31 março, 2018

Caprichos #477

From a colorful chocolate store in Brighton
comes an Easter egg
that is almost (!) solid inside
delicious!

30 março, 2018

Coisas que não mudam #442

Sexta-feira Santa
Holy Friday, for some reason also known as Good Friday

29 março, 2018

Palavras lidas #373

Bread and Butter
by Gayle Brandeis

for Michael

I often wonder how people figured
things out—simple things like bread
and butter. How did the first person know
to grind and knead and bake,
to milk and skim and churn?
How did someone realize they could soak
olives in lye or let grape juice ferment
inside casks of oak? How, when
we first leaned toward each other,
did our tongues know to touch
before our brains knew
we were going to kiss at all?

28 março, 2018

Primavera #85

In Brighton or Coventry, the daffodils are all around!
Though it's still pretty cold for Spring...
high for today in Coventry is only 6C!

27 março, 2018

Caprichos #476

Spectacular sunset @Brighton beach

26 março, 2018

Coisas que não mudam #441

Em Brigthton, como em qualquer cidade à beira mar,
não é difícil encontrar ventarolas ou artesanato local. O pato!
Não vi patos em Brighton, mas sim gaivotas q.b.

Coisas que não mudam #440

Praia em Brighton

25 março, 2018

Pedaços de Brighton

No sudeste da Inglaterra (directamente a sul de Londres), Brighton é historicamente conhecida como cidade de veraneio à beira mar onde o clima é mais ameno que no resto do país. A chegada das companhias aéreas low cost tornaram acessíveis mais e melhores praias, mas Brighton ainda assim a cidade sobreviveu como simpático destino alternativo de fim de semana, devido à curta distância de Londres. Brighton é cidade para pouco menos de 300,000 habitantes, mas tem:
Brighton Pier, uma espécie de cais ou pontão que se estende sobre o mar (como em Porto Santo) e que faz andar para trás no tempo. Não só contem um parque de diversões com montanha russa e carrinhos de choque, como também barraquinhas de entretenimento do tipo anos 50 onde, por exemplo, se atira uma boa de trapos a uma pirâmide de latas a certa distância para ganhar um prémio. Ao longo do pontão há cadeiras de lona à disposição para quem se quiser sentar e ver a cidade à beira mar.
Em 2016, abriu um miradouro, também à beira mar que permite ver Brighton das alturas. À vista desarmada parece apenas uma alta coluna que ora tem um anel à volta ora não. Ora esse anel é a estrutura que leva as pessoas ao topo da coluna de onde a vista é abrangente!
e até os terraços dos prédios transmitem mensagens.
A leste do pier, a avenida à beira mar tem um nome familiar :-)
Mas o mais impressionante prédio de Brighton é
Construído inicialmente como retiro de veraneio para o príncipe de Gales, Jorge, que seria rei em 1820 mas que desde 1811 foi regente. A construção começou em 1787 e prolongou-se até 1823, combinando vários estilos arquitectónicos de cariz oriental, dominando o Indiano. Quando a rainha Victoria subiu ao trono em 1837 (depois da morte de Jorge IV e do seu irmão e sucessor Guilherme IV), não gostou do prédio e acabou por vendê-lo à cidade de Brighton. Durante a Primeira Guerra Mundial o edifício foi transformado em hospital militar (qual Downton Abbey!) albergando, entre outros, soldados indianos que combateram pela Grã Bretanha. Desde então o edifício é a principal atracção turística de Brighton e hoje e um museu.
Em termos arquitectónicos, o período da regência (1811-1820) é conhecido por um estilo bem mais conservador, com prédios de cores claras e linhas direitas, tão comuns em Brighton, como em Leamington Spa.
Como é tradição na alta igreja anglicana, durante a semana santa tapam-se as imagens dos santos nas igrejas com panos roxos. Na foto a Igreja de São Bartolomeu, edifício de nave única que impressiona pela sua altura.

24 março, 2018

Caprichos #475

Sondra Radvanovsky at the Liceu in Barcelona, singing Maddalena in Giordano's opera Andrea Chénier. Her voice fills the entire room and gives you the goose bumps even on the fifth floor!
Brava!

22 março, 2018

Caprichos #474

Elaborados doces japoneses / Elaborate Japanese sweets
Massa de feijão enrolada em diospiro!
Persimon wrapped bean paste!

21 março, 2018

Palavras lidas #372

Em dia da poesia...
__________

O Guardador de Rebanhos
Alberto Caeiro

Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estacões
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr do Sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.

Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.

Com um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.

Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.

Não tenho ambições nem desejos.
Ser poeta não é uma ambição minha.
É a minha maneira de estar sozinho.

E se desejo às vezes,
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita coisa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr do Sol
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.

Quando me sento a escrever versos
Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outeiro,
Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas ideias,
Ou olhando para as minhas ideias e vendo o meu rebanho,
E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz
E quer fingir que compreende.

Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro. 
Saúdo-os e desejo-lhes sol
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predilecta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer coisa natural —
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar, 
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.

20 março, 2018

Primavera #84

First day of Spring is here... or so they say!
Chegou a Primavera... dizem!

19 março, 2018

Espantos #539

Ando há vários dias a observar as horas do nascer e do pôr-do-sol em Lisboa, Barcelona, e Coventry. Desde o solstício de inverno que os dias começaram a ser mais longos e Lisboa tem, até agora, tido a maior duração, seguida de Barcelona e depois Coventry... há quatro dias ainda era assim, mas o número de minutos que cada localização acrescenta a cada dia que passa é inversamente proporcional a essa ordem de grandeza, por isso é uma questão de tempo até que a duração dos dias nestas três localidades se inverta. Hoje, dia 19 de Março o dia tem sensivelmente a mesma duração nos três sítios, a saber:

Lisboa 12h05m28s
Barcelona 12h05m26s
Coventry 12h05m57s

No solstício de verão, inverte-se a tendência!

18 março, 2018

17 março, 2018

Caprichos #473

Serviço Castelo Branco

16 março, 2018

Conselhos úteis #13

Because it doesn't hurt to alert
Porque não custa alertar

15 março, 2018

Ditto #381

I think writing about unhappiness is probably the source of my popularity, if I have any — after all, most people are unhappy, don't you think? Deprivation is for me what daffodils were for Wordsworth.

--Philip Larkin

14 março, 2018

Palavras lidas #371

Passando in macchina guardò lungamente dal finestrino la cupola della basilica della Estrela. Era bella, la basilica, con quel cupolone barroco e il frontale ornato. Era lì davanti, nel giardino, che molti anni prima dava appuntamento a Ophélia Queiroz, il suo unico grande amore. Sulla panchina del giardino della Estrela si scambiavano timidi baci e solenni promesse di amarsi per sempre.

Ma la mia vita è stata più forte di me e del mio amore, bisbigliò Pessoa, scusami Ophélia, ma io dovevo scrivere, dovevo solo scrivere, non potevo fare altro, ora è finita. 

Tabucchi, Antonio. Gli ultimi tre giorni di Fernando Pessoa. Palermo: Sellerio editore, 1994, p. 13.

13 março, 2018

Numa sala perto de mim #366

Lady Bird (2017) focuses on a rebel teenager the year before she goes to college who "sees the light" only after she leaves the family home. Having never been a revolted teenager I identify very little with the movie. The search of one's potential self however, with its insecurities and fears, is very vivid regardless of rebelliousness. In a sense it is never completely over.

12 março, 2018

Coisas que não mudam #438

{texto em Português abaixo}

Barring a health scare six years ago, that was resolved rapidly and without sequels, I'd say I'm a pretty healthy person. I have no chronic or recurring conditions, and I am usually pretty resistant to pain. This may all be changing since it's the second time I lose my voice this winter. It's possible that the type of cold/flu virus going around this year may be more resistant, but age, or the change of climate* since September can also be plausible explanations... fact is that today my health (or the lack of it) interfered directly with my job and prevented me from doing it. I had to rely on three other people to make things happen as usual. If I am bothering these many people I better be truly incapacitated, so it's kind of annoying that nothing really hurts: I have no pain or fever, I am able to walk in and out of class, take notes on student presentations to evaluate them as in previous weeks, but the moment I need to conduct class discussion I cannot make myself heard and if I strain my voice, it gets worse.

Once again, it's in times like these that kindness all around manifests itself, either because you need a favor (teaching a class is a big one, but also essential is borrowing an umbrella for a few days because on Saturday you left yours at a restaurant that only reopens on Wednesday), or simply because people realize the state you're in and offer their knowledge or whatever they have that can possibly make you feel better (two friends have offices well stocked of pharmaceutical supplies, or another friend that lives near a bigger pharmacy offered to bring anything I needed). The contrast with the NHS is notorious: as I tried to get a walk-in appointment at the University's health center, and mentioned I had no booked appointment, their answer was "we're terribly sorry but no one can see you today." I do think they were actually terribly sorry about it, as the deplorable sound of my voice made it clear to them that I should not be teaching 4 classes today. Others at work told me the walk-in clinic I am assigned to by the NHS (which, unlike the University health center, is not in my area of residence) would make me wait forever... so thank you very much, but no thanks. Might as well consult with abroad for the appropriate medication given the symptoms and buy it over the counter. And the advice came, generous as always!

On a lighter note, there were quite a few amusing situations throughout the day. In the one class I conducted on my own, I started by apologizing for the low tone of voice telling the students they had two choices: they could either seat closer and hear me better, or they could decide to stay farther away to avoid contagion, if there is any danger of it. In the other three classes students were surprised to see me enter the classroom in company of another tutor, but their faces soon turned to an expression of worry and understanding as I briefly explained why I could not teach today. In the few and brief conversations I held today around the department, it was fun to see everyone whispering back at me (regardless of gender or age), as if they too had a momentary throat problem. The only person who did not whisper back to me has a normal tone of voice which is already very soft (possibly one of the lowest tones of voice I have ever heard) so it was funny to see that he was the one who had the upper tone today... when I spoke to him from some 5 meters distance he would say "I have no idea what you just said," (welcome to my world!!) so I walked two steps closer and repeated the whisper. Finally, telling all of this to my sister at the end of the day, she said "the world would be a better place if all your conversations happened at whispering level" :-)
___________
*There are so many brits following the historical tradition of living in Portugal in search of a better climate, and I am the one doing the reverse!
À excepção de um susto há seis anos atrás (resolvido rapidamente e sem sequelas), eu diria que sou uma pessoa saudável. Não tenho doenças crónicas ou recorrentes, e tenho alguma resistência à dor. É natural que tudo isto se esteja a alterar dado que é a segunda vez que perco a voz este inverno. É possível que a estirpe de virus/constipação este ano seja mais resistente, mas eu acho que a idade ou a mudança de clima* desde Setembro, também podem ser explicações plausíveis para o que está a acontecer... o facto é que o meu estado de saúde hoje interferiu directamente com o meu trabalho e não me permitiu fazê-lo. Tive de chatear três pessoas para poder levar a cabo as aulas normais de qualquer outra segunda feira. Se é preciso importunar tanta gente é bom que esteja verdadeiramente incapacitada, por isso não deixa de ser irritante que nada me doa: não tenho dores, nem febre, sou capaz de entrar e sair da aula sem problemas, escrever notas para avaliar a apresentação dos alunos tal como nas outras semanas, mas no momento que é preciso liderar a discussão da aula não me consigo fazer ouvir e se esforço a voz é pior.

Uma vez mais é em alturas como esta, que a amabilidade das pessoas à nossa volta se manifesta, ou porque se precisa de um favor (dar uma aula é um grande favor, mas não menos importante é emprestar um guarda chuva dado que o meu, no sábado, ficou esquecido num restaurante que só reabre quarta-feira), ou simplesmente porque as pessoas se apercebem do meu pobre estado e oferecem o que podem para me fazer sentir melhor (duas amigas teem uma farmácia ambulante no gabinete que puseram à minha disposição, outra vive perto de uma grande farmácia e ofereceu-se para trazer o que eu quisesse). O contraste com o Serviço Nacional de Saúde é notório: tentei ser vista por um médico no centro de saúde da universidade mencionando que não tinha consulta marcada mas que dava hoje 4 aulas e tinha a voz naquele estado e a resposta foi "sinto mesmo muito, mas ninguém a pode ver hoje." Eu até acredito que muito sintam, quem quer que oiça o deplorável estado da minha voz e saiba que tenho de dar aulas assim não pode sentir-se de outra forma. Outros colegas disseram que se eu for à clinica da minha área de residência (que, ao contrário do centro de saúde da universidade, não é perto de onde vivo) esperarei eternamente por uma consulta... obrigado, mas não obrigado. Optei por obter uma consulta à distância acerca da medicação apropriada para os meus sintomas e depois comprar a medicação adequada que e de venda livre. A resposta não se fez esperar e foi generosa, como sempre!

Ao longo do dia, houve várias situações divertidas. Na única classe que dirigi sozinha, comecei por pedir desculpa por não poder falar mais alto dizendo aos alunos que tinham duas hipóteses: sentar-se mais perto para me ouvir melhor, ou mais longe para evitar o contágio, se perigo houver de tal. Nas outras aulas, foi interessante ver a expressão de surpresa dos alunos quando me viram entrar em aula acompanhada por outro tutor; mas essa expressão transformou-se rapidamente em compreensão e preocupação assim que eu abri a boca para dizer que não podia dar aula hoje. Nas poucas e breves conversas que tive com colegas do departamento foi divertido ver que toda a gente (independentemente de sexo ou idade) me respondia num sussurro como se também eles/elas tivessem um problema momentâneo na garganta. A única pessoa que não o fez foi um colega, cujo tom de voz normal já é muito baixo (possivelmente eu nunca conheci ninguém que fale tão baixo), por isso foi divertido ver que hoje era ele que falava alto por comparação... quando eu lhe fiz uma pergunta a uns cinco metros de distância ele disse apenas "não faço nem ideia do que acabaste de dizer," (é para que saibas o que eu passo todos os dias, pensei eu!!) o que me fez aproximar dois passos e repetir o sussurro. Finalmente, ao contar tudo isto à minha irmã no final do dia, o que lhe aprouve dizer foi "o mundo seria bem melhor se todas as tuas conversas fossem sussurradas" :-)
___________
*Há tantos ingleses que seguem a histórica tradição de viver em Portugal à procura de melhor clima, logo tinha eu de fazer o percurso contrário!

11 março, 2018

Palavras lidas #370

MY FATHER

by Susan Florence*

I think I am letting him go.
It is not that my love is diminished
or that I miss him less.

It is only that the sun is up
and there is no milk
in the refrigerator
and the bunny got out
of the cage
and is eating my red geraniums.

I think I am letting him go.
But sometimes at night
before I go to sleep
I feel the tears
fill up my eyes
and run down my cheeks.

I do not think I will ever
let him go.
But he is gone.
__________

*More on grief, by Susan Florencehere

10 março, 2018

Parece que estou a ouvir #255

Happy birthday... in a traditionally Mexican way!
tradicional Mejicano

Estas son las mañanitas que cantaba el rey David.
Hoy como es día de tu santo, te las cantamos a ti.
Despierta mi bien, despierta, mira que ya amaneció
ya los pajaritos cantan la luna ya se metió.

Qué linda está la mañana en que vengo a saludarte
venimos todos con gusto y placer a felicitarte.

El día en que tu naciste nacieron todas las flores
y en la pila del bautismo cantaron los ruiseñores.

Ya viene amaneciendo, ya la luz del día nos dio.
Levántate de mañana, mira que ya amaneció.

Estas son las mañanitas que cantaba el rey David.
Hoy como es día de tu santo, te las cantamos a ti.
Despierta mi bien, despierta, mira que ya amaneció
ya los pajaritos cantan la luna ya se metió.

09 março, 2018

Parece que estou a ouvir #254

Lembrando ainda a bonita iniciativa de ontem da Comercial...
há lá melhor forma de cantar o Sol de Inverno que num sussurro!
Sol de Inverno
por Tiago Bettencourt (original de Simone de Oliveira)

Sabe deus que eu quis
Contigo ser feliz
Viver ao sol do teu olhar,
Mais terno.
Morto o teu desejo
Vivo o meu desejo
Primavera em flor
Ao sol de inverno.

Sonhos que sonhei,
Onde estão?
Horas que vivi,
Quem as tem?
De que serve ter coração
E não ter o amor de ninguém?
Beijos que te dei,
Onde estão?
A quem foste dar
O que é meu?
Vale mais não ter coração
Do que ter e não ter, como eu.

Eu em troca de nada
Dei tudo na vida
Bandeira vencida
Rasgada no chão,
Sou a data esquecida
A coisa perdida
Que vai a leilão.

Sonhos que sonhei,
Onde estão?
Horas que vivi,
Quem as tem?
De que serve ter coração
E não ter o amor de ninguém?
Vivo de saudades, amor,
A vida perdeu fulgor,
Como o sol de inverno
Não tenho calor.

08 março, 2018

Parece que estou a ouvir #253

David Fonseca never disappoints
My Baby Just Cares For Me
by David Fonseca (original from Nina Simone)

My baby don't care for shows
My baby don't care for clothes
My baby just cares for me
My baby don't care for cars and races
My baby don't care for high-tone places

Liz Taylor is not his style
And even Lana Turner's smile
Is somethin' he can't see
My baby don't care who knows
My baby just cares for me

Baby, my baby don't care for shows
And he don't even care for clothes
He cares for me
My baby don't care 
For cars and races
My baby don't care for
He don't care for high-tone places

Liz Taylor is not his style
And even Liberace's smile
Is something he can't see
Something he can't see
I wonder what's wrong with baby
My baby just cares for
My baby just cares for
My baby just cares for me