No Times de hoje vem um artigo sobre o actual êxodo Português para Angola. Há uma língua comum e laços culturais e históricos (nem sempre de boa memória) que poderão dar aos Portugueses vantagem sobre os Chineses, entre outros investidores internacionais. O país com altas taxas de crescimento (o que não espanta, quanto mais de baixo se vem maiores as taxas de crescimento) tem uma economia baseada essencialmente nos diamantes e no petróleo. Em troca, Angola precisa de investimentos a todos os níveis, a começar pela infraestrutura, destruída por quase trinta anos de guerra civil.
Luanda é a cidade mais cara do mundo. Ao que dizem, a vida por lá não é segura nem cómoda. As instituições são corruptas e o governo totalitário. Ainda assim, Angola atrai uma nova geração de Portugueses com os números a subir em flecha: apenas 156 pessoas em 2006, contra 23,787 em 2009 (151 vezes mais, em taxa de crescimento 15,100%... há várias maneiras de apresentar o número 23,787 e esta última soa bem lisongeira). Angola terá os seus méritos, mas a falta de opção em Portugal (ou na Europa onde a mão de obra portuguesa fica sempre a perder, ou por falta de qualificação, ou por não falar inglês), certamente também contribui para a situação.
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