A polémica do reforço das medidas de segurança nos aeroportos e das novas regras relativas à bagagem a levar para dentro do avião tinha de estalar por algum lado. Desta vez foram as orquestras que, especialmente no verão, viajam para espectáculos fora da sua área de acção.
São pessoas que regularmente viajam com os seus instrumentos (carissimos e em alguns casos muito antigos) dentro dos aviões. Para os maiores instrumentos (p.e. o violoncelo) compram até mais um bilhete e ainda assim são tratados como suspeitos. Muitas tournés foram canceladas desde os problemas em Londres na semana passada... é questão para perguntar quando é que acaba a histeria e começa o bom senso.
Não vale a pena argumentar com o facto de os terroristas poderem usar-se de instrumentos musicais de grande porte para desatarem à mocada dentro dos aviões... há coisas que não teem sequer nexo, como o facto de terem pedido a um violoncelista para retirar as cordas do instrumento com mais de 200 anos e cuja afinação demora épocas a conseguir.
Vamos lá ter bom senso... se me pedissem para eu despachar o meu computador pessoal (que vai sempre comigo dentro do avião) eu também ofereceria relutância. As pastas de dentes, pastilhas, batons e outras coisas que tais que se veem no chão junto aos postos de raio X, dão no mínimo vontade de rir, mas cancelar tournés inteiras de uma orquestra, que demoraram muito tempo a conseguir, não tem graça!
Vem tudo num artigo de hoje do New York Times.
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