31 julho, 2017

Foi neste dia #314 (1964)

Há 53 anos a sonda espacial Ranger 7 enviou à NASA as primeiras fotos detalhadas da superfície lunar, pouco antes do impacto; eram 1,000 vezes mais precisas que quaisquer outras imagens até então tiradas a partir de poderosos telescópios a partir da terra.
53 years ago the space probe Ranger 7 sent NASA the first close-up pictures of the moon surface shortly before impact; they were 1,000 clearer than any other images taken up until then from powerful telescopes on earth.

Pormenores #142

Em época de caracóis vêem-se à venda pelos mercados
e faz pena ver os que tentam fugir à sua sorte
mas tem graça ver os anúncios nos restaurantes.

30 julho, 2017

Sem título #91

Algumas fotos do incêndio que lavrou a semana passada em Vila Velha de Ródão onde arderam até os quintais das casas, mas felizmente as casas não. A paisagem é desoladora.
Ainda cheira a fumo e ainda há reacendimentos
uma vez que as raízes das árvores continuam a arder mesmo debaixo do chão, assim como sobreiros e outras árvores de maior porte, com tronco largo e aberto que por dentro ainda está em brasa.

29 julho, 2017

Palavras lidas #344

Room Service English Muffins
by Kim Dower


If you’ve ever had one you know what I’m saying:
soggy with steam, too much butter soaking into the crevices.
At first you’re mad-you told them butter on the side-
but then you’re grateful to have it. Day after day
you eat it dry, now away, alone on business
in your overheated hotel room,
you’re grateful for the butter, indebted to strangers
wearing hair nets in a distant kitchen for slathering your muffins,
tucking them into a cloth napkin, placed in a mesh basket,
variety of colorful jams for you to choose.
It’s enough joy just to take that first bite, if you’re lucky
it’s still warm even after the long elevator ride.
If you’re lucky there’s a yellow single stem rose in a bud vase,
shiny silverware poking out of the starched white napkin.
Why give me a fork, you think? You ordered coffee and a muffin,
why complicate it with a fork? And then you spot the tiny
salt & pepper shakers in the shadow of the napkin, and you wonder,
does anyone, no matter how troubled, put salt & pepper
on their English Muffins? Maybe.
Maybe when they’re far from home.

27 julho, 2017

Coisas que não mudam #416

O pudim da mãe, é sempre o pudim da mãe :-)

Caprichos #451

Caprichos de uma tarde quente de verão
Whims of a hot summer afternoon

26 julho, 2017

Num país a fingir #59

Diz o PM em directo ao país: 

Assustador. Qualquer incêndio deveria ser SEMPRE e fortemente atacado desde início para não chegar a esta dimensão. Incêndios que lavram incontrolavelmente há quatro dias (e poderão ser bem mais) no país, ou denotam falta de meios, ou falta de organização... a terceira opção é faltarem as duas coisas.

Quando estamos satisfeitos com um sistema que resolve os incêndios em 81% dos casos, então estamos também satisfeitos com um sistema em que um em cada cinco incêndios é uma tragédia, tolerando assim qualquer área ardida e qualquer número de vítimas. Neste momento, diz o site da protecção civil que há 122 ocorrências em curso... ou seja, tolera-se muita coisa.

Já sabemos do desordenamento territorial e em particular da floresta, mas aparentemente esse assunto não é suficientemente importante nem sequer para a geringonça que não se entende acerca das reformas a ser tomadas para alterar a situação.

Ficam imagens de outros locais na Europa densamente florestados, de difícil acesso, sujeitos a altas temperaturas e baixa humidade, que não ardem todos os anos.

25 julho, 2017

Memórias #51

Hoje, na Feira de Artesanato do Estoril olhei para cima
e os densos pinheiros trouxeram memórias de infância quando caminhava pelo pinhal com o meu primo e a minha irmã à procura de pinhas, cogumelos, de passarinhos que tivessem caído nas costelas, ou só para ver a resina acumulada nos vasos de barro já colados às árvores.
Hoje arderam as Portas de Ródão e com elas a Serra das Talhadas. Perdeu-se a densa paisagem de pinhal... e por muitos anos :-(
Ao início da noite o fogo passou para a outra margem do Tejo

Parece que estou a ouvir #229

(o que eu me ri hoje com) O pato
João Gilberto

O pato vinha cantando alegremente, 
qüém, qüém
Quando um marreco sorridente pediu
P'ra entrar também no samba, no samba, no samba

O ganso gostou da dupla e fez também, 
qüém, qüém
Olhou p'ro cisne e disse assim "vem, vem"
Que o quarteto ficará bem, muito bom, muito bem

Na beira da lagoa foram ensaiar
Para começar o tico-tico no fubá

A voz do pato era mesmo um desacato
Jogo de cena com o ganso era mato
Mas eu gostei do final quando caíram n'água
Ensaiando o vocal:

qüém, qüém, qüém, qüém
qüém, qüém, qüém, qüém

Ditto #363

23 julho, 2017

Pedaços de Estrasburgo #1

Para além da belíssima e imponente catedral, Estrasburgo, a capital da Alsácia, tem
um centro histórico muito bem conservado
que denota a história atribulada da região onde a fronteira mudou
repetidamente incluindo a Alsácia ora na França ora na Alemanha;
hoje francesa, Estrasburgo transborda de influencia germânica,
tanto na arquitectura como na comida tradicional
onde o sauerkrout vira chucrute;
Estrasburgo é ainda cidade de canais e pontes
com flores e eclusas,
uma catedral que se vê de qualquer lado
e telhados com vários níveis de janelas!
Mas Estrasburgo tem também uma parte moderna
e é a casa do Parlamento e Conselho Europeus.

Coisas que não mudam #415

Recentemente numa visita ao Horto do Campo Grande
vi plantas carnívoras,
plantas de fruto em vaso,
e as mais variadas flores da estação!

22 julho, 2017

Caprichos #450

Muito perto da catedral de Estrasburgo há uma casa de chá que parece saída do mundo fantástico da Alice no país das maravilhas. Diferente da casa de chá de Edimburgo, mas igualmente merecedora da visita!
Para além do cha e do ambiente, a especialidade da casa são as deliciosas (e vistosas!) madeleines du voyage.

Ficava tão bem á em casa #47

Office in a small city, 1953, Edward Hopper

All I ever wanted to do was to paint sunlight on the side of a house.

--Edward Hopper, born on this day in 1882 in Nyack, NY

21 julho, 2017

Pedaços de Estrasburgo

Estrasburgo tem muitas coisas e a seu tempo aqui as mostrarei, mas o que mais me impressionou foi a monumental catedral. Edifício construído entre 1015 e 1439 é um dos expoentes máximos do gótico europeu. 
A torre de 142 metros, vê-se de toda a cidade e também de fora dela.
Todo o edifício é muito trabalhado como se vê no portal principal
fica-se facilmente a observar os pormenores
como conhecidas cenas da vida de Cristo,
ou a Notre Dame que dá o nome à catedral.
Também os portais laterais impressionam pela altura
e detalhe.
No interior, grossas colunas sustentam o peso 
do tecto da nave principal e das naves laterais
Os belos vitrais da catedral sobreviveram
à segunda guerra mundial porque o bispo de Estrasburgo ordenou que se retirassem um a um antes que os nazis chegassem à cidade. As caixas foram levadas para a Alemanha e guardadas numa mina de sal perto de Heilbronn. A catedral foi atingida nos bombardeamentos aéreos dos aliados sobre Estrasburgo em Agosto de 1944, ficando as reparações concluídas apenas nos anos 90. Depois da guerra as caixas dos vitrais foram devolvidas à catedral e os vidros colocados no seu devido local.
No domingo anterior ao 14 de Julho celebrou-se na catedral
uma missa pela França.
À noite a catedral é ainda mais impressionante!