Baked eggplant with cheese, tomato and honey
28 fevereiro, 2025
27 fevereiro, 2025
Parece que estou a ouvir #491
Diariamente
Marisa Monte
Para calar a boca, rícino
Pra lavar a roupa, Omo
Para viagem longa, jato
Para difíceis contas, calculadora
Para o pneu na lona, jacaré
Para a pantalona, nesga
Para pular a onda, litoral
Para lápis ter ponta, apontador
Para o Pará e o Amazonas, latex
Para parar na Pamplona, Assis
Para trazer à tona, homem-rã
Para a melhor azeitona, Ibéria
Para o presente da noiva, marzipã
Para o Adidas, o Conga, nacional
Para o outono, a folha, exclusão
Para embaixo da sombra, guarda-sol
Para todas as coisas, dicionário
Para que fiquem prontas, paciência
Para dormir a fronha, madrigal
Para brincar na gangorra, dois
Para fazer uma toca, bobs
Para beber uma Coca, drops
Para ferver uma sopa, graus
Para a luz lá na roça, 220 volts
Para vigias em ronda, café
Para limpar a lousa, apagador
Para o beijo da moça, paladar
Para uma voz muito rouca, hortelã
Para a cor roxa, ataúde
Para a galocha, Verlon
Para ser moda, melancia
Para abrir a rosa, temporada
Para aumentar a vitrola, sábado
Para a cama de mola, hóspede
Para trancar bem a porta, cadeado
Para que serve a calota, Volkswagen
Para quem não acorda, balde
Para a letra torta, pauta
Para parecer mais nova, Avon
Para os dias de prova, amnésia
Para estourar pipoca, barulho
Para quem se afoga, isopor
Para levar na escola, condução
Para os dias de folga, namorado
Para o automóvel que capota, guincho
Para fechar uma aposta, paraninfo
Para quem se comporta, brinde
Para a mulher que aborta, repouso
Para saber a resposta, vide-o-verso
Para escolher a compota, Jundiaí
Para a menina que engorda, hipofagin
Para a comida das orcas, krill
Para o telefone que toca
Para a água lá na poça
Para a mesa que vai ser posta
Para você, o que você gosta diariamente
Marisa Monte
Para calar a boca, rícino
Pra lavar a roupa, Omo
Para viagem longa, jato
Para difíceis contas, calculadora
Para o pneu na lona, jacaré
Para a pantalona, nesga
Para pular a onda, litoral
Para lápis ter ponta, apontador
Para o Pará e o Amazonas, latex
Para parar na Pamplona, Assis
Para trazer à tona, homem-rã
Para a melhor azeitona, Ibéria
Para o presente da noiva, marzipã
Para o Adidas, o Conga, nacional
Para o outono, a folha, exclusão
Para embaixo da sombra, guarda-sol
Para todas as coisas, dicionário
Para que fiquem prontas, paciência
Para dormir a fronha, madrigal
Para brincar na gangorra, dois
Para fazer uma toca, bobs
Para beber uma Coca, drops
Para ferver uma sopa, graus
Para a luz lá na roça, 220 volts
Para vigias em ronda, café
Para limpar a lousa, apagador
Para o beijo da moça, paladar
Para uma voz muito rouca, hortelã
Para a cor roxa, ataúde
Para a galocha, Verlon
Para ser moda, melancia
Para abrir a rosa, temporada
Para aumentar a vitrola, sábado
Para a cama de mola, hóspede
Para trancar bem a porta, cadeado
Para que serve a calota, Volkswagen
Para quem não acorda, balde
Para a letra torta, pauta
Para parecer mais nova, Avon
Para os dias de prova, amnésia
Para estourar pipoca, barulho
Para quem se afoga, isopor
Para levar na escola, condução
Para os dias de folga, namorado
Para o automóvel que capota, guincho
Para fechar uma aposta, paraninfo
Para quem se comporta, brinde
Para a mulher que aborta, repouso
Para saber a resposta, vide-o-verso
Para escolher a compota, Jundiaí
Para a menina que engorda, hipofagin
Para a comida das orcas, krill
Para o telefone que toca
Para a água lá na poça
Para a mesa que vai ser posta
Para você, o que você gosta diariamente
26 fevereiro, 2025
25 fevereiro, 2025
Numa sala perto de mim #457
Too Big to Fail (2011) tells the story of the late 2008 summer when all hell broke loose in the world financial system shedding light on the interaction between the Secretary of the Treasury (Hank Paulson), the president of the Federal Reserve Bank of New York (Timothy Geithner), the Fed's chairman (Ben Bernanke), financial institutions in danger (Bear Sterns, Lehman Brothers, Merrill Lynch, AIG), and the various banks forced to contain the damage (Bank of America, JP Morgan, Wells Fargo, etc.). There's no more succinct and clear explanation of the whole thing out there.
24 fevereiro, 2025
23 fevereiro, 2025
22 fevereiro, 2025
21 fevereiro, 2025
Palavras lidas #616
After Our Daughter’s Wedding
by Ellen Bass
While the remnants of cake
and half-empty champagne glasses
lay on the lawn like sunbathers lingering
in the slanting light, we left the house guests
and drove to Antonelli’s pond.
On a log by the bank I sat in my flowered dress and cried.
A lone fisherman drifted by, casting his ribbon of light.
“Do you feel like you’ve given her away?” you asked.
But no, it was that she made it
to here, that she didn’t
drown in a well or die
of pneumonia or take the pills.
She wasn’t crushed
under the mammoth wheels of a semi
on highway 17, wasn’t found
lying in the alley
that night after rehearsal
when I got the time wrong.
It’s animal. The egg
not eaten by a weasel. Turtles
crossing the beach, exposed
in the moonlight. And we
have so few to start with.
And that long gestation—
like carrying your soul out in front of you.
All those years of feeding
and watching. The vulnerable hollow
at the back of the neck. Never knowing
what could pick them off—a seagull
swooping down for a clam.
Our most basic imperative:
for them to survive.
And there’s never been a moment
we could count on it.
by Ellen Bass
While the remnants of cake
and half-empty champagne glasses
lay on the lawn like sunbathers lingering
in the slanting light, we left the house guests
and drove to Antonelli’s pond.
On a log by the bank I sat in my flowered dress and cried.
A lone fisherman drifted by, casting his ribbon of light.
“Do you feel like you’ve given her away?” you asked.
But no, it was that she made it
to here, that she didn’t
drown in a well or die
of pneumonia or take the pills.
She wasn’t crushed
under the mammoth wheels of a semi
on highway 17, wasn’t found
lying in the alley
that night after rehearsal
when I got the time wrong.
It’s animal. The egg
not eaten by a weasel. Turtles
crossing the beach, exposed
in the moonlight. And we
have so few to start with.
And that long gestation—
like carrying your soul out in front of you.
All those years of feeding
and watching. The vulnerable hollow
at the back of the neck. Never knowing
what could pick them off—a seagull
swooping down for a clam.
Our most basic imperative:
for them to survive.
And there’s never been a moment
we could count on it.
Etiquetas:
Palavras lidas,
Poesia-Poetry
20 fevereiro, 2025
Ditto #612
Words are like leaves and where they most abound / Much fruit of sense beneath is rarely found.
--Alexander Pope
Caprichos #469
Há dias descobri um pacote perdido de bolachas na minha secretária...
booooas!! Esqueci por completo como tinham vindo parar à minha mão.
Produto de África do Sul comercializado por uma empresa com sede em Moçambique... só poderiam ter vindo de uma amiga minha que me visitou por altura do natal e que tem divide casa com uma rapariga Sul-Africana.
São basicamente uma sanduíche de aveia com chocolate lá dentro!
Como é que esta ideia não é ainda universal? E como é que eu vou arranjar estas bolachas produzidas na África do Sul? Felizmente consegui encontrar online e três dias depois foram entregues 4 caixas na minha porta.
E viva a globalização!
19 fevereiro, 2025
18 fevereiro, 2025
17 fevereiro, 2025
Parece que estou a ouvir #490
De Mais Ninguém
Marisa Monte
Se ela me deixou a dor
É minha só não é de mais ninguém
Aos outros eu devolvo a dó
Eu tenho a minha dor
Se ela preferiu ficar sozinha
Ou já tem um outro bem
Se ela me deixou a dor é minha
A dor é de quem tem
É meu troféu é o que restou
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor
Eu tenho a minha dor
A sala, o quarto, a casa está vazia
A cozinha, o corredor
Se nos meus braços ela não se aninha
A dor é minha dor
Se ela me deixou a dor
É minha só não é de mais ninguém
Aos outros eu devolvo a dó
Eu tenho a minha dor
Se ela preferiu ficar sozinha
Ou já tem um outro bem
Se ela me deixou
A dor é minha
A dor é de quem tem
É o meu lençol, é o cobertor
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor
Eu tenho a minha dor
A sala, o quarto
A casa está vazia
A cozinha, o corredor
Se nos meus braços
Ela não se aninha
A dor é minha dor
Marisa Monte
Se ela me deixou a dor
É minha só não é de mais ninguém
Aos outros eu devolvo a dó
Eu tenho a minha dor
Se ela preferiu ficar sozinha
Ou já tem um outro bem
Se ela me deixou a dor é minha
A dor é de quem tem
É meu troféu é o que restou
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor
Eu tenho a minha dor
A sala, o quarto, a casa está vazia
A cozinha, o corredor
Se nos meus braços ela não se aninha
A dor é minha dor
Se ela me deixou a dor
É minha só não é de mais ninguém
Aos outros eu devolvo a dó
Eu tenho a minha dor
Se ela preferiu ficar sozinha
Ou já tem um outro bem
Se ela me deixou
A dor é minha
A dor é de quem tem
É o meu lençol, é o cobertor
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor
Eu tenho a minha dor
A sala, o quarto
A casa está vazia
A cozinha, o corredor
Se nos meus braços
Ela não se aninha
A dor é minha dor
16 fevereiro, 2025
Palavras lidas #615
No primeiro aniversário da sua morte,
Navalny nas suas próprias palavras
Quando se é criança ou jovem adulto, tudo nos parece óptimo, e os políticos muitas vezes exploram essa lei da vida para obscurecerem a nossa imagem do futuro, apresentando um falso retrato do passado. É importante porém, que nos comportemos como seres humanos e não como peixes-dourados, cuja memória, como é sabido, se diz estar limitada aos últimos três segundos. Atirar batatas aos amigos no meio dos campos era evidentemente divertido, mas ainda assim a minha memória de infância mais persistente da URSS é a de estar na fila para o leite. O meu irmão nasceu em 1983. Uma casa em que há uma criança pequena precisa de um fornecimento constante de leite e, durante vários anos, fui eu o responsável por ir comprá-lo. Todos os dias quando saía da escola ía até à loja e ficava à espera pelo menos quarenta minutos na fila para comprar o raio do leite. Muitas vezes ainda não tinham vindo entregá-lo, e tinha de ficar na companhia de dezenas de adultos soturnos à espera de que ele chegasse. Se nos atrasássemos um pouco, já tinham vendido o leite todo, e nessa noite os nossos pais não estariam contentes. É por isso que não tenho qualquer desejo de voltar aos tempos da URSS. Um Estado que é incapaz de produzir leite suficiente para os seus cidadãos não merece a minha nostalgia.
Alexei Navalny, Patriota: memórias, p. 55
15 fevereiro, 2025
14 fevereiro, 2025
Coisas que não mudam #695
A student gift for Chinese New Year... she made it herself following the ancient calligraphy tradition of wishing good fortune for the new year
silly e had no idea the direction mattered...
when I proudly messaged the picture to a Chinese friend she told me the left corner should be pointing down to the floor... I had to bend the corners so it would fit the holder.
Hopefully it's hte message that matters :-)
Etiquetas:
Coisas que não mudam
13 fevereiro, 2025
12 fevereiro, 2025
11 fevereiro, 2025
Palavras lidas #614
Amongst the French
by Paul Zimmer
I do not have their words,
do not have their years or customs.
Passing them on the road,
shy as fog passing down
slopes into the valley,
I always give first utterance
or make an uncertain gesture.
My neighbors are kind,
knowing I am like rain,
that if they wait long enough,
in time I will go away.
It is the same for me in
all directions—under stars
swarming out of foothills,
on the gravel I churn
with my shoes—east, west,
north, or south—the same.
If I remained in
this friendly place forever,
I would always be a stranger.
Etiquetas:
Palavras lidas,
Poesia-Poetry
10 fevereiro, 2025
09 fevereiro, 2025
08 fevereiro, 2025
Caprichos #466
Big bowl meal from the Noodle Bar in downtown Coventry
Meal topping: aubergine
Cooking style: aubergine
Rice/Noodles: boiled rice
07 fevereiro, 2025
Parece que estou a ouvir #489
Marisa Monte
Meu coração, não sei por quê
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim foges de mim
Ah, se tu soubesses
Como sou tão carinhoso
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim
Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar esta paixão
Que me devora o coração
E só assim então serei feliz
Bem feliz
Meu coração, não sei por quê
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim foges de mim
Ah, se tu soubesses
Como sou tão carinhoso
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim
Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar esta paixão
Que me devora o coração
E só assim então serei feliz
Bem feliz
06 fevereiro, 2025
04 fevereiro, 2025
03 fevereiro, 2025
02 fevereiro, 2025
Palavras lidas #613
On Closing the Apartment of my
Grandparents of Blessed Memory
by Robyn Sarah
And then I stood for the last time in that room.
The key was in my hand. I held my ground,
and listened to the quiet that was like a sound,
and saw how the long sun of winter afternoon
fell slantwise on the floorboards, making bloom
the grain in the blond wood. (All that they owned
was once contained here.) At the window moaned
a splinter of wind. I would be going soon.
I would be going soon; but first I stood,
hearing the years turn in that emptied place
whose fullness echoed. Whose familiar smell,
of a tranquil life, lived simply, clung like a mood
or a long-loved melody there. A lingering grace.
Then I locked up, and rang the janitor’s bell.
Grandparents of Blessed Memory
by Robyn Sarah
And then I stood for the last time in that room.
The key was in my hand. I held my ground,
and listened to the quiet that was like a sound,
and saw how the long sun of winter afternoon
fell slantwise on the floorboards, making bloom
the grain in the blond wood. (All that they owned
was once contained here.) At the window moaned
a splinter of wind. I would be going soon.
I would be going soon; but first I stood,
hearing the years turn in that emptied place
whose fullness echoed. Whose familiar smell,
of a tranquil life, lived simply, clung like a mood
or a long-loved melody there. A lingering grace.
Then I locked up, and rang the janitor’s bell.
Etiquetas:
Palavras lidas,
Poesia-Poetry
01 fevereiro, 2025
Ditto #610
I've never been bored one day in my life. I could fill 500 years with no problem.
-- Peter Matthiessen
Subscrever:
Mensagens (Atom)