Gosto de ser pontual... o que me faz sentir, muitas vezes, solitário.
--Benjamin Disraëli (1804-1881)
31 agosto, 2013
29 agosto, 2013
No Times de hoje #151
The New York Times today brings an article about Portugal, its crises, and its olive oil. About time that portuguese producers start investing in the export market for this of great quality product. Plus, since the country is small, production can never reach a giant scale... gourmet sections never do.
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O New York Times de hoje traz um artigo sobre Portugal, a sua crise e o seu azeite. É mais que tempo para uma aposta deste produto de alta qualidade no mercado de exportação. Mais, como o país é pequeno a escala de produção nunca será gigantesca... as secções gourmet nunca o são.
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O New York Times de hoje traz um artigo sobre Portugal, a sua crise e o seu azeite. É mais que tempo para uma aposta deste produto de alta qualidade no mercado de exportação. Mais, como o país é pequeno a escala de produção nunca será gigantesca... as secções gourmet nunca o são.
Ditto #253
Embora muitos de nós nos orgulhemos em verificar o quanto somos diferentes dos nossos pais, não deixamos de ficar tristes por nos apercebermos o quão diferentes de nós são os nossos filhos.
--Andrew Solomon (1963), in Far from the Tree... (Scribner, 2012).
28 agosto, 2013
Foi neste dia #213 (1963)
Fifty years ago, 200,000 people participated in a peaceful civil rights rally in Washington, D.C., where Dr. Martin Luther King Jr. delivered his "I Have a Dream" speech in front of the Lincoln Memorial.
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Há cinquenta anos, 200,000 pessoas manifestaram-se pacificamente pelos direitos civis em Washington DC. Nesse dia Martin Luther King Jr. falou à multidão em frente ao Lincoln Memorial sobre o seu famoso sonho.
Há cinquenta anos, 200,000 pessoas manifestaram-se pacificamente pelos direitos civis em Washington DC. Nesse dia Martin Luther King Jr. falou à multidão em frente ao Lincoln Memorial sobre o seu famoso sonho.
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Numa sala perto de mim #236
W.E. (2011) dramatizes the romance of the century between Mrs. Wallis Simpson and Edward VIII. The movie is slow and meanders through unnecessary side plots, but it has the merit of showing the story from the less travelled perspective, hers.
26 agosto, 2013
Numa sala perto de mim #235
Blackfish (2013). Wild animals are wild animals. We may want to believe we understand them and we may even think they are friendly and care for us. Knowing our limits and understanding these are not tamable pets is the greatest sign of respect.
25 agosto, 2013
Palavras lidas #226
“(...)
há camaradas que, às vezes, parece que
não percebem as dificuldades que atravessamos. Há dias, na reunião semanal de
trabalho, apareceu um abaixo-assinado com vinte e tal nomes a reclamar aumentos
salariais de 10 por cento para mulheres e aprendizes e 20 por cento para os
homens.
O
Américo tentou explicar que não era possível aumentar salários agora, mas
caíram-lhe vários em cima e a discussão azedou
com o Hernani a fazer-lhe frente:
-
Camarada Américo, por favor, não me venha com essa conversa
de que não há dinheiro para aumentar os salários! Isso foi o que nós ouvimos
dos patrões toda a vida!
-
Pois, camarada Hernani, mas agora os patrões somos nós...
-
Por isso mesmo – volveu o Hernani. – Se os patrões somos nós,
o dinheiro é nosso e nós é que temos de decidir se há ou não dinheiro para
aumentos.
“Apoiado!“,
“É isso mesmo!”, “O dinheiro é nosso!”, gritaram várias vozes na sala. O
Américo levantou as mãos para impor a ordem. Estava a começar a ficar irritado.
-
O dinheiro é nosso, e então? É para deitar fora?
-
Não! É para dar de comer às nossas mulheres e filhos! –
gritou o Isménio, a quem nunca tinham ouvido gritar.
(...)
O Américo olhava-os, não parecendo acreditar no que estava a ouvir.
-
Vocês estarão bêbados ou são inconscientes? Se aumentarmos os
ordenados agora, onde é que vamos buscar o dinheiro para fazer as sementeiras e
tudo o resto? E se não as fizermos, com que dinheiro pagamos os ordenados daqui
a meses?
-
- Pede-se ao Crédito Agrícola – interveio o Camilo Léguas,
calmamente.
-
Pede-se ao Crédito Agrícola? E tu achas que é só pedir? Achas
que eles não exigem garantias, que não exigem ver a nossa contabilidade e saber
a situação em que estamos?
-
Ó camarada, desculpa lá – volveu o Camilo Léguas. – Mas os
bancos não são do povo, agora? Para que servem ser do povo?
(...)
-
Pois é, mas parece que há muita gente que ainda não entendeu
bem que as coisas mudaram com a Reforma Agrária: o banco está aí para nos
ajudar e ninguém está aqui para continuar a ser explorado! Desta vez fez-se
silêncio. O Américo parecia mesmo espantado:
-
Explorado? Explorado por quem?
O
Hernani ficou calado.
-
Explorado por quem, ó Hernani? Diz-me lá...
-
Por quem, não interessa, camarada... Se não recebemos o que
merecemos, estamos a ser explorados. Era assim que nos diziam, não era? A mim,
tanto me faz ser explorado por um patrão como por uma direção! O que eu não
quero é continuar a ser explorado!"
Pág.
82, 83, 84 in “Madrugada Suja"
Numa sala perto de mim #234
The Butler (2013) shows history go by through the eyes of a black man serving in the White House for more than thirty years. Two notes: (1) Nashville appears for the worst reasons; (2) Rodrigo Leão's score, gives the movie a familiar tune throughout.
Foi neste dia #212 (1988)
Quem não se lembra onde estava na manhã do dia 25 de Agosto de 1988? Eu estava a atravessar a ponte, a caminho da costa da Caparica. No horizonte via-se claramente o incêndio que consumiria por completo os Grandes Armazéns do Chiado. Foi há 25 anos. Mais fotos aqui.
24 agosto, 2013
23 agosto, 2013
Espantos #371
Computer policy in the classroom
Why do students want to use laptops in the classroom? It is easier to take notes on the computer than with pen and paper by hand. Agreed. What do many students do on computers while in the classroom? Check out facebook or the internet at large. Correct. Can the professor do anything about it? Not really. College students are adults responsible for their decisions, but they are also known for valuing immediate gratification and discounting the future. So the first time I meet my students each semester I alert them to the following:
Why do students want to use laptops in the classroom? It is easier to take notes on the computer than with pen and paper by hand. Agreed. What do many students do on computers while in the classroom? Check out facebook or the internet at large. Correct. Can the professor do anything about it? Not really. College students are adults responsible for their decisions, but they are also known for valuing immediate gratification and discounting the future. So the first time I meet my students each semester I alert them to the following:
A year in college in a good US university (including tuition, fees, and living expenses) costs about $50,000 to $60,000. At an average of ten courses a year (five each semester), each course costs about $5,000 to $6,000 and meets roughly 30 times each semester (two classes a week for 15 weeks). Each time the students meet the professor in the classroom they are paying $166.66 to $200 for a 75-minute class (hourly rate $133.33-$160). Would anybody pay $133.33 for an hour at a nearby internet cafe? Probably not. There are cheaper places to access the internet than college classrooms.
A few may recall the story and think twice before they go online in the classroom; most forget it by the second day of classes.
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Computadores nas salas de aula
Porquê autorizar os alunos a usar computadores portáteis na sala de aula? É mais fácil tirar notas no computador que à mão. De acordo. O que fazem muitos dos alunos com computadores portáteis na sala de aula? Ver o facebook e a internet em geral. Certo. Pode o professor fazer algo contra? Nem por isso. Os estudantes universitários são adultos e por isso responsáveis pelas suas próprias decisões, mas são também conhecidos por valorizarem a gratificação imediata e descontarem o futuro. Por isso, na primeira aula de cada semestre decido alertá-los para o seguinte:
Uma boa universidade americana, custa por ano cerca de $50,000 a $60,000 (incluindo propinas, taxas e despesas diárias). Com uma média de dez cadeiras por ano (cinco em cada semestre), cada cadeira fica entre $5,000 e $6,000 por cerca de 30 aulas cada semestre (duas aulas por semana durante 15 semanas). Por cada aula de 75 minutos, cada aluno paga entre $166.66 a $200 (por hora $133.33-$160). Alguém pagaria $133.33 por uma hora num qualquer internet café? Provavelmente não. Há locais mais baratos para aceder à internet que uma sala de aula numa universidade.
Alguns alunos talvez se lembrem do exemplo e pensem duas vezes antes de aceder à internet em aula; a maior parte já se esqueceu da história no segundo dia de aulas.
A few may recall the story and think twice before they go online in the classroom; most forget it by the second day of classes.
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Computadores nas salas de aula
Porquê autorizar os alunos a usar computadores portáteis na sala de aula? É mais fácil tirar notas no computador que à mão. De acordo. O que fazem muitos dos alunos com computadores portáteis na sala de aula? Ver o facebook e a internet em geral. Certo. Pode o professor fazer algo contra? Nem por isso. Os estudantes universitários são adultos e por isso responsáveis pelas suas próprias decisões, mas são também conhecidos por valorizarem a gratificação imediata e descontarem o futuro. Por isso, na primeira aula de cada semestre decido alertá-los para o seguinte:
Uma boa universidade americana, custa por ano cerca de $50,000 a $60,000 (incluindo propinas, taxas e despesas diárias). Com uma média de dez cadeiras por ano (cinco em cada semestre), cada cadeira fica entre $5,000 e $6,000 por cerca de 30 aulas cada semestre (duas aulas por semana durante 15 semanas). Por cada aula de 75 minutos, cada aluno paga entre $166.66 a $200 (por hora $133.33-$160). Alguém pagaria $133.33 por uma hora num qualquer internet café? Provavelmente não. Há locais mais baratos para aceder à internet que uma sala de aula numa universidade.
Alguns alunos talvez se lembrem do exemplo e pensem duas vezes antes de aceder à internet em aula; a maior parte já se esqueceu da história no segundo dia de aulas.
No Times de hoje #150
I've written more about Mugabe than I care to admit, so I won't indulge this time around. I simply want to mark today's inauguration that will add five more years to the 33 long seasons Mugabe has been chairing and ruining Zimbabwe's faith. Below, some unsurprising excerpts of today's article of the New York Times on the historical event.
"Robert Mugabe was sworn in as president of Zimbabwe on Thursday in a pomp-filled ceremony in the capital, Harare..."
"Observers from the African Union and the Southern African Development Community, a regional economic and trading bloc, also pointed out serious problems with the vote, but accepted the outcome."
"The Movement for Democratic Change had filed a legal challenge to the result in the country’s Constitutional Court, but withdrew it when the government refused to hand over voting materials and other evidence the opposition needed to prove its case."
"Indeed, the court decided to rule despite the withdrawal of the challenge, declaring on Tuesday that the election had been free and fair."
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Já escrevi demais acerca de Mugabe, por isso hoje não vou por aí além. Apenas quero marcar a tomada de posse de hoje que somará cinco anos mais aos 33 longos invernos que Mugabe lidera e arruina o destino do Zimbabué. Abaixo alguns excertos pouco surpreendentes do artigo de hoje do New York Times sobre o evento histórico.
"Robert Mugabe tomou posse como presidente do Zimbabué esta quinta-feira numa cerimónia de pompa na capital, Harare..."
"Observadores da União Africana e da Comunidade de Desenvolvimento Sul Africano, um bloco económico e de comércio regional, também encontraram graves problemas no processo eleitoral, mas aceitaram o resultado."
"O Movimento para a Mudança Democrática iniciou um processo legal de contestação aos resultados das eleições no Tribunal Constitucional, mas desistiu do mesmo processo quando o governo recusou divulgar documentos eleitorais e outros materiais que a oposição precisava para provar a sua tese."
"De facto, apesar da retirada da contestação, o tribunal decidiu na terça-feira declarar as eleições como livres e justas."
22 agosto, 2013
21 agosto, 2013
Palavras lidas #225
From Charles Boxer's The Dutch Seaborne Empire, 1965, pp. 89-90:
"Three years after the loss of Pernambuco in 1654, the States-General at last persuaded Holland to agree to the dispatch of a fleet to blockade the Tagus and bring the Portuguese to heel; but English and French diplomatic intervention on behalf of Portugal soon gave Holland a welcome pretext for renewing its opposition to the war and to insist on the resumption of negotiations with the Portuguese envoy at the Hague in 1658. Disregarding the provisions of the Union of Utrecht that all such matters must be agreed unanimously, the deputies of Holland, led by Johan de Witt, pushed the Portuguese peace-treaty through the States-General despite the bitter opposition of Zeeland and the obstruction of Guelderland and Gronigen in 1661-2.
The attitude of Holland, and more especially that of Amsterdam, towards the Luso-Brazilian problem in the years 1641-61, brings out very clearly the accuracy of Sir George Downing's observation to his own government in 1664: 'You have infinite advantages upon the account of the form of the government of this country which is such a shattered and divided thing; and though the rest of the provinces give Holland their votes, yet nothing is more evident and certain than that Holland must expect to bear the burden. Even Zeeland can do very little, for that it is very poor, and for the other provinces they neither can nor will.' Fourteen years earlier the Portuguese envoy at The Hague had expressed the same truth even more pithily, when he informed his government: 'If Holland desires peace, that is more than enough to secure it, and the approval of Amsterdam alone will suffice.'* For as long as the Dutch Republic endured, it was Amsterdam that paid the piper, and so her regent-oligarchs felt entitled to call the tune."
*'... porque como a Hollanda quer paz, sobeja, e só Amsterdam basta', Correspondência Diplomática de Francisco Sousa Coutinho, Vol. III, p. 360.
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Three comments:
1) Perhaps there's a simple historical reason for Netherlands to be translated into Portuguese simply as Holanda, which is merely one of that country's regions. I recall making the honest mistake of direct translation in the company of a Dutch friend who kindly told me that, although she is Dutch she is not from Holland so the correct name of her country is Netherlands (the territory encompassing all regions of the country, including Holland). I thanked her and wished her good luck trying to explain that to Portuguese speakers where the only alternative to Holanda is Países Baixos (Low Countries), which instead overstates the Dutch territory since The Netherlands are originally the Northern Low Countries. She is obviously more comfortable with the second mistake, since it includes her region. Never came across a Belgian person to ask how (s)he feels about the issue...
2) Each country or economic block is composed of rich and poor regions. The former support the latter in exchange for political acquiescence.
3) Sponsors can, always could and always will.
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Três comentários:
1) Talvez exista uma simples razão histórica para que Nederland seja traduzido em português simplesmente por Holanda que é apenas uma das várias regiões daquele país. Recordo-me de ter cometido o inocente erro de tradução directa para inglês na presença de uma amiga que me disse delicadamente que não era holandesa, mas de outra região pelo que o nome correcto do seu país em inglês é Netherlands (o território que engloba todas as regiões do país, incluindo a Holanda). Eu agradeci e desejei-lhe boa sorte ao tentar explicar o problema para os falantes de Português em que a única alternativa a Holanda é Países Baixos, que por sua vez peca por excesso territorial uma vez que o país dela apenas engloba os Países Baixos do Norte. Claro que ela prefere o segundo erro ao primeiro porque a sua região está incluída. Nunca perguntei a um Belga o que pensava sobre o assunto...
2) Cada país ou bloco económico é composto de regiões ricas e pobres. As primeiras sustentam as segundas em troca de consentimento político.
3) Quem pode pode, sempre pôde e sempre poderá.
[O excerto acima descreve o contexto histórico em que a Holanda fez valer a sua vontade no parlamento face às restantes províncias do país, no que refere às tréguas com Portugal depois da restauração de 1640. Claro que seria a Holanda, e não as outras províncias, a financiar o eventual esforço de guerra]
20 agosto, 2013
No Times de Hoje #149
I came across this article and video on this morning's email of the New York Times "Today's headlines." After watching the video, it is hard to remain indifferent to the dramatic situation of the southern border.
That the United States immigration system needs comprehensive reform is undeniable by many in both political parties. As evidence of the broken system, my permanent residency card arrived just four months short of the thirteenth anniversary of my arrival in the US. But to have recovered at least 2,200 bodies of migrants near the Arizona-Mexico border since 2001 is just appalling.
If building a taller wall with an electrified fence is the answer, then much more dead bodies will need to be catalogued, identified and eventually repatriated (if matched and claimed) in the future. Yes, heightened security since 2001 has reduced the number of illegal crossings. But migrants still crossing illegally do so in un-policed areas, which are naturally more dangerous since the extension of desert ahead makes death the most likely outcome. Like Arizona, Lampedusa and Tarifa also see migrants die at their doorstep... until when?
19 agosto, 2013
Numa sala perto de mim #233
20 Feet from Stardom (2013) is a documentary about singers who never make it to the frontline of success, the background singers. A given amount of talent is necessary to make the cut, but from there progress is close to nil and their career is most likely a dead end. Some are quite comfortable with the role of embellishing somebody else's work, often making it absolutely memorable. Some reach successful achievements that never go by their name. Others aspire to a solo career, almost always in vain.
18 agosto, 2013
Ditto #251
Life is mainly froth and bubble
Two things stand like stone —
Kindness in another’s trouble.
Courage in your own.
Two things stand like stone —
Kindness in another’s trouble.
Courage in your own.
--Adam Lindsay Gordon
17 agosto, 2013
16 agosto, 2013
Espantos #369
Começam hoje as festas da Senhora da Agonia, com um descomunal desfile pelo coração de Viana do Castelo... havemos havemos!
E lembro-me da Joana Vasconcelos, na Ajuda...
E lembro-me da Joana Vasconcelos, na Ajuda...
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15 agosto, 2013
Foi neste dia #211 (1195)
Há 818 anos nascia em Lisboa Fernando Martins de Bulhões que viria a falecer em Pádua 36 anos depois, a 13 de Junho, como Santo António. Abaixo, várias fotos do santo em Lisboa:
Basílica da Estrela
Igreja de São Roque
claustro da Sé
Igreja de Santo António
sacristia da Igreja de Santo António
cripta da Igreja de Santo António
12 agosto, 2013
10 agosto, 2013
09 agosto, 2013
Pedaços de Lisboa...
... a cidade branca.
Basílica da Estrela
São Vicente de Fora
Panteão Nacional
Rossio
Ruínas do Convento do Carmo
Igreja do Mosteiro dos Jerónimos
Torre de Belém
06 agosto, 2013
04 agosto, 2013
03 agosto, 2013
Numa sala perto de mim #232
A Gaiola Dourada (2013) não é uma comédia, apesar de ter momentos cómicos e todos os clichés do imigrante português.
Ela Maria, porteira; ele José, pedreiro. Pelas paredes da casa, fotos da Amália e dos três pastorinhos. Vê-se futebol, veste-se da selecção, joga-se a sueca, come-se bacalhau e bebem-se minis. E as mentalidades... viver em função dos que os outros precisam e vão pensar; não ser mal educada para não parecer mal; os complexos de inferioridade; as vergonhas; o fado; a ideia idílica do retorno. Apesar disso, estão lá os valores, os princípios, os sacrifícios, o esmero no trabalho, a dignidade.
Coisas que não mudam #232
Espectáculo de La Féria no Politeama. Desta vez, a Grande Revista à Portuguesa no ano do centésimo aniversário daquele teatro.
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