Foi há 33 anos que desapareceu Etan Patz de 6 anos quando caminhava, pela primeira vez sozinho, para a paragem do autocarro escolar muito perto de sua casa no Soho. No final dos anos 70 a mediatização do caso, ocorrido em pleno dia em Nova Iorque, levou ao levantamento da consciência nacional para a realidade das crianças desaparecidas. Pela primeira vez foram adoptadas medidas de divulgação rápida e em massa, como a colocação de fotografias dos desaparecidos nos pacotes de leite. Quatro anos depois o presidente Regan declarou o dia 25 de Maio como o Dia Nacional da Criança Desaparecida.
O caso arrefeceu ao longo dos anos com uma sequência de suspeitos que nunca foram formalmente acusados. Há cerca de um mês o FBI retomou as investigações com a escavação de uma cave num prédio do Soho, que fora renovada poucos dias depois do desaparecimento de Etan. A esperança seria de encontrar os restos mortais da criança, o que não veio a acontecer. Seguiu-se o interrogatório ao proprietário do estabelecimento em 1979, que foi inconclusivo. Ontem prenderam o homem que diz ter estrangulado Etan e colocado o seu corpo num saco de plástico, como tantos que se vêm ainda hoje em Nova Iorque à espera da passagem do camião do lixo. Sem qualquer evidência forense que prove o homicidio será muito difícil condenar alguém ao fim de 33 anos.
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