Leonor, infanta de Portugal, nasceu em Viseu há 554 anos. Filha do infante Fernando duque de Viseu (filho do rei D. Duarte da ínclita geração) e da infanta Beatriz de Portugal (filha do infante João também da ínclita geração), Leonor casou com o seu primo em segundo grau, o futuro D. João II em 1470. Ela com 12 anos ele com 15. Reza a história que Leonor e João passaram bastante tempo juntos na infância e que eram bons amigos.
Em 1481 Lenor tornou-se rainha consorte após a morte do seu sogro D. Afonso V. Em 1491, por morte de seu filho Afonso, principe herdeiro e o único dos seus filhos que sobreviveu até à idade adulta, Leonor viria a ter um papel decisivo na história de Portugal. João II tentou até ao fim de sua vida legitimizar Jorge, duque de Coimbra, seu filho com Ana de Mendonça, mas Leonor opôs-se terminantemente a tal solução apelando ao papa, que lhe deu razão. O ciúme talvez tenha contribuído para a sua oposição, mas o facto de seu marido ter perseguido e executado o seu irmão mais velho Diogo, em 1484, e o seu cunhado Fernando (marido da sua irmã mais nova Isabel) em 1483, também deve ter ajudado.
Leonor sobreviveu a seu marido por mais trinta anos e em 1495 viu o seu irmão mais novo Manuel subir ao trono. Deixou obra e legado, nos quais se destacam a fundação do Hospital de Todos os Santos, do Hospital Termal das Caldas da Rainha (cidade cujo brasão de armas é ladeado pelos emblemas de Leonor e João) e ainda a construção do Convento da Madre Deus em Xabregas que aloja hoje o Museu Nacional do Azulejo.
Como tantas princesas e rainhas, Leonor ficou definitivamente marcada na história de Portugal, mas terá sido feliz?
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