Foi hoje o primeiro discurso de Cavaco Silva, enquanto Presidente da República, nas comemorações do 10 de Junho, este ano na Alfândega do Porto.
Hoje não vi aquele que há meses foi considerado o candidato presidencial cuja visão economicista lhe turvava o raciocínio perante a realidade social.
Se alguma ideia podemos retirar do discurso é o que apelidou de "Pedagogia Republicana dos deveres cívicos".
E simplificou: a Educação é dever da escola, é certo, mas é, antes de tudo, um dever da família. Esta cumpre-o?
O serviço nacional de saúde, ninguém nega o substrato público que lhe está inerente. Mas e os nossos deveres perante a saúde? O tabagismo, o alcoolismo e a obesidade? Cumprimo-los?
A sinistralidade nas estradas: ninguém a nega, e os elevados números demonstram envergonhando o país. Rapidamente exigimos melhores estradas. Mas os deveres cívicos e as limitações do código da estrada, cumprimo-los?
O Presidente foi perguntando o que os portugueses podem fazer pelo país antes de esperar e, muitas vezes, exigir determinadas condutas públicas. “Todos somos responsáveis pelo nosso futuro colectivo” acrescentando“O Estado somos nós”.
E pergunta, em jeito de Jorge de Sena "Que Portugal se espera em Portugal?” e responde “Portugal será o que fizermos dele"
10 junho, 2006
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