21 agosto, 2006

A aposentação "voluntariamente" compulsiva

Então vejamos. É assim:

Factos:
A Câmara de Setúbal perdeu 60 (sessenta) funcionários que foram compulsivamente aposentados, depois de concluídos os respectivos processos disciplinares.
Fundamento? Faltas injustificadas: cinco seguidas, ou dez interpoladas no decurso do mesmo ano (é o que diz a lei).

1ª Pergunta de um leigo: Como funcionava a autarquia? É que 60 pessoas a faltar 5 dias seguidos ou 10 dias interpoladamente durante um ano é, calculo eu, uma lacuna grave no normal funcionamento de uma câmara municipal.
2ª Pergunta de um leigo: Como vai funcionar a autarquia a partir de agora? 60 pessoas, calculo eu, é muita gente em falta nos quadros. Bem sei que se faltavam tanto talvez não se note muito mas presumo, talvez mal, que se estas 60 pessoas ingressaram nos quadros da câmara municipal, para exercer as suas funções (quaisquer que elas sejam) com carácter definitivo e permanente, era porque lá faziam falta.
Sim, bem sei, já não existem empregos para toda a vida mas, sejamos claros, no caso concreto a aposentação até veio a calhar hein? Grande recompensa para os faltosos... afinal, já contaram bem os anos que ainda teriam de trabalhar?? Bem, era continuar a faltar como até à data (digo eu, que ainda não aprendi o truque).

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