29 setembro, 2014

Espantos #404

The beauty of aircraft engineering

28 setembro, 2014

Espantos #403

m&m extravaganza

Espantos #402

A turkey on Harvard yard... who would have thought!

27 setembro, 2014

Sem título #39

At the 9-11 Memorial Museum
No day shall erase you from the memory of time (Virgil) 

26 setembro, 2014

25 setembro, 2014

Pormenores #116

Num Crate & Barrel perto de mim...

22 setembro, 2014

Caprichos #331

Alfajor, directamente de Mar del Plata, Argentina...
recheado com doce de leite e cobertura de chocolate. Uma delícia!

20 setembro, 2014

Coisas que não mudam #275

5 a 10 minutos depois da descolagem, a 10,000 pés de altitude víamos toda a cidade de Boston, com o aeroporto, o porto, a baixa, as curvas do rio Charles...
5 to 10 minutes after take off, at 10,000 feet, we saw the entire city of Boston with the airport, the harbor, downtown, the curves of the Charles...

19 setembro, 2014

Ditto #286

Forgive your enemies, but never forget their names.

--John F. Kennedy

17 setembro, 2014

Palavras lidas #243

Later, with Douglas back in England, Cunrad prodded him in written notes to recall his experience in France and Portugal.

And Lisbon [she asked him]---you were there for many months. Did you find the Portuguese in general---or which classes in particular---as friendly to the British as tradition states them to be? Do you think it is a hotbed of international political intrigue, with a great many Nazi agents? And on which side do you think is public opinion mostly?


To which Douglas responded:

I noticed no Nazi agents in Lisbon, thought there may have been thousands of them. The few Germans I met were refugees. And the few Portuguese avoided politics like the plague. And the few newspapers were censored, and therefore no guide to the country's political feelings. (p. 129)
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Lisbon was reached at dusk, and Peabody was introduced to the city's display of light. "The sight of a million lights," she wrote, "blazing in the sky went to my head: it was champagne: it made me dizzy. Lisbon was like a beacon emerging out of the European blak-out. It looked like a dream-city." "The whole place," she added, "resembled a Christmas tree. I wanted to blow the trumpets and throw confetti and sing and dance. Light after darkness. It was thrilling!". When she came to her hotel, the Palácio in Estoril, she had the feeling she was aboard an opulent ocean liner: "In the bar, after the third Martini, I could almost feel the gentle roll of this incredible refugee ship." (p. 131)
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Antoine de Saint-Exupéry, the French writer and aviator, luckily found a hotel room in Estoril after he reached Lisbon. But the nearby casino and the exile throngs within only intensified a feeling of unreality that was rooted in his qualms about leaving France in her darkest hour. The figures at roulette or baccarat---men in stiff shirtfronts, women with glittering pearls---stimulated what he called "a kind of anguish---the same feeling that you experience at a zoo when looking at the survivors of an extinct species." Just as Lisbon and its ongoing centenary celebration seemed to him to be playing at happiness, the exiles played at clinging to their past identities: "They still pretended to be someone. They clung obstinately to some semblance of meaning. They said, 'That is who I am. ... I come from such and such town. ... I am the friend of so and so. ... Do you know him?'" (p. 158)

Coisas que não mudam #272

Just another ice cream store in Boston, actually Cambridge.

16 setembro, 2014

Espantos #401

Formas perfeitas
Perfect shapes

Retirado do contexto #187

Enquanto ele tocava Beethoven a partir da pauta, ela pulava ao ritmo da sessão de aeróbica no seu computador.
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While he played Beethoven from the score, she jumped to the rhythm of the aerobics session in her computer.
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Mentre lui suonava Beethoven dalla partitura, lei saltava al ritmo della sessione aerobica sul suo computer.

15 setembro, 2014

Coisas que não mudam #271

Korean food: Bibimbap!

Palavras lidas #242

E como de Camões não se sabe o dia que nasceu, fica o poema.
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O dia em que eu nasci, morra e pereça,
Não o queira jamais o tempo dar,
Não torne mais ao mundo e, se tornar,
Eclipse nesse passo o sol padeça.

A luz lhe falte, o sol se lhe escureça,
Mostre o mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.

As pessoas pasmadas, de ignorantes,
As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.

Ó gente temerosa, não te espantes,
Que este dia deitou ao mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!

Luís Vaz de Camões (c. 1524 - 10.06.1580)

Foi neste dia #242 (1765)

Camões, grande Camões...

Camões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,
Arrostar co'o sacrílego gigante;

Como tu, junto ao Ganges sussurrante,
Da penúria cruel no horror me vejo;
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Também carpindo estou, saudoso amante.

Ludíbrio, como tu, da Sorte dura
Meu fim demando ao Céu, pela certeza
De que só terei paz na sepultura.

Modelo meu tu és, mas... oh, tristeza!...
Se te imito nos transes da Ventura,
Não te imito nos dons da Natureza.


Manuel Maria Barboda du Bocage (15.09.1765 - 21.12.1805)

14 setembro, 2014

Caprichos #330

Sunday brunch @Russel House Tavern
Stuffed Brioche French Toast
(w/ Nutella, Candied Filberts, Torched Banana)
The Bennedict
(Garlic Spinach & Breakfast Sausage, Creamy Hollandaise, Hash Browns)

11 setembro, 2014

Palavras lidas #241

Poema em linha recta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado
[sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe — todos eles príncipes — na vida…

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e erroneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Fernando Pessoa
________________
E lembrei-me de expressões absolutamente destituídas de lógica e vazias de significado, mas tão correntes nos dias que correm, como as minhas princesas ou és a melhor mãe do mundo... ai que bom que era se a paciência se vendesse nos supermercados.

10 setembro, 2014

Caprichos #329

Como claras em castelo!

Retirado do contexto #186

Familiar places

Numa sala perto de mim #275

Labor Day (2013) was my movie choice on the long transatlantic flight yesterday. I wanted to have seen it last year but I didn't have the chance. The movie tells the story of an indelible labor day weekend when an escaped prison inmate crosses the path of an unassuming mother and child. The last ten minutes of the film are worth every minute of the deliberate slow pace action until then.

08 setembro, 2014

07 setembro, 2014

No Times de hoje #155

Still on the legacy of the unearthed street photographer Vivian Maier, the Times today brings an article about the legal battle for her work. She passed away five years ago in Chicago at age 83, leaving behind several trunks of thousands of undeveloped negatives which are now worth millions of dollars. Because the resolution of the judicial process to determine the legal heir of such fortune may take years, it may be a very long while before the world can see her splendid photos. So glad I saw the documentary back in April!

04 setembro, 2014

Foi neste dia #241 (1479)

Alcáçovas é hoje uma pequena freguesia alentejana de pouco mais de 2000 habitantes. Mas há 535 anos atrás, foi nesta vila que se juntaram Afonso V rei de Portugal e o seu filho o futuro rei João II, e os reis Católicos Isabel de Castela e Fernando de Aragão, para assinarem um tratado de paz que daria por terminada a Guerra de Sucessão de Castela.

Fazendo curta uma longa história, o conflito teve início em 1474 após a morte do rei Henrique IV de Castela, cujo conturbado reino não deixou saudades, ficando aquele monarca com fama de fraco e cognome de impotente (por não ter consumado o seu primeiro casamento com Blanche de Navarra). Dividiram-se pois os apoios à sucessão: havia os que apoiavam Joana de Trastâmara a única filha do segundo casamento do falecido rei (com Joana de Portugal, filha do rei D. Duarte) e por isso sua herdeira directa; e os que apoiavam Isabel, meia-irmã de Henrique IV, que argumentavam que Joana não era filha do rei impotente, mas sim de um Beltrán de Cueva (que teria sido amante da rainha, daí no nome insultuoso de Joana a Beltraneja) e por isso a verdadeira herdeira da coroa de Castela seria Isabel. Adivinhando estas manobras, antes de morrer Henrique tentou casar a sua filha com alguém que salvaguardasse seus os direitos de futura rainha de Castela e é aqui que Portugal entra na história. Os interesses cavaleirescos de Afonso V iam para além de Marrocos e passavam também por uma união ibérica sob alçada portuguesa; o casamento entre tio e sobrinha necessitou de uma dispensa papal dada a consanguinidade dos noivos. Por seu lado os reis católicos tinham interesses nas possessões portuguesas da Guiné e no inerente comércio de ouro e escravos que tentavam disputar. As guerras duraram quatro anos e saldaram-se com inconclusivas confrontos em terra (Batalha de Toro em 1476) e vantagens das tropas portuguesas no mar.

Há pouco mais de meio milénio, assinou-se em Alcáçovas um tratado que, entre outros detalhes, reconhecia Isabel como rainha de Castela, e Portugal como único poder hegemónico no Atlântico a sul à excepção das Ilhas Canárias. Joana viveu em Portugal até à sua morte, com 68 anos, em 1530. Não podendo ser tratada por rainha (que lhe impedia o tratado), nem por infanta (porque já tinha sido rainha), foi-lhe atribuído o tratamento oficial de Excelente Senhora.

Caprichos #327

Ainda um post referente a Turim, desta vez sobre a tradição do chocolate daquela cidade. As origens desta tradição remontam a 1560 quando a casa de Sabóia mudou a capital do ducado de Chambéry para Turim. Para celebrar o evento o Duque Emanuel Filiberto brindou à cidade uma taça fumegante de chocolate quente. Desde então apareceram imensas variações liquidas, sólidas e algumas intermédias... mas todas deliciosas! Ficam alguns exemplos.
Desde as normais variações de chocolate quente a tartes de chocolate que se podem encontrar em qualquer café ou casa de chá;
ao creme de gianduia (feito com pasta de chocolate e pasta de avelãs, produzidas na região de Piemonte cuja capital é Turim) de barrar no pão... digamos que se trata de uma versão sofisticada de nutella encontrada nas lojas e supermercados;
há também o licor de chocolate com teor alcoólico moderado;
vende-se ainda chocolate solto, em cones de papel (como as castanhas no inverno);
chocolate ao kilo em bruto (que se parte à discrição) ou já processado em pequenas doses;
e claro o chocolate tradicional em caixas, embrulhos ou latas,
sendo que o gianduiotto (gianduiotti no plural) tem lugar de destaque.
Vale a pena ver um curto vídeo (sem desnecessárias palavras) sobre Turim e o chocolate!