Recortes perfeitos
31 julho, 2011
29 julho, 2011
27 julho, 2011
26 julho, 2011
Pedaços de Santa Maria
Santa Maria tem cinco freguesias e 97 quilómetros quadrados.
A metade ocidental é árida como o Porto Santo,
Espantos #296
25 julho, 2011
23 julho, 2011
21 julho, 2011
20 julho, 2011
No Times de hoje #132
Less than two months after the capture of Ratko Mladic, Serbia's authorities arrested Goran Hadzic, the last of the fugitives indicted of crimes against humanity in the 1990s Balkan's war. On the run since 2004, when he was indicted, Hadzic will now have to respond in person at the Hague's international court. At the age of 52 it will be hard, but not impossible that the defense strategy should turn to the "too ill to be fit for trial" thesis, but let's wait and see.
A few pages in history are hard to turn, but at least in this case, Serbia seems to have done all that could be done, though late.
19 julho, 2011
Caprichos #172
Dão pelo nome de queijadas da avó e são um doce tradicional de Vila Franca do Campo, ilha de São Miguel, Açores...
18 julho, 2011
Palavras lidas #174
Que o português se queixa não é novidade. Mas a cultura dos ais é de facto algo muito típico deste país à beira mar plantado. Não se trata só de uma expressão de linguagem, sendo por isso difícil encontrar algo que se assemelhe noutras línguas. Segue o poema de Armindo Mendes de Carvalho, mais conhecido talvez recitado aqui.
_______________Cantiga dos Ais
Armindo Mendes de Carvalho (1927-1988)
Os ais de todos os dias,
os ais de todas as noites.
Ais do fado e do folclore,
o ai do ó ai ó linda.
Os ais que vêm do peito,
ai pobre dele, coitado
que tão cedo se finou!
Os ais que vêm da alma.
Ais d’ amor e de comédia,
ai pobre da rapariga
que se deixou enganar…
ai a dor daquela mãe.
Os ais que vêm do sexo,
os ais do prazer na cama.
Os ais da pobre senhora
agarrada ao travesseiro
ai que saudades, saudades,
os ais tão cheios de luto
da viúva inconsolável.
Ai pobre daquele velhinho:
-ai que saudades menina,
-ai a velhice é tão triste.
Os ais do rico e do pobre
ai o espinho da rosa
os ais do António Nobre.
Ais do peito e da poesia
e os ais de outras coisas mais.
Ai a dor que tenho aqui,
ai o gajo também é,
ai a vida que tu levas,
ai tu não faças asneiras,
ai mulher és o demónio,
ai que terrível tragédia,
ai a culpa é do António!
Ai os ais de tanta gente…
ai que já é dia oito
ai o que vai ser de nós.
E os ais dos liriquistas
a chorar compreensão?
Ai que vontade de rir.
E os ais de D. Dinis
Ai Deus e u é…
Triste de quem der um ai
sem achar eco em ninguém.
Os ais da vida e da morte
Ai os ais deste país…
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Palavras lidas,
Poesia-Poetry
17 julho, 2011
15 julho, 2011
Palavras lidas #173
FAUST. A TRAGEDY
PRELUDE ON THE STAGE
PRELUDE ON THE STAGE
[DIRECTOR, POET, CLOWN]
(...)
POET
Then give me back the time when I was young,
When all my life before me lay,
A constant stream of words and song
Burst from my lips with every passing day,
When clouds of glory hid the world from view,
And budding youth still found it all so new;
When flowers in thousands seemed to fill
The fields for me to gather then at will.
Though I had nothing, what I had was this:
The urge for truth, delight in make-believe.
The keenest pangs of adolescent bliss,
Extremes of love and hate, of joy and pain --
Give me back my youth again!
CLOWN
Such youthful energy, my friend, you'll find
Is needed in the frantic heat of war,
Or when some pretty girl might feel inclined
To take you in her arms and ask for more;
Or in the race before your weary eyes
You see the finish and the winner's prize,
Or when the whirling dance is at an end
You spend the night carousing with a friend.
But if you've confidence enough to play
A graceful tune and let us hear your voice,
Or let your pleasant fancy stray
Towards a destination of your choice --
That is a task for the maturer man,
And we respect you for it all the more.
They say age makes us childish -- but it can
Make truer children of us than before.
DIRECTOR
You've bandied words enough, now let me see
Some action from you both for once.
We could have spent the time more usefully
While you two were exchanging compliments.
What's all this talk of inspiration in the end?
You can't just sit and hope it might descent.
If you're a poet, as you claim to be,
Get on with it and write some poetry.
You know exactly what we have to do --
So hurry up and make a decent brew.
Don't leave it till tomorrow, stick at it --
Today will pass you by before you know.
You've got to grab your chance, or else it's gone,
It doesn't come round twice, so don't be slow,
And once you've taken it, don't let it go;
That's the only way to get things done.
(...)
pp. 8-9
pp. 8-9
12 julho, 2011
Ditto #186
Numa sala perto de mim #161
The Tree of Life (2011). I was drawn by the quality of the cast and the seemingly enticing trailer. In the end I got a disconnected sequence of scenes, plenty of which seemed rather senseless within the story, not to talk about the accessory and out of purpose scenes about the origin of the universe, dinosaurs, solar explosions, planets and alike. Overall the movie is slow and hard to follow even if it is randomly accompanied by spectacular landscapes and space images that could have been taken from a BBC or National Geographic documentary. I bet the movie has its followers/admirers... just not my kind of thing.
10 julho, 2011
Parece que estou a ouvir #115
Fausto
adeus ao cais de Alfama
se agora vou de partida
levo-te comigo ó cana verde
lembra-te de mim ó meu amor
lembra-te de mim nesta aventura
p'ra lá da loucura
p'ra lá do equador
Ah mas que ingrata ventura
bem me posso queixar
da Pátria a pouca fartura
cheia de mágoas ai quebra-mar
com tantos perigos ai minha vida
com tantos medos e sobressaltos
que eu já vou aos saltos
que eu vou de fugida
Sem contar essa história escondida
por servir de criado essa senhora
serviu-se ela também tão sedutora
foi pecado
foi pecado
e foi pecado sim senhor
que vida boa era a de Lisboa!
Gingão de roda batida
corsário sem cruzado
ao som do baile mandado
em terras de pimenta e maravilha
com sonhos de prata e fantasia
com sonhos da cor do arco-íris
desvaira se os vires
desvairas magias
Já tenho a vela enfunada
marrano sem vergonha
judeu sem coisa nem fronha
vou de viagem ai que largada
só vejo cores ai que alegria
só vejo piratas e tesouros
são pratas, são ouros,
são noites, são dias
Vou no espantoso trono das águas
vou no tremendo assopro dos ventos
vou por cima dos meus pensamentos
arrepia
arrepia
e arrepia sim senhor
que vida boa era a de Lisboa!
O mar das águas ardendo
o delírio dos céus
a fúria do barlavento
arreia a vela e vai marujo ao leme
vira o barco e cai marujo ao mar
vira o barco na curva da morte
e olha a minha sorte
olha o meu azar
Depois do barco virado
grandes urros e gritos
na salvação dos aflitos
estala, mata, agarra, ai quem me ajuda
reza, implora, escapa, ai que pagode
rezam tremem heróis e eunucos
são mouros são turcos
são mouros, acode!
Aquilo é uma tempestade medonha
aquilo vai p'ra lá do que é eterno
aquilo era o retrato do inferno
vai ao fundo
vai ao fundo
e vai ao fundo sim senhor
que vida boa era a de Lisboa!
_____________________
Gosto da combinação das expressões típicas com os instrumentos tradicionais portugueses na canção viva e ritmada do Fausto.
07 julho, 2011
No Times de hoje #131
Ainda acerca da intenção de Baltasar Garzón de investigar o desaparecimento de mais de cem mil pessoas durante o regime franquista, surgem agora mais factos macabros. Durante os anos 70 e até meados dos 80s, desapareceram centenas de recém-nascidos (de famílias de esquerda) directamente dos hospitais, supostamente para redes de tráfico de crianças com conivência de médicos, enfermeiros e até freiras. Dizer que Garzón pretende desenterrar velhos machados de guerra arrumados com a amnistia de 1977 pode ser verdade, mas não é menos verdade que se tratam de crimes hediondos e recentes que a amnistia não apaga. As famílias não esquecem!
04 julho, 2011
Parece que estou a ouvir #114
Zanguei-me com o meu amor
Linhares Barbosa
Zanguei-me com o meu amor
Zanguei-me com o meu amor
Não o vi em todo o dia
À noite cantei melhor
O fado da Mouraria
O fado da Mouraria
O sopro de uma saudade
Vinha beijar-me hora a hora
Para ficar mais à vontade
Mandei a saudade embora
De manhã arrependida
Lembrei e pus-me a chorar
Quem perde o amor na vida
Jamais devia cantar
Quando regressou ao ninho
Ele que nem assobia
Vinha a assobiar baixinho
O fado da Mouraria
03 julho, 2011
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