mais: vamos mesmo fazê-lo!
- Está bem, pronto, faz lá como entenderes - desistiu o Rato.
12 agosto, 2007
No Times de hoje # 41
Hoje no New York Times vem um artigo sobre o médico da ilha que é simultaneamente cirurgião, médico da escola e da equipa de futebol, entre outras actividades. Muitas vezes é pago em géneros (lagostas). Aqui está um exemplo de realização pessoal... pode estar-se no fim do mundo, mas se se faz o que se gosta...
Foi neste dia #74 (1907)
Súplica
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
11 agosto, 2007
Espantos # 50
Funcionários de uma empresa de limpeza lavam a cara do mítico Big Ben, o relógio da torre do Parlamento inglês, em Londres. Esta acção de limpeza faz parte do programa de manutenção pelo qual o Big Ben passa todos os anos.
Foto: Stephen Hird/Reuters
10 agosto, 2007
Parece que estou a ouvir # 29
Crazy i'm crazy for feeling so lonely
I'm crazy crazy for feeling so blue
I knew you'd love me as long as you wanted
And then someday you'd leave me for somebody new
Worry why do i let myself worry
Wonderin what in the world did i do
Oh crazy for thinkin that my love could hold you
I'm crazy for trying and crazy for cryin
And i'm crazy for loving you
Crazy for thinkin that my love could hold you
I'm crazy for tryin and crazy for cryin
And i'm crazy for lovin you
(Imagem de Salvador Dali)
09 agosto, 2007
Palavras lidas # 25
James Lasdun, Seven Lies
08 agosto, 2007
Navegar...
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
Cada vez mais assim penso.
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
Fernando Pessoa
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07 agosto, 2007
06 agosto, 2007
Memórias # 3
Das coisas boas que temos em criança são os avós. Enquanto temos avós parece que alguém nos olha ainda daquela maneira terna e benevolente, aceitando qualquer desculpa por qualquer malandrice que tenhamos feito, mesmo que essa desculpa não exista no reino do comum dos mortais.
Claro que ter pai e mãe também o é, mas em relação a estes temos aquele temor reverencial que vem da educação e do berço, e educação não é só sorrisos, mimo e colo, mas também umas discussões, quiçá umas palmadas e puxões de orelhas e muitas contrariedades, claro está.
Os avós não, os avós estão lá para não levantar problemas, camuflar traquinices, para dar colo mesmo quando os netos choram e culpam os pais que lhes negaram uma possibilidade de ser feliz (o que quer que isso seja, nem que signifique um chocolate a desoras para não estragar os dentes).
Vem tudo isto a propósito de... nem sei bem... acho que da falta de quem me camufle traquinices e me diga "estás mais pesada que o meu dinheiro".
Contando os dias
Dizem que o melhor das férias é esperar por elas, dizem!
Mas, e quando a impaciência nos vence?! Onde é que elas estão? Sim, onde? Começo a pensar que Agosto afinal tem 60, ou 61 dias, pois também haverá anos bissextos, e ninguém me avisou. Com bom tempo lá fora, um sol radioso à minha espera e obras no telhado, bem por cima da minha cabeça, que não me deixam concentrar numa única linha de texto, o que é que eu ainda aqui estou a fazer?
As palavras misturam-se à medida que a linha vai crescendo para a direita, mas lendo-a de início começo a intrigar-me se estarei a inventar alguma espécie de linguagem, pois o sentido que fazem não passa de mera intenção.
Bom, e como hoje ainda Agosto conta só com 6 dias, alguém me empresta um calendário para eu ir contando os restantes?
04 agosto, 2007
Retirado do contexto # 11
"Estás convencido que por dares luz a uma simples rua és tão importante como o sol que dá luz ao mundo"
O pátio das cantigas
03 agosto, 2007
:) Sorte
01 agosto, 2007
Espantos #49
--Assar Lindbeck, former chairman of the Nobel Prize committee for Economics
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Esta é uma afirmação que o vereador da Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, nunca irá compreender... nem que tal realidade lhe seja demonstrada com os conceitos mais básicos de economia ou de direito. A ignorância não traz vantagem a ninguém. Agora a mentira... a mentira é grave: dizer que sistemas de rendas controladas são "votados" em Nova Iorque é de facto não ter a mínima ideia de como funcionam as coisas.
Rendas controladas existem em Nova Iorque (remniscências de passados não muito longínquos, resultaram em erros graves que levam muito tempo a corrigir), tal como noutras cidades desenvolvidas (embora com muito menor frequência que em cidades atrasadas) e estas distorções servem apenas para beneficiar quem não precisa de ser beneficiado por esta política: os pobres que trabalham na recolha de lixo e afins, continuam a viver nos limites externos do Bronx, a mais de 2 horas da cidade, enquanto as familias de classe média-alta beneficiam de apartamentos de renda controlada na Village há mais de 50 anos. É difícil encontrar outra política económica com efeitos perversos tão transparentes.
Lá vai Lisboa com a saia cor de mar, mas mal vai Lisboa se "o Zé faz falta"...