Cinco séculos depois, olho para a cidade aninhada na concha da montanha da Mesa lá do cimo do teleférico, vejo-a anoitecer sentado no outro extremo da baía, na praia de Bloubergstrand, e percorro a linha do Estoril deles, a marginal oceânica que liga o centro histórico à periferia balnear que se estende sob as falésias dos Doze Apóstolos. Enfim. Não posso deixar de pensar que tudo isto podia ter sido português -- o talento nacional para as oportunidades perdidas tem cromossomas antigos.
Também não posso deixar de pensar que se calhar foi melhor assim. Para eles, claro.
Parte II, Viagens Sedentárias: Cidades e Aldeias, Grita Liberdade, p. 93
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