Carminho e Ana Moura vieram ao Festival de Fado em Barcelona este fim de semana. Carminho cantou com um alinhamento tradicional composto por guitarra portuguesa, viola e baixo, enquanto que Ana Moura trouxe ainda teclado e bateria. Carminho foi mais próxima do público falando um pouco sobre os temas e sobre o fado em geral. Já Ana Moura desculpou-se com seu (muito) fraco portuñol dizendo que estava ali mesmo era para cantar.
O concerto de Carminho foi mais nostálgico intimista e o de Ana Moura mais alegre e apelativo a um público que não está necessariamente habituado ao fado. Curioso o facto de ambas terem sentido necessidade de dizer que "o fado não é triste" ao fim de duas canções apenas... se carece justificação então alguma tristeza há de ter :-)
Os dois concertos tiveram momentos menos comuns em que o fado se aproximou de outros estilos musicais, notoriamente com Carminho a cantar uma música de Marisa Monte e um tango argentino, ou no facto de a bateria e o teclado a darem um som de morna cabo-verdiana às canções mais calmas de Ana Moura. Ainda assim, as duas fadistas cantaram também músicas muito tradicionais (algumas até de origem folclórica) que aqui ficarão aqui registadas em posts futuros.
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