31 outubro, 2017

Palavras lidas #355

Belongings
by Margaret Hasse

After being a student, then an hourly worker,
I became a career girl and earned real money.
I left behind a provisional furnished apartment
with its stained curtains, butt-burned table
and Goodwill mattress I was never sure about.

Alone I bought a house with an attic,
a basement and a skirt of flowers.
Freely I spent on white paint, silver knobs
for kitchen cabinets and a sofa made of corduroy
that wrinkled my face when I napped.
A bureau with a display to worship
photos and framed mottos:
If only one prayer, thank you will suffice.

Do I regret the down payment,
fixtures, fittings, furniture, years of mortgage?
Would I take anything back?
No, I would not. I meant it all,
every purchase, all the weight that encumbered
and rooted me on this earth.

30 outubro, 2017

Caprichos #457

A few days ago,
I had a very special lunch companion @Costa coffee

29 outubro, 2017

Cores de Outono #50

Vista da janela na tarde do último dia da hora velha
Window view in the afternoon of the last day of daylight savings

28 outubro, 2017

Caprichos #456

Coarse salt is hard to find in the UK
the gourmet section offers expensive organic stuff
the true salt of Portugal!

27 outubro, 2017

Cores de Outono #49

A mutantes cores de Outono a 17 e 24 de Setembro e 8 e 27 de Outubro
The changing fall colors on September 17 and 24 and October 8 and 27

25 outubro, 2017

Caprichos #455

Meanwhile @Warwick / Entretanto em Warwick

24 outubro, 2017

Pedaços de Kenilworth

Kenilworth é uma pequena vila 10km a sul de Coventry
 com a igreja de São Nicolau com um curioso vitral
 onde uma criança segura um urso!
A igreja situa-se mesmo ao lado do antigo convento de Agostinhos do século XII e desmantelado (como tantos outros) aquando da extinção dos mosteiros por Henrique VIII no século XVI. Para além do cemitério e de apagadas ruínas ficaram os campos da abadia  (Abbey Fields) ainda hoje tão convidativos a caminhadas. 
 Kenilworth tem também casas antigas e tradicionais,
 mas é conhecida especialmente pelo seu castelo medieval
 em ruínas,
 estas do tempo da guerra civil inglesa entre 1642 e 1651
que faz lembrar o local (também em ruínas) onde Felipe II
 foi aclamado rei de Portugal em Tomar.
 Com muitas histórias para contar e locais fantásticos para fotografias,
o castelo tem amplas janelas para o cenário campestre inglês.
Digno de destaque é o jardim à imagem do tempo de Isabel I
que visitou o castelo em 1566 e 1568, quando este era propriedade de Lord Dudley, um dos muitos pretendentes de Isabel que por prudência ou presunção morreria solteira. e sem descendência, em 1603 terminando a dinastia Tudor e passando a coroa para os Stuarts.
Uma escadaria do castelo para o jardim termina com duas colunas cada uma encimada por um urso agarrado a um tronco, o símbolo do condado de Warwickshire, também presente no emblema da Universidade de Warwick.
As pedras gastas das ruínas do castelo medieval mostram bem o valor histórico do monumento.

23 outubro, 2017

Espantos #523

Apropos the recent passing of Lawrence Argent
some pictures of the public art he created in the form of giant sculptures
"I see what you mean" at the Colorado Convention Center in Denver
"Leap" at Sacramento airport in California
"I am here" at Chengdu, China (here with Mr. Argent himself)
"Venus" in San Francisco.
_________

Beautiful sculpture in this last picture but it's actually the floor pattern that calls my attention :-)

22 outubro, 2017

Sem título #94

Os terríveis incêndios que percorreram centro e norte do país no passado fim de semana, mataram 44 pessoas (última contagem) e queimaram mais de metade da área ardida este ano, que já passa dos monstruosos 500,000 hectares. Este meio milhão de hectares é por sua vez mais de 50% da área ardida em toda a Europa em 2017. A tragédia humana, é comparável à dos incêndios da Califórnia que durante duas semanas consumiram menor área (cerca de 100,000 hectares ou 250,000 acres, a unidade de medida americana), mas essa mais densamente habitada.

Sem dúvida que as condições extraordinárias daquele fim de semana, combinando temperaturas e ventos anormais para esta altura do ano, potenciaram a dimensão da catástrofe ambiental. Mas tragédias humanas com esta dimensão em locais esparsamente povoados, resultam de falhas graves, sobretudo na organização de meios e pessoas no terreno, que infelizmente já tinham feito mais vítimas em Junho. 

Finalmente, parece que chegou a hora de parar com o discurso de que "vão continuar a acontecer tragédias destas." É altura de corrigir as falhas na cadeia de comando que não podiam ter acontecido. É altura de repensar a qualificação de meios e operacionais (bombeiros e protecção civil) que no terreno actuam porque só dedicação, muitas vezes não basta. É altura ainda de consolar os sobreviventes, em grande parte idosos, que perderam casa, sustento, família e que sem ajuda não conseguirão erguer-se da calamidade que lhes levou tudo e que, por capricho ou presunção, os deixou cá.

21 outubro, 2017

Cores de Outono #48

As cores do campus por estes dias

20 outubro, 2017

Pedaços de Coventry #1

Coventry é uma cidade de 325,000 pessoas na região inglesa das Midlands. Bombardeada na Segunda Guerra Mundial, Coventry foi particularmente afectada no blitz de 14 de Novembro de 1940, uma vez que era uma cidade muito industrial, especialmente forte nos sectores automóvel, motores de avião e também munições. Para além da capacidade industrial a cidade perdeu também metade do seu parque habitacional. Coventry ficou assim sem centro medieval, tendo hoje um IKEA e uma Primark a curta distância da catedral. Grande parte da área central é ocupada por uma zona pedonal com várias lojas, um mercado e outros espaços de lazer... um centro comercial ao ar livre com o cunho arquitectónico brutalista dos anos 60. A meu ver, não é a falta de beleza que domina Coventry, mas a tristeza de uma cidade descaracterizada.

Ainda assim, há em Coventry motivos de interesse, como
a sede medieval das associações corporativas da cidade
danificada pelo bombardeamento de 1940 e restaurada nos anos 50
tem um imponente salão e vitrais restaurados;
a catedral anglicana, destruida em 1940
e construída entre os séculos XIV e XV,
foi elevada a catedral em 1918, sendo destruída 22 anos depois
restando hoje intacta apenas a mais alta torre.
Mesmo ao lado da catedral medieval
foi construida a nova catedral de Coventry, também anglicana,
entre 1956 e 1962. Um edifício moderno, amplo e radioso
com cadeiral moderno
e pequenas capelas de linhas simples
carregadas de simbologia bíblica.
A catedral tem também exposta
a maior tapeçaria do mundo
e uma cruz de madeira queimada
encontrada nos escombros do bombardeamento;
destacam-se ainda os bonitos vitrais.
Vale ainda a pena ver o local onde em tempos esteve a
primeira catedral de Coventry, que está cercado de casas antigas dado que aquela catedral foi destruída aquando da dissolução dos mosteiros no século XVI por Henrique VIII que passou para a coroa todas as propriedades da igreja católica e se denominou chefe e fundador da igreja anglicana na Grã Bretanha.
Embora ainda se vislumbrem algumas ruínas da velha catedral (essencialmente as colunas), o espaço pega com um complexo de apartamentos recente,
que por sua vez comunica com a zona pedonal e comercial do centro da cidade.
Coventry é assim uma manta de retalhos históricos com ruínas e estilos arquitectónicos de várias épocas distintas.