A parte sul do jardim botânico terminava num enorme terraço suspenso sobre a cidade, com uma vista panorâmica completa, o vale ocupado pelos bairros pobres numa rede apertada de ruas e travessas, e as casas, brancas, amarelas, azuis. Lá do alto enxergava-se todo o horizonte, e ao fundo, à direita, para lá das gruas do porto, abria-se o mar. O terraço era delimitado por um murete que lhe chegava à altura do peito e onde um painel de azulejos representava a cidade. Procurou decifrar-lhe a topografia a partir daquele desenho de risco ingénuo: o arco de triunfo da cidade baixa onde arrancavam as três artérias principais, com a arquitectura iluminista da reconstrução subsequente ao terramoto; o centro, com duas grandes praças encostadas uma à outra, à esquerda a rotunda com um pesado monumento de bronze, e depois, para norte, a zona nova com uma arquitectura tipo anos cinquenta e sessenta.
pp. 98-9
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Hei de ir ao Jardim Botânico!
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