“(...) De noite, quando ambos se iam deitar no quarto que partilhavam, Pedro resistia a cair logo no sono, insistindo em falar e em ouvir histórias, por vezes continuando ainda a falar, já Diogo adormecera há muito, com a facilidade com que sempre adormecia em qualquer ocasião, bastando que estivesse com sono. Mas para Pedro, que era ainda uma criança nos seus dez anos, era como se a vida toda à sua frente não pudesse esperar e tivesse urgência em ser vivida. Diogo guiava-se pelos sentidos: adormecia quando tinha sono, acordava quando já não tinha; Pedro, não: era como se adormecer fosse um pouco morrer e a ânsia de viver não consentisse esse intervalo de consciência.”
págs. 36 e 37.
09 janeiro, 2008
Palavras lidas # 36
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário