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Disse-me o nome nos olhos fechados, leu
a palavra nos lábios que a não
disseram, abriu a mão que procurava
no labirinto dos lençóis.
Ficou o nome no mármore da tarde,
ficou a palavra na concha dos ouvidos,
ficou a mão que a sua mão encontrou
num ramo solto da memória.
E ao dizer o seu nome abro
os olhos que a acordaram do sono,
roubo-lhe dos lábios a palavra
que não disse, aponto-lhe com a mão
a saída do labirinto, corto com a manhã
o ramo em que a noite floriu.
Nuno Júdice, Aqui
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