31 agosto, 2016

Palavras lidas #298

Almanac
by Lois Parker Edstrom

My grandparents owned the land,
worked the land, bound
to the earth by seasons of planting
and harvest.

They watched the sky, the habits
of birds, hues of sunset,
the moods of moon and clouds,
the disposition of air.
They inhaled the coming season,
let it brighten their blood
for the work ahead.

Soil sifted through their fingers
imbedded beneath their nails
and this is what they knew;
this rhythm circling the years.
They never left their land;
each in their own time
settled deeper.

Coisas que não mudam #365

Recentemente sobre o Atlântico,
a sobrevoar (não Guimarães, mas) o grupo central.
Quem as conhece sabe bem quais são!

Caprichos #414

Beautiful flowers at the Hermitage

30 agosto, 2016

Palavras lidas #297

Winter, Spring
by Jim Harrison

Winter is black and beige down here
from drought. Suddenly in March
there’s a good rain and in a couple
of weeks we are enveloped in green.
Green everywhere in the mesquites, oaks,
cottonwoods, the bowers of thick
willow bushes the warblers love
for reasons of food or the branches,
the tiny aphids they eat with relish.

Each year it is a surprise
that the world can turn green again.
It is the grandest surprise in life,
the birds coming back from the south to my open
arms, which they fly past, aiming at the feeders.

29 agosto, 2016

Palavras lidas #296

The Last Rose of Summer
by Thomas Moore


Tis the last rose of summer

Left blooming alone;
All her lovely companions
Are faded and gone:
No flower of her kindred,
No rose-bud is nigh,
To reflect back her blushes,
Or give sigh for sigh.

I’ll not leave thee, thou lone one!
To pine on the stem;
Since the lovely are sleeping,
Go, sleep thou with them.
Thus kindly I scatter
Thy leaves o’er the bed,
Where thy mates of the garden
Lie scentless and dead.

So soon may I follow,
When friendships decay,
And from Love’s shining circle
The gems drop away.
When true hearts lie wither’d,
And fond ones are flown,
Oh! who would inhabit
This bleak world alone?

No Times de hoje #167

An excerpt from today's New York Times' article Why We Never Die by Gabriel Rockhill associate professor of philosophy at Villanova University.
(...) Our existence has numerous dimensions, and they each live according to different times. The biological stratum, which I naïvely took to mean life in general, is in certain ways a long process of demise — we are all dying all the time, just at different rhythms. Far from being an ultimate horizon beyond the bend, death is a constitutive feature of the unfolding of biological life. In other words, I am confronting my death each day that I live.

Moreover, the physical dimension of existence clearly persists beyond any biological threshold, as the material components of our bodies mix and mingle in different ways with the cosmos. The artifacts that we have produced also persevere, which can range from our physical imprint on the world to objects we have made or writings like this one. There is, as well, a psychosocial dimension that survives our biological withdrawal, which is visible in the impact that we have had — for better or worse — on all of the people around us. In living, we trace a wake in the world.

(...)

Authentic existence is perhaps less about boldly confronting the inevitable reality of our own finitude than about recognizing and cultivating the multiple dimensions of our lives. Some of these can never truly die because they do not belong only to us. They carry on in the physical world, in the material and cultural vestiges we leave, as well as in the psychological and social effects we have on those around us. (...)

Caprichos #413

Peperonata

28 agosto, 2016

Sem título #79

E outra...
ORAÇÃO DE SANTO AGOSTINHO

A morte não é nada.
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu, Tu és tu. 
O que fomos um para o outro ainda somos, 
dá-me o nome que sempre me deste. 
Fala-me como sempre me falaste. 
Não mudes o tom a um triste ou solene. 
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos. 
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo. 
Que meu nome se pronuncie em casa, 
como sempre se pronunciou. 
Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra. 
A vida continua significando o que significou. 
Continua sendo o que era, 
o cordão da união não se quebrou. 
Por que eu estaria fora dos teus pensamentos, 
apenas porque estou fora da tua vista? 
Não estou longe, somente estou do outro lado do 
caminho. Já verás, tudo está bem... 
Redescobrirás meu coração, e nele redescobrirás a 
ternura mais pura. Seca as tuas lágrimas e, se me 
amas, não chores mais.

Sem título #78

Oração a Santo Agostinho, no dia do próprio...
Se conhecesses o mistério imenso
Do céu onde agora vivo
Este horizonte sem fim,
Esta luz, que tudo reveste e penetra,
Não chorarias se me amas!
Estou já absorvido no encanto de Deus,
Na sua beleza sem fim...
Lembra-te dos bons momentos que vivemos juntos
E verás que a saudade também é presença.
Quando estiveres triste, infeliz, chama-me
E eu irei ajudar-te e consolar-te
E verás como é bom ter um amigo do outro lado.
E quando chegar também a tua vez,
Não chorem os que ficam,
Porque não será um adeus,
Mas simplesmente um até à vista,
E eu estarei lá para te receber...

27 agosto, 2016

Coisas que não mudam #364

Hoje a Igreja celebra o dia de Santa Mónica, mãe de Santo Agostinho cujo dia se celebra amanhã. Após a conversão do seu filho ao cristianismo ao fim de 17 anos de resistência, Santa Mónica viveu seis meses em paz. A morte da mãe no mesmo ano do baptismo de Santo Agostinho, inspirou as mais belas páginas das suas Confissões.

No Times de Hoje #166

This week marked the 100th anniversary of National Park system in the United States. This weekend, the travel section of the New York Times brings a selection of recent (and not so recent) articles on the said parks with stunning images.

26 agosto, 2016

Palavras lidas #295


Sexta-feira da 21ª semana do Tempo Comum

Evangelho segundo S. Mateus 25,1-13.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo. Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes. As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias. 
Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram. No meio da noite ouviu-se um brado: ‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’. Então, as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas. As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, que as nossas lâmpadas estão a apagar-se’. Mas as prudentes responderam: ‘Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores’. Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo: as que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial; e a porta fechou-se.
Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: ‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’. Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’. Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora». 
__________

Comentário do dia: São Teodoro Estudita (759-826), monge de Constantinopla 
Pequenas Catequeses, n.º 130

Irmãos, há um tempo para semear e um tempo para recolher, um tempo para a paz e um tempo para a guerra, um tempo para o trabalho e um tempo para o descanso (cf Qo 3). Para a salvação da alma, porém, todos os momentos são propícios e todos os dias são favoráveis, se assim quisermos. (...)

Palavras lidas #294

Sewing
by Sue Ellen Thompson

The night before my older sister’s wedding,
my mother and I sat up late
hand-stitching a little cloud of netting
to the brim of each bridesmaid’s hat

To be alone with her was so rare
I couldn’t think of what I had to say.
We worked in silence beneath the chandelier
until it was almost daybreak.

Soon I’d have a room of my own
and she would only be cooking for six.
We drifted among the wreaths we had sewn,
nursing quietly on our fingertips.

That she still had me was a comfort,
I think. And I still had her.

Retirado do contexto #220

Boundless kindness
Thank you!

Caprichos #412

Proper bagels... finally in Nashville

24 agosto, 2016

Palavras lidas #293

The Sunday News
by Dana Gioia

Looking for something in the Sunday paper,
I flipped by accident to Local Weddings,
Yet missed the photograph until I saw
Your name among the headings.

And there you were, looking almost unchanged,
Your hair still long, though now long out of style,
And you still wore that stiff, ironic look
That was your smile.

I felt as though we sat there face to face.
My stomach tightened. I read the item through.
It said too much about both families,
Too little about you.

Finished at last, I put the paper down,
Stung by jealousy, my mind aflame—
Hating this man, this stranger whom you loved,
This printed name.

And yet I clipped it out to put away
Inside a book like something I might use,
A scrap I knew I wouldn’t read again
But couldn’t bear to lose.

23 agosto, 2016

Caprichos #411

Simple summer salad

Palavras lidas #292

At the Church Door
by Loius Simpson

I didn’t stay for the closing
hymns and prayers. I felt
out of sorts, so I left.

Someone was before me
at the door: a child, gazing
at a spot on her wrist.

She said, “Can you help me?”
“What is it?”
“A ladybug,” she said.

So I opened the door,
and she said, “It jumped off.”
We stood looking around.

“It’ll be all right,” I said.
She went in, and I left,
taking care where I stepped.

19 agosto, 2016

Ditto #335

It is better to keep your mouth closed and let people think you are a fool than to open it and remove all doubt.

--Mark Twain

17 agosto, 2016

12 agosto, 2016

11 agosto, 2016

Sem título #75

Quando

Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta,
continuará o jardim, o céu e o mar,
e como hoje igualmente hão-de bailar
as quatro estações à minha porta.

Outros em Abril passarão no pomar
em que tantas vezes passei,
haverá longos poentes sobre o mar,
outros amarão as coisas que eu amei.

Será o mesmo brilho, a mesma festa,
será o mesmo jardim à minha porta
e os cabelos doirados da floresta,
como se eu não estivesse morta.


Sophia de Mello Breyner (1919-2004), Dia do Mar, 1ª edição, 1947

Palavras lidas #291

My Dog Pal
by Joyce Sutphen

Once, in the yellow glow of the hay barn,
my father and I met a stray, and that dog
stayed and lived with us a while.

I named him “Pal” because he was friendly
and reminded me of a storybook dog.
Even now I can see him sitting

at my feet, his head tipped slightly to one
side, his shoulders squared back against
the passing of another boring day.

Thin and houndy, he was made for wilder
things than fetching sticks and shaking hands with
six-year olds. I think he was a hobo dog,

and one day he was gone, without
a backwards glance; his house, his dish, his supper
bone—nothing there to tie him down.

Foi neste dia #295 (1578)

Foi neste dia há 438 anos que em Coimbra morreu Pedro Nunes, nascido em Alcácer do Sal em 1502. O médico e matemático de origem judaica ou cristã nova, impulsionou a ciência em Portugal aplicando-a à navegação e cosmografia e expandindo o conhecimento do seu tempo. 

No seu Tratado da Esfera, Pedro Nunes argumenta para a "difusão do conhecimento (...) o bem, quanto mais comum e universal, tanto é mais excelente". Ah se os cientistas tivessem mais impacto sobre o percurso histórico dos países do que os reis ou os políticos...

09 agosto, 2016

Sem título #73

Painel de São João de Deus no Hospital de São José
São João de Deus é padroeiro dos hospitais, doentes e enfermeiros e é celebrado a 8 de Março, data do seu nascimento (em Montemor-o-Novo) e falecimento (em Granada).

05 agosto, 2016

Sem título #72

Ficam algumas fotos da (monumental) capela do hospital de São José. Antes de 1755 a dita capela servia de sacristia à igreja de Santo Antão do colégio dos Jesuítas com o mesmo nome. Aquela igreja viria a ruir com o terramoto, mas a sacristia manteve-se de pé. É por isso que a actual capela mantém características de sacristia como a ausência de altar mor e a presença do arcaz.
A quantidade e a variedade de mármore, bem como o tamanho e a altura da capela, fazem imaginar como não seria a igreja original.

02 agosto, 2016

Palavras lidas #290

Gratitude List
by Laura Foley

Praise be this morning for sleeping late,
the sandy sheets, the ocean air,
the midnight storm that blew its waters in.
Praise be the morning swim, mid-tide,
the clear sands underneath our feet,
the dogs who leap into the waves,
their fur, sticky with salt,
the ball we throw again and again.
Praise be the green tea with honey,
the bread we dip in finest olive oil,
the eggs we fry. Praise be the reeds,
gold and pink in the summer light,
the sand between our toes,
our swimsuits, flapping in the breeze.

01 agosto, 2016

Foi neste dia #294 (1936)

Há 80 anos começavam os Jogos Olímpicos de Berlim com 100,000 pessoas a saudar Hitler à sua entrada no estádio para a cerimónia de abertura. Para além da propaganda Nazi, os jogos ficaram marcados pelo brilho de Jesse Owens.

Ditto #334

Age is an issue of mind over matter. If you don't mind, it doesn't matter.

--Mark Twain