28 abril, 2007

2-1


Queria o mesmo resultado amanhã...

Coisas que não mudam #11

Esta semana passei algum tempo na casa de um casal de colegas Russos, de quem gosto muito. Numa casa sem televisão (como aliás é comum ao nível da comunidade de estudantes de doutoramento que conheço... não quer dizer que não estejam informados. Penso aliás que a tv de hoje em dia pouco faz nesse sentido, pelo que continuo a preferir a internet) o entretenimento de um serão passa pela conversa calma (e não oca) sobre de vários assuntos de interesse.

A certa altura estávamos a falar do funcionamento do regime comunista na antiga URSS. Ambos os membros deste casal já tinham consciência das coisas que os rodeavam em 1991 quando se deu o colapso das republicas unidas. Eu, embora tenha conhecimento teórico de como as economias de planeamento central funcionam, tenho alguma dificuldade em ver a aplicação prática dos nobres princípios por que se regia aquela nação. Por exemplo, não existia propriedade privada, o que significa que ninguém tinha casa própria, isto é, era tudo arrendado. Se assim era, a quem se pagava renda? Ao Estado? E se houvesse algum problema com a casa, por exemplo uma infiltração, quem se chamava? O Estado? As respostas foram muito interessantes e levaram-nos ainda por outros caminhos.
Mas o propósito deste post é outro. Esta semana lembrei-me (no meio do nada) de como eu gostava de ouvir a música do hino da União Soviética em eventos desportivos, tipo Jogos Olímpicos, durante a minha infância. E fui à procura do hino online. Quando finalmente o encontrei foi um deleite... ouvi vezes sem conta. Só depois reparei que esta versão que encontrei era cantada, quando eu sempre ouvi o instrumental. Fui depois à procura da letra do hino... abençoado google!

E foi aqui que me apercebi da história mais interessante que ouvi nos últimos tempos: a letra do hino foi escrita várias vezes. Este hino substituiu a Internacional em 1944, com letra escrita por Sergey Mikhalkov. Em 1977 o mesmo Sergey Mikhalkov reescreveu a letra do hino emendando todas as referências a Lenin. Depois do colapso da União em 1991, outro hino foi adoptado por Yeltsin, mas em 2001 Putin reinstala de novo o mesmo hino, ou melhor, a mesma música e pede novamente a Sergey Mikhalkov que reescreva a letra.

Neste momento, no hino da Rússia a única coisa que não muda é mesmo a música, porque a letra passou de referências estalinistas-leninistas a uma "união inquebrável" para uma "terra protegida por Deus". É de facto notável!
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Versão 1944

Unbreakable Union of freeborn Republics,
Great Russia has welded forever to stand.
Created in struggle by will of the people,
United and mighty, our Soviet land!

CHORUS:
Sing to the Motherland, home of the free,
Bulwark of peoples in brotherhood strong.
O Party of Lenin, the strength of the people,
To Communism's triumph lead us on!

CHORUS

Through tempests the sunrays of freedom have cheered us,
Along the new path where great Lenin did lead.
To a righteous cause he raised up the peoples,
Inspired them to labour and valourous deed.

CHORUS

In the victory of Communism's deathless ideal,
We see the future of our dear land.
And to her fluttering scarlet banner,
Selflessly true we always shall stand!

CHORUS
_____________

Versão 2001

Russia—our sacred state,
Russia—our beloved country.
A mighty will, a great glory
Are yours forever for all time!

Chorus:
Be glorious, our free Fatherland,
Ancient union of brotherly peoples,
Ancestor given wisdom of the people!
Be glorious, country! We are proud of you!

From the southern seas to the polar region
Lay our forests and our fields.
You are one in the world! You are one of a kind,
Native land protected by God!

Chorus

Wide spaces for dreams and for living
Are open to us by the coming years.
Our faith in our Fatherland gives us strength.
So it was, so it is, and so it will always be!

Chorus

27 abril, 2007

Quando a Lei cala mas não consente


É vulgar ouvirmos dizer que temos regras demais, normas demais, códigos que mais parecem armas de arremesso de tão grandes e pesados que são. Enfim, leis a mais.

E se calhar temos.

Mas, no dizer de alguns, não são ainda suficientes.

Parece-me que a Lei não tem, nem pode, prever tudo. Normalmente, fácil verificar, avança mais lentamente que a realidade, vai atrás dela. Apesar disso, situações há, que a lei não pode, nem nunca conseguirá prever. Vimo-las em 2005 e continuamos a assistir a um triste espectáculo em horário nobre e a encher manchetes dos jornais, nos Paços do Concelho da capital do país.

A Lei não pode, sob pena de coartar direitos fundamentais a qualquer pessoa, impedi-la de ingressar listas eleitorais para o exercício de quaisquer funções políticas, caso sobre ela recaiam suspeitas da prática de um qualquer crime. Como também não pode prever a suspensão obrigatória do mandato em que aquela está investida, ou mesmo a sua perda, quando tais suspeitas sejam conhecidas em momento posterior à eleição.

E não pode porque a suspeição não é uma confissão da prática do crime; porque os indícios não são factos.

E porque os Tribunais ainda são Tribunais, e porque mesmo a sua convicção escrita pode passar pelo crivo do recurso, a Justiça ainda não é, e não pode ser, feita pela televisão e pelos jornais, na televisão e nos jornais.

Situações como esta, esta e infelizmente muitas mais, não se resolvem com a alteração da lei.

A consciência não é concretizada numa norma. É, mais uma vez, o imperativo ético que tem de prevalecer a bem da democracia e da credibilidade das instituições.

26 abril, 2007

Espantos #30

"Apesar do seu medo profundo de babuínos, um dia, Legadema matou uma fêmea adulta. No entanto, ao descobrir um recém-nascido agarrado ao pêlo da progenitora, a situação deu uma estranha reviravolta. Na sua inocência, o minúsculo babuíno estendeu os braços para Lagadema, aceitando-a como a sua nova progenitora. A princípio, Legadema, mostrou-se confusa: porém, nas horas que se seguiram, tomou conta do jovem animal, limpou-o e levou-o, delicadamente, para ramos mais altos e seguros sempre que a cria chorava. Por fim aninharam-se juntos para dormir. Estaria Legadema a sentir os primeiros instintos maternais? Antes de a noite chegar ao fim, o frio ceifou a vida da cria indefesa. Legadema abandonou-a e reassumiu o papel de predadora, alimentando-se do corpo da progenitora abatida."

National Geographic - PORTUGAL - Abril 2007

25 abril, 2007

Memórias # 2


dizem-me.

Era primavera como hoje, um dia útil, como hoje (seria) e o povo não ordenava. O tempo em que a cantiga era uma arma, dizem-me, em que as portas fechadas eram muitas e os becos não tinham saída. Havia um lápis azul que riscava, riscava muito, dizem-me, e “em cada esquina um amigo”.

No tempo em que o que se calava era mais do que o que se dizia, em que não se vinha “para a rua gritar”, dizem-me. Em que as mães de mantilha choravam “ai Deus mo deu, ai Deus mo levou” e levou muitos, dizem-me, no tempo em que a guerra lá longe, mas nossa, fez madrinhas e demasiados regressos à última morada, dizem-me, e o vento nada dizia.

Mas lá se ia “cantando e rindo” com a força que se aclamava, ou sem ela, para onde se dizia ser importante ir, sem que os gritos viessem à rua. “Levados, levados sim pela voz de som tremendo” e temendo, temendo sempre, dizem-me.

Nesse dia a “manhã clara” chegou “depois do adeus”, dizem-me, e foi “mensageira da madrugada”. Vieram cinco e “mais cinco de uma assentada” com “asas de vento e coração de mar”, dizem-me, e as notícias do meu país, que o vento calava e o lápis riscava, chegaram longe e trouxeram quem tão longe estava e abriram as portas fechadas, porque a vontade era “maior que o pensamento” de criar “cidades sem muros nem ameias” dizem-me.

Hoje, 33 anos passados, não precisam já dizer-me, é feriado e “eles comem tudo”. O lápis já não é azul, não risca, mas incomoda, pressiona, aponta. Há becos onde nem os amigos param à esquina, há portas fechadas para esconder “putos” que cosem sapatos, homens que constroem para os seus senhores “vampiros”.

“Gente igual por dentro, gente igual por fora” que não singra, porque não tem cartão, e os que eram diferentes e agora são iguais porque “o que faz falta é animar a malta”.

E diz o inteligente que acabaram as canções ...

Venham mais cinco


de uma assentada que eu pago

(em quantos vai?)

Retirado do contexto # 5

"Não se resignem"

O Presidente da República Cavaco Silva, na sessão solene do 25 de Abril.

Porque quem a tem "chama-lhe sua"


Liberdade

Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa

Palavras lidas #21

The Dangerous Liaison - René Magritte, 1926

237 [444]

"Man should not be able to see his own face. Nothing is more terrible than that. Nature gave him the gift of being unable to see either his face or into his own eyes.

He could only see his own face in the waters of rivers and lakes. Even the posture he had to adopt to do so was symbolic. He had to bend down, to lower himself, in order to suffer the ignominy of seeing his own face.

The creator of the mirror prisoned the human soul."

-- The Book of Disquiet, Bernardo Soares

24 abril, 2007

Pormenores #17

janelas com tabuinhas... em Milão.
(mas não há guitarra na sala)

19 abril, 2007

No Times de hoje # 31

"Prof. Liviu Librescu faced many trials in his 76 years, growing up and living in Romania. There were the Nazis, who imprisoned his family when he was a child. Then there was the totalitarian regime of Nicolae Ceausescu, which forbade him from working when he refused to join the Communist Party.

But it was a trial in a most unlikely place that proved to be deadly. On Monday, Professor Librescu faced danger when a student armed with pistols and the determination to kill approached the room where the professor was teaching a class in solid mechanics.

Professor Librescu never moved from the door of Room 204 in Norris Hall at Virginia Tech, witnesses said, even as the gunman, Cho Seung-Hui, was shooting. Directing his students to escape through windows, Professor Librescu was fatally shot. (...)"

Full article here.

17 abril, 2007

Cultura

Depois de duas semanas e meia de voos e aeroportos apercebi-me de como as diferenças culturais se manifestam nas diferentes companhias aéreas. Não é que uns sejam melhor ou pior educados que outros... são diferentes! E as diferenças são engraçadas!
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Air Canada (com forte sotaque francês)
"Something to drink, mademoiselle?"

Air France
"Que desirez vous?"

British Airways
"Would you care for breakfast, madam?"

Alitalia (com um grande sorriso e um subtil, mas brusco, levantamento do queixo)
"È?"

15 abril, 2007

Milão em pedaços

Milão tem:

uma enoooorme catedral (il duomo), fica apenas uma janela de vitral
não... não é um museu. São as galerias Vittorio Emanuele "il I Milanese"
Programa de Abril no Alla Scala... para quem estiver interessado
calor para gelado.
cafés simpáticos, com lustres e assim...
flores, flores, flores...
o segundo gelado, meia hora depois... dificil resistir com tamanha montra e tamanha simpatia ;)
muitas muitas vespas
arte na rua.

14 abril, 2007

Numa sala perto de mim # 25


[after learning Mickey is infertile]

Hannah: Could you have ruined yourself somehow?
Mickey: How could I ruin myself?
Hannah: I don't know. Excessive masturbation?
Mickey: You gonna start knockin' my hobbies?

Hannah and her sisters

12 abril, 2007

Do lado esquerdo da vida,


Despediu-se hoje, da cadeira parlamentar, com um

"até amanhã camaradas" e

"enquanto houver estrada para andar EU vou continuar"...

Os meninos "à volta da fogueira"

11 abril, 2007

Dão-se alvíssaras


Um chupa chupa a quem percebeu a explicação de hoje, em jeito de auto-defesa, do Primeiro-Ministro!!

Vão desculpar-me, mas um diploma não posso prometer....

10 abril, 2007

Num país a fingir #12


É incrível, de facto! Pareceu-me no início especulação jornalística, confesso, o facto de se andar a discutir se o agora Primeiro-Ministro é, ou não, licenciado.

Pensei, pois pensei, que não passaria de um furo jornalístico que faria correr pouca tinta porque em breve tudo seria devidamente esclarecido. Pareceu-me uma questão menor o facto de o estudante José Sócrates não ser visto, com frequência, na Universidade durante o período em que durou a sua licenciatura. Não é caso raro, muitos estudantes universitários "faltam assiduamente" às aulas que constam dos horarios.

Normal já não é o diploma de licenciatura ser emitido ao domingo, mas também isso me parece explicável. Mas os factos e os documentos começaram a surgir e tudo parece já um encontro de demasiadas coincidências para ser credível. Ontem, o Ministro da Ciência e Ensino Superior reiterou que o agora Primeiro-Ministro terminou o seu curso de forma exemplar (esperemos que assim seja e que tudo se esclareça).

Mas hoje aparece o que parece ainda não ser o fim da história. Afinal, ainda antes de o ser (se é que o é), já era designado enquanto tal: Engenheiro.

Parece um país a fingir, não parece? Mas ainda não é tudo: hoje ainda, em nota do Gabinete do Primeiro-Ministro, pode ler-se que sim, é verdade que em 1993 o estudante José Sócrates, então Deputado da Nação, era dado como Engenheiro, sem o ser ainda MAS, e pasme-se, isso constitui um lapso ao qual o Primeiro-Ministro é completamente alheio.

09 abril, 2007

Cenários & ambientes

Estudar com um cenário destes por trás dá vontade de, uma de duas: dormir, ou poisar o livro e apreciar a paisagem :)

Por falar em cenários e em paisagem ouvi em tempos uma teoria que defendia que depois de passar algum tempo num sítio ou com uma pessoa estranha, começava a adquirir-se traços, expressões, características desse sítio ou pessoa. Só assim se explica que esta tarde por três ocasiões me tenham vindo perguntar direcções em francês... pareço francesa? Pois eu acho que não, mas ao fim de 6 dias já não digo nada. O pior é que na atrapalhação de responder nem o pouco francês que domino me sai... só o inglês!
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Ocasião 1 - frente à torre eiffel
ela: excusez moi mademoiselle. Est'ce que vous connais un petit peu de Paris?
eu: not really, sorry.
ela: merci

Ocasião 2 - frente ao Museu d'Orsay
ele: excusez moi, taratarataratarataratara?
eu (a olhar incrédula pois não tinha percebido NADA do que ele tinha perguntado... mas tinha sido uma pergunta, pelo que não era o tipo de situação da qual se sai apenas com um sorriso e nenhuma palavra): I'm sorry, I don't understand french.
ele: ok, merci.

Ocasião 3 - frente à ponte Saint-Michel (a ver a Notre-Dame)
ele (virado para o lado oposto de onde queria ir): excusez moi madame, je voudrais trouver la font de Sorbonne.
eu (pensando "raios me partam se eu não sou capaz de ajudar este senhor... é que foi lá que almocei hoje!!"): do you speak english?
ele (confuso): yes, un petit peu...
eu: it's just that I understand french, but don't speak enough to give you directions.
ele: pas de problemme.
eu: the Sorbonne is the other way. You go up boulevard Saint-Michel, this large street over here.
ele: straight?
eu: yes straight, then you make a left on rue des écoles and you will find the Sorbonne square on your right... I believe there's a fountain there and maybe that's what you are looking for.
ele: merci bien!
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one out of three ain't that bad...

Parece que estou a ouvir # 19


Valse à mille temps

Au premier temps de la valse
Toute seule tu souris déjà
Au premier temps de la valse
Je suis seul mais je t'aperçois
Et Paris qui bat la mesure
Paris qui mesure notre émoi
Et Paris qui bat la mesure
Me murmure murmure tout bas

{refrain:}
Une valse à trois temps
Qui s'offre encore le temps
Qui s'offre encore le temps
De s'offrir des détours
Du côté de l'amour
Comme c'est charmant
Une valse à quatre temps
C'est beaucoup moins dansant
C'est beaucoup moins dansant
Mais tout aussi charmant
Qu'une valse à trois temps
Une valse à quatre temps
Une valse à vingt ans
C'est beaucoup plus troublant
C'est beaucoup plus troublant
Mais beaucoup plus charmant
Qu'une valse à trois temps
Une valse à vingt ans
Une valse à cent temps
Une valse à cent ans
Une valse ça s'entend
A chaque carrefour
Dans Paris que l'amour
Rafraîchit au printemps
Une valse à mille temps
Une valse à mille temps
Une valse a mis le temps
De patienter vingt ans
Pour que tu aies vingt ans
Et pour que j'aie vingt ans
Une valse à mille temps
Une valse à mille temps
Une valse à mille temps
Offre seule aux amants
Trois cent trente-trois fois le temps
De bâtir un roman

Au deuxième temps de la valse
On est deux tu es dans mes bras
Au deuxième temps de la valse
Nous comptons tous les deux une deux trois
Et Paris qui bat la mesure
Paris qui mesure notre émoi
Et Paris qui bat la mesure
Nous fredonne fredonne déjà

{refrain}

Au troisième temps de la valse
Nous valsons enfin tous les trois
Au troisième temps de la valse
Il y a toi y a l'amour et y a moi
Et Paris qui bat la mesure
Paris qui mesure notre émoi
Et Paris qui bat la mesure
Laisse enfin éclater sa joie.

(Paroles et Musique: Jacques Brel 1959)

08 abril, 2007

Respirar Arte...

Winged Victory of Samothrace -- Louvre

Musée d'Orsay

Musée d'Orsay

O pensador -- Musée Rodin

Catedral -- Musée Rodin

The Kiss -- Musée Rodin

A mão de Deus -- Musée Rodin

Jardins do Museu Rodin

06 abril, 2007

Não procures mais o teu caderno de geografia


Não procures mais o teu caderno de geografia.
Eu tirei-o da tua mochila.
Não quiseste ir à matiné comigo,
no domingo passado.
Os meus amigos contaram-me
que estavas acompanhada pelo Bermudez,
o grandalhão que pratica luta livre.
Contaram-me que estavas muito linda, e que te rias a cada segundo.
Não procures mais o teu caderno de geografia
Agora que está a chover,
aproxima-te da janela,
e verás passar oitenta barquitos de papel
Não procures mais o teu caderno de geografia.

04 abril, 2007

Pormenores #16

Big Ben (ou "bing bing") marcando o tempo certo... com a camera por perto!

02 abril, 2007

Caprichos #13

Tea & scones @ 5 @ Harrods.