O Times traz hoje um artigo sobre uma peculiar tradição de Madagascar que dá pelo nome de Famadihana. Cada cinco ou sete anos há uma festa familliar com muitos convidados (como num casamento) em que o objectivo é recordar e celebrar os familiares já falecidos.
Aquilo que em muitos países se resume a uma visita ao cemitério para depositar um ramo de flores junto daqueles que já não vivem, toma em Madagascar outras proporções. Contratam-se bandas de música, convidam-se familiares e amigos a quem se oferecem refeições, compram-se roupas novas, desenterram-se os mortos, dança-se com eles, fala-se deles às gerações mais novas, e voltam-se a colocar os corpos nos túmulos depois de limpos.
São tradições longínquas que podem fazer arquear as nossas sobrancelhas, mas revelam diferentes maneiras de lidar com os mortos e com a sua memória. As nossas próprias tradições só são as certas para nós por serem nossas, por termos crescido com elas e por a elas nos termos habituado. As de Madagáscar definitivamente criam ligações mais fortes entre as várias gerações. Tudo em ambiente de festa.
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