As conhecidas restituições de arte confiscada pelos Nazis antes e durante a Segunda Guerra Mundial teem estado limitadas a peças de arte detidas por museus ou bibliotecas alemãs, mantendo as colecções privadas fora do alcance de investigadores destes eventos ocorridos há quase 80 anos.
Hoje um artigo no New York Times descreve uma nova fase neste processo. Para incentivar coleccionadores privados a investigarem as origens da arte que herdaram, o governo alemão começará a subsidiar esforços nesse sentido. Como diz o artigo:
Com o desaparecimento de uma geração e a transferência da sua arte para a geração seguinte, várias pessoas com colecções consideráveis e consciências intranquilas começaram a investigar o que teem na sua posse.
“É simples — eu não quero coisas roubadas nas minhas paredes,” disse Jan Philipp Reemtsma, que contratou um investigador há 15 anos para examinar a colecção que herdou do seu pai, Philipp F. Reemtsma, industrial do tabaco.
A revelação em 2013 do caso de Cornelius Gurlitt (1932-2014) que armazenava no seu modesto apartamento de Munique centenas de obras de arte que herdou do seu pai, um negociante de arte que os Nazis utilizaram para vender arte apreendida em apartamentos de judeus ou vendida no desespero de quem precisava fugir o mais depressa possível, mostrou quão prevalente é o problema na Alemanha. É preciso coragem para investigar o passado dos nossos antepassados. A verdade pode não vir ao de cima numa geração, mas talvez em duas, três...
O Retrato de Adriaen Moens, por Anthony van Dyck, 1928
The Portrait of Adriaen Moens, by Anthony van Dyck, 1628
The widely discussed restitutions of art confiscated by the Nazis before and during World War II has been restricted to works of art held in museums or libraries in Germany, keeping private collections off limits for those who tried to investigate the fate of stolen art nearly 80 years ago.
Today's article in the New York Times describes a new step on this process. To encourage private collectors to investigate the origins of the art they inherited, the German government will start subsidizing such efforts. As the article puts it:
But as one generation of Germans has died and given its art to the next, a number of people with prominent collections and unsettled consciences have stepped forward to investigate what they own.
“I don’t want stolen goods hanging on the wall — it’s quite simple,” said Jan Philipp Reemtsma, who hired a researcher 15 years ago to examine the collection he inherited from his father, the tobacco industrialist Philipp F. Reemtsma.
The unveiling in 2013 of the case of Cornelius Gurlitt (1932-2014), whose modest apartment in Munich contained hundreds of works of art inherited from his father, an art dealer the Nazis used to unload art works siezed from Jewish households or sold under duress by Jews about to flee, shed light on the pervasiveness of the problem in Germany. It takes courage to investigate the past of one's ancestors. Hopefully the truth will come out if not in one generation, perhaps in two, three...
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