13 janeiro, 2006

Perturbador

Mehmet Ali Agca, o homem que tentou matar João Paulo II a 13 de Maio de 1981 foi libertado depois de 25 anos de prisão. Na altura, tinha no bolso uma carta que dizia:

"Eu, Agca, matei o Papa para que todo o mundo saiba dos milhares de vítimas do imperialismo."

Nesse dia, como sabemos, João Paulo não morreu e veio a recuperar totalmente. Ficou na altura a ideia (nunca provada) de que a ex-USSR estaria envolvida no sucedido, uma vez que o papa Polaco estava a ter influência no desenrolar dos protestos da Polónia, encabeçados por Lech Walesa, que mais tarde levariam à queda do comunismo naquele país. Mais tarde o papa encontrou-se com Agca na prisão e perdoou-o, mas o que falaram ao certo não se sabe.

Dois dias depois da morte de João Paulo em Abril de 2005, Agca escreve uma carta pedindo para lhe ser permitido assistir ao funeral. Na carta escreveu:

"Concluiu-se o plano divino"

implicando que a tentativa de assassinato seria parte da vontade de Deus. Duas hipóteses:

1. Poderia e
star a ironicamente referir-se ao "terceiro segredo" de Fátima que para ser cumprido precisava de um acto maligno;
2. Fátima é apenas a palavra Portuguesa para Fatma, nome de uma das filhas do profeta Maomé (também o nome da mãe de Mehmet Ali) que ficou o nome daquela localidade como herança da presença Muçulmana na região. Para fundamentalistas Islâmicos pode o aparecimento da Virgem na localidade a 13 de Maio de 1917 ser encarado como provocação que teria de sofrer o supremo castigo - a morte do papa.

Impõe-se a questão: será Agca um louco santo ou um homem são fingindo-se louco?


João Paulo poderá ter sabido a verdade sobre Agca e as suas intenções (ou ligações) na conversa que nunca niguém ouviu, mas o mundo poderá nunca vir a saber apesar de Agca ser já um homem livre.

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