19 fevereiro, 2008

Memórias # 12


Nunca tive medo de trovoadas, nunca tremi com um relâmpago. Confesso até que, se estiver em casa, é um espectaculo que gosto de ver e ouvir.
O céu cortado por um raio de luz seguido de um rugir grosso (que quando muito próximo até faz tremelicar os vidros das janelas) faz-me sentir pequenina mas maravilhada com a perfeição da natureza. Sempre foi assim.
Mas lembro-me bem de muitas vezes, e ainda sem perceber bem o que uma trovoada significava, ver fechar portas e postigos, janelas e portadas, ficando a casa completamente às escuras, pois até era "perigoso mexer nos interruptores" e acendiam-se velas e tapavam-se ouvidos (se calhar baixinho até se rezava a Sta. Bárbara), como se isso nos afastasse daquele fenómeno que eu, às escuras e às escondidas, espreitava lá fora.

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