Os Maias (2014) na boa tradição do cinema português é um filme fraco. Primeiro, salta à vista a pobreza dos cenários, para a qual certamente haverá a desculpa da falta de comparticipação da Secretaria de Estado da Cultura; quanto a mim, não é isto que deita o filme por terra... tivesse o mesmo filme, a assinatura de Manoel de Oliveira e os cenários desenhados seriam considerados arte. Depois, a evidente fraqueza de algumas das interpretações principais, por azar, logo as de Carlos e Maria Eduarda. Finalmente, há na memória colectiva de todos os que leram a obra prima de Eça de Queirós uma pormenorizada imagem das personagens clássicas do romance que torna ainda mais evidente a distância para a mais recente adaptação ao cinema. Fica, como sempre, a alta qualidade dos diálogos e as frases cáusticas de João da Ega que vale sempre a pena rever, ouvir, ou ler.
26 outubro, 2014
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