Só à noitinha
Tive-lhe amor, gemi de dor, de dor violenta
Chorei sofri, e até por si, fui ciumenta
Mas todo o mal, tem um final, passa depressa
E hoje você, não sei porquê, já não me interessa
Bendita a hora, que o esqueci, por ser ingrato
E deitei fora, as cinzas do seu retrato
Desde esse dia, sou feliz sinceramente
Tenho alegria, p'ra cantar e andar contente
Só à noitinha, quando me chega a saudade
Choro sózinha, p'ra chorar mais à vontade
Outra paixão no coração, sei que já sente;
Uma qualquer, que foi mulher, de toda gente,
Assim o quis, seja feliz como merece,
Porque o rancor, como o amor, também se esquece!
Frederico Valério
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Tive-lhe amor, gemi de dor, de dor violenta
Chorei sofri, e até por si, fui ciumenta
Mas todo o mal, tem um final, passa depressa
E hoje você, não sei porquê, já não me interessa
Bendita a hora, que o esqueci, por ser ingrato
E deitei fora, as cinzas do seu retrato
Desde esse dia, sou feliz sinceramente
Tenho alegria, p'ra cantar e andar contente
Só à noitinha, quando me chega a saudade
Choro sózinha, p'ra chorar mais à vontade
Outra paixão no coração, sei que já sente;
Uma qualquer, que foi mulher, de toda gente,
Assim o quis, seja feliz como merece,
Porque o rancor, como o amor, também se esquece!
Frederico Valério
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É difícil arranjar letra mais portuguesa: a melancolia, a dor, o rancor, a raiva, o ciúme, o despeito, a tristeza, a indiferença e o consolo... está tudo lá. Fantástico!!
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