Sem título #383

Not so bright...

Sem título #383

Energy...

Parece que estou a ouvir #513

Fado Maravilhas

Raul Solnado

Fui num domingo a Cacilhas
Mais o Chico Maravilhas
Comer uma caldeirada
A gente não nada em taco
Mas vai dando pró tabaco
E p'ra regar a salada
É porque isto é mesmo assim
A gente morre e o pilim
Não vai p'rá cova co'a gente
Antes gastá-lo no tacho
Do que na farmácia, eu acho
Isto é que é principalmente.

Terminada a refeição
Ao entrar na embarcação
Começou a grande espiga
Um mangas abriu o bico
Pôs-se a mandar vir com o Chico
E o Chico arriou a giga
Eu p'ra acalmar a tormenta
Ainda disse; oh Chico "auguenta"
Mas o mangas insistiu
E o Chico sem intenção
Deu-lhe um ligeiro encontrão
Atirou c'o tipo ao rio

Um sócio de outro meco
Quis-se armar em malandreco
A gente já estava quentes
Veio p'ra mim desnorteado
Eu dei-lhe c'o penteado
E pu-lo a cuspir os dentes
Veio outro, veio outra ideia
De cernelha e plateia
Mais outro, fui-lhe ao focinho
E o Chico pelo seu lado
Só para não ficar parado
Aviou quatro sózinho

Fez-se uma grande molhada
Desatou tudo à estalada
Eu e o Chico no centro
Daquela calamidade
Apareceu a autoridade
E meteu-nos todos dentro
Não tenho vida para isto
E de futuro desisto
De me meter noutra alhada
Nunca mais vou a Cacilhas
Mais o Chico Maravilhas
Comer uma caldeirada

Sem título #382

Super weekend... cats brighten everything.

Coisas que não mudam #724

A propósito da recente visita do papa* a Niceia (Iznik) na Turquia, para celebrar os 1700 anos do concílio do ano de 325 onde o imperador Constantino (o mesmo que converteu o império romano ao cristianismo em 312) e vários outros bispos proclamaram a divindade de Jesus Cristo, negando o arianismo que defendia que Deus pai era uma entidade superior ao seu filho. Ficou esta proclamação conhecida como credo (niceno) que desde então se reza em todas as missas.

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* A visita fora planeada pelo papa Francisco e deveria ter decorrido em Maio.

Sem título #381

A very

happy cat!

Palavras lidas #644

Trying to Pray
by Twyla Hansen

With my arms raised in a vee,
I gather the heavens and bring
my hands down slow together,
press palms and bow my head.

I try to forget the suffering,
the wars, the ravage of land
that threatens songbirds,
butterflies, and pollinators.

The ghosts of their wings flutter
past my closed eyes as I breathe
the spirit of seasons, the stirrings
in soil, trees moving with sap.

With my third eye, I conjure
the red fox, its healthy tail, recount
the good of this world, the farmer
tending her tomatoes, the beans

dazzled green al dente in butter,
salt and pepper, cows munching
on grass. The orb of sun-gold
from which all bounty flows.

Ditto #635

Pedem-me para falar sobre o mundo, mas seria tão bom falar só sobre livros.

--Abdulrazak Gurnah