22 anos depois os Resistência vão justar-se outra vez em concerto a 17 de Dezembro no Teatro Tivoli. Numa entrevista um dos elementos disse que o fabuloso era todos os membros do grupo estarem ainda dedicados à música. Lembrei-me dos Heróis do Mar que nos anos 80 fizeram furor, numa altura em que a escolha do primeiro verso do hino nacional para nome da banda não era lá muito bem vista.
No dia em que o Cante Alentejano é declarado Património Imaterial da Humanidade, fica aqui o Fado dos Heróis do Mar (e depois dos Resistência), que não é fado.
No dia em que o Cante Alentejano é declarado Património Imaterial da Humanidade, fica aqui o Fado dos Heróis do Mar (e depois dos Resistência), que não é fado.
___________________
Heróis do Mar & Resistência
À volta do adro duas ou três casas
Dois bancos vermelhos, ao meio uma cruz
Ali num café ao lado da igreja
Dois homens parados e uma linda luz
Com a voz que me resta eu não vou poder cantar
Às coisas do mundo, não sei descrever, estou longe
São portas fechadas, segredos por revelar
São coisas do mundo, só se podem ver ao longe
Sim estou convencido que isto é mesmo assim
Que nunca se conta bem o que se vê
E levo comigo já sem aprender
O que os olhos vêem e eu já não sei
Com a voz que me resta eu não vou poder cantar
Às coisas do mundo, não sei descrever, estou longe
São portas fechadas, segredos por revelar
São coisas do mundo, só se podem ver ao longe
Ao longe...
Sem comentários:
Enviar um comentário