09 agosto, 2017

Sem título #92

Há um ano as esperanças (ainda) eram muitas. Convenci-me que ias melhorar e acordar de um longo sono.

Frágil, mas ias conseguir.

Acordarias com toda a tua cabeça, teimosia, retidão e feitio :) mas não foi assim.

Não foi, e percebi que não podíamos ser egoístas ao ponto de querer ter-te a qualquer custo, mesmo que soubéssemos que essa não era (de certeza) a tua vontade. 

Percebi isso e percebi também que a vida nos prega partidas para nos ensinar algumas coisas que já devíamos (pelo menos com a minha idade) ter aprendido: que não somos eternos, que tudo tem um fim, que não devemos deixar para amanhã as desculpas que temos de pedir. Percebi que um dia é um bem precioso que temos e devemos valorizar, fazendo as coisas que mais gostamos (enquanto podemos) sem, com isso, prejudicar ninguém.

Perdi-te fisicamente (e isso ainda estou a aprender) mas o teu "feitiozinho" continua por cá e, apesar dos pesares, tens tornado menos pesada esta ausência, com tudo o que me deixaste e que me lembra  a todo o momento de Ti.

1 comentário:

Atlantico Ocidental disse...

O mesmo feitio e a mesma disponibilidade do verbo IR :-)