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Peixe tão definido
na praia,
não relâmpago de prata:
folha de navalha
tirada da pança do mar,
do recesso que alimentava,
lâmina boquiaberta,
água tresmalhada.
Peixe sem solução,
máquina a parar,
circular e vítrea aflição
a olhar.
Alexandre O'Neill (1924-1986)
Poesias Completas
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