28 dezembro, 2005
27 dezembro, 2005
26 dezembro, 2005
23 dezembro, 2005
Pérolas...
Disse Soares dia 22 num almoço em Angra do Heroísmo: "Cavaco Silva é um político de sucesso porque fui eu que lhe dei a estabilidade política para ter sucesso. Eu é que sou o pai do sucesso de Cavaco Silva".
Disse Soares no debate contra Cavaco no dia 20: "Cavaco Silva é o único responsável pelo problema défice... ele é o pai do défice!"
Para as coisas boas é pai, mas para as más, nem o enteado Guterres tem qualquer responsabilidade. Enfim, mais pérolas de Soares neste tempo de pré-campanha.
Disse Soares no debate contra Cavaco no dia 20: "Cavaco Silva é o único responsável pelo problema défice... ele é o pai do défice!"
Para as coisas boas é pai, mas para as más, nem o enteado Guterres tem qualquer responsabilidade. Enfim, mais pérolas de Soares neste tempo de pré-campanha.
22 dezembro, 2005
Em tempo de Boas Festas
Num meio-dia de fim de primavera
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai que era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!
Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
colhe as flores e gosta delas e esquece-as,
Atira pedra aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as pilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.
A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as cousas.
Aponta-me todas as cousas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.
Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar no chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo co -se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido" -
"Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.
....................
Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a eterna criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre,
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.
A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E a outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.
A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direção de meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.
Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo um universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.
Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens
E ele sorri, porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos-mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos os muros caiados.
Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.
Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate as palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me teus sonhos para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
....................
Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?
(Fernando Pessoa)
21 dezembro, 2005
20 dezembro, 2005
Rotação
ROTAÇÃO
É nos teus olhos que o mundo inteiro cabe,
mesmo quando as suas voltas me levam para longe de ti;
e se outras voltas me fazem ver nos teus
os meus olhos, não é porque o mundo parou, mas
porque esse breve olhar nos fez imaginar que
só nós é que o fazemos andar.
Nuno Júdice
19 dezembro, 2005
16 dezembro, 2005
A Season to be jolly falalalalala
You can count on me
Please have snow and mistletoe
and presents on the tree (...)"
15 dezembro, 2005
Reminiscências de outros tempos
- Perguntei-lhe (àquele que considera o seu adversário) o que é a cooperação estratégica e ele não soube responder
- Eu também ainda não entendi o que é o pensamento estratégico
- (instado pelo jornalista se tinha ouvido a provocação) O quê? pensamento estratégico?
- Sim, você é que fala nisso
- Eu nunca disse que o Presidente da República deve ter um pensamento estratégico ... o que eu disse foi ...
13 dezembro, 2005
10 dezembro, 2005
Padrão
O esforço é grande e o homem é pequeno.
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
Este padrão ao pé do areal moreno
E para diante naveguei.
A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão sinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O por-fazer é só com Deus.
E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.
E a Cruz ao alto diz que o que me há na alma
E faz a febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar.
Fernando Pessoa
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
Este padrão ao pé do areal moreno
E para diante naveguei.
A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão sinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O por-fazer é só com Deus.
E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.
E a Cruz ao alto diz que o que me há na alma
E faz a febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar.
Fernando Pessoa
08 dezembro, 2005
07 dezembro, 2005
05 dezembro, 2005
Numa sala perto de mim * 5
Os Edukadores, de Hans Weingartner
A história de um grupo de três jovens, que no calor da juventude, se entretêm criteriosamente a seleccionar residências para tentar intimidar as consciências dos seus abastados proprietários com frases como “os dias de abundância estão contados” ou “têm dinheiro demais”.
Fica o espírito rebelde, o não conformismo e o alerta para determinados aspectos que diariamente tentamos afastar quando somos coniventes com determinados abusos.
“Quem não é liberal aos 30 anos não tem coração, mas não tem cabeça quem o é depois disso”.
Fica o espírito rebelde, o não conformismo e o alerta para determinados aspectos que diariamente tentamos afastar quando somos coniventes com determinados abusos.
“Quem não é liberal aos 30 anos não tem coração, mas não tem cabeça quem o é depois disso”.
04 dezembro, 2005
02 dezembro, 2005
01 dezembro, 2005
Foi neste dia... #2 (1984)
(Paul Young)
It's Christmas time
There's no need to be afraid
At Christmas time
We let in light and we banish shade
(Boy George)
And in our world of plenty
We can spread a smile of joy
Throw your arms around the world
At Christmas time
(George Michael)
But say a prayer
Pray for the other ones
At Christmas time it's hard
(Simon LeBon)
But when you're having fun
There's a world outside your window
(Sting)
And it's a world of dread and fear
Where the only water flowing is
(Bono joins in)
The bitter sting of tears
And the Christmas bells that are ringing
Are clanging chimes of doom
(Bono only)
Well, tonight thank God it's them instead of you.
(Everyone)
And there won't be snow in Africa this Christmas time.
The greatest gift they'll get this year is life
Where nothing ever grows
No rain or rivers flow
Do they know it's Christmas time at all?
Feed the world
Let them know it's Christmas time
Feed the world
Do they know it's Christmas time at all?
(Paul Young)
Here's to you
raise a glass for everyone
Here's to them
underneath that burning sun
Do they know it's Christmas time at all?
Chorus (Everyone)
Feed the world
Feed the world
Feed the world
Let them know it's Christmas time again
Feed the world
Let them know it's Christmas time again
Feed the world
Let them know it's Christmas time again
30 novembro, 2005
Porque há 70 anos Portugal vive sem ele
Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela,
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distracção animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero. Quero só Pensar nela.
Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar.
Alberto Caeiro
(Fernando Pessoa 1888-1935)
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distracção animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero. Quero só Pensar nela.
Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar.
Alberto Caeiro
(Fernando Pessoa 1888-1935)
29 novembro, 2005
Música do dia
Der Hölle Rache
Der Hölle Rache kocht in meinem Herzen,
(Hell's vengeance seethesin my heart,)
Tod und Verzweiflung flammet um mich her!
(the flames of deathand despair engulf me!)
Fühlt nicht durch dich Sarastro Todesschmerzen,
(If Sarastro diesnot by your hand,)
So bist du meine Tochter nimmermehr.
(you will be my daughter no more!)
27 novembro, 2005
Faz falta!
Todos sabemos da triste realidade aque o mundo hoje assiste em termos de desigualdade de níveis de riqueza entre países. Números do tipo: "25% da população mundial controla 75% da riqueza total" são manchetes de jornal ocasionais quando, por exemplo, as bombásticas notícias da Casa Pia (que são as que realmente vendem jornais) dão uma folga à comunicação social.
Mas de vez em quando lá batemos com a realidade de frente outra vez quando vemos um site como este "How Rich are You?" que tem a coragem de mais uma vez por o dedo na ferida. Faz falta!
Mas de vez em quando lá batemos com a realidade de frente outra vez quando vemos um site como este "How Rich are You?" que tem a coragem de mais uma vez por o dedo na ferida. Faz falta!
25 novembro, 2005
Em tempo de Natal...
I wish I was a neutron bomb, for once I could go off
I wish I was a sacrifice but somehow still lived on
I wish I was a sentimental ornament you hung on
The Christmas tree, I wish I was the star that went on top
I wish I was the evidence, I wish I was the grounds
For 50 million hands upraised and open toward the sky
I wish I was a sailor with someone who waited for me
I wish I was as fortunate, as fortunate as me
I wish I was a messenger and all the news was good
I wish I was the full moon shining off your camaros hood
I wish I was an alien at home behind the sun
I wish I was the souvenir you kept your house key on
I wish I was the pedal brake that you depended on
I wish I was the verb 'to trust' and never let you down
I wish I was a radio song, the one you couldn't turn off
I wish I wish I wish I wish ... I guess it never stops
Pearl Jam - Wish List
I wish I was a sacrifice but somehow still lived on
I wish I was a sentimental ornament you hung on
The Christmas tree, I wish I was the star that went on top
I wish I was the evidence, I wish I was the grounds
For 50 million hands upraised and open toward the sky
I wish I was a sailor with someone who waited for me
I wish I was as fortunate, as fortunate as me
I wish I was a messenger and all the news was good
I wish I was the full moon shining off your camaros hood
I wish I was an alien at home behind the sun
I wish I was the souvenir you kept your house key on
I wish I was the pedal brake that you depended on
I wish I was the verb 'to trust' and never let you down
I wish I was a radio song, the one you couldn't turn off
I wish I wish I wish I wish ... I guess it never stops
Pearl Jam - Wish List
24 novembro, 2005
22 novembro, 2005
Atchiiiim
E toda a gente sabe como as grandes constipações
Alteram todo o sistema do universo,
Zangam-nos contra a vida,
E fazem espirrar até à metafísica.
Tenho o dia perdido cheio de me assoar.
Dói-me a cabeça indistintamente.
Triste condição para um poeta menor!
Hoje sou verdadeiramente um poeta menor!
O que fui outrora foi um desejo; partiu-se.
Adeus para sempre, rainha das fadas!
As tuas asas eram de sol, e eu cá vou andando,
Não estarei bem se não me deitar na cama
Nunca estive bem senão deitando-me no universo.
Excusez un peu… Que grande constipação física!
Preciso de verdade e de aspirina.
Fernando Pessoa.
21 novembro, 2005
Ver ou não ver...
Fecha os olhos de mansinho
Não os abras para ver
Que a vida de olhos fechados
Custa menos a viver.
Luis Goes - Fado do Estudante
Não os abras para ver
Que a vida de olhos fechados
Custa menos a viver.
Luis Goes - Fado do Estudante
Etiquetas:
Música,
Poesia-Poetry
É apenas o começo
É apenas o começo. Só depois dói,
e se lhe dá nome.
Às vezes chamam-lhe paixão. Que pode
acontecer da maneira mais simples:
umas gotas de chuva no cabelo.
Aproximas a mão, os dedos
desatam a arder inesperadamente,
recuas de medo. Aqueles cabelos,
as suas gotas de água são o começo,
apenas o começo. Antes do fim terás de pegar no fogo
e fazeres do inverno
a mais ardente das estações.
Eugénio de Andrade, in Sulcos da Sede
19 novembro, 2005
18 novembro, 2005
Uma dúvida assalta-me ...
É uma imposição?
É que é bom não esquecer que a autonomia do poder local compreende autarquias locais com património e finanças próprios e que a tutela administrativa se extingue com a verificação do cumprimento da lei por parte dos órgãos autárquicos!!
É que é bom não esquecer que a autonomia do poder local compreende autarquias locais com património e finanças próprios e que a tutela administrativa se extingue com a verificação do cumprimento da lei por parte dos órgãos autárquicos!!
17 novembro, 2005
Ah pois é...
Com a justiça a funcionar nos moldes em que temos pode parecer estranho, mas é possível…
Devagar devagarinho … e em tempo de contenção de despesas …
Devagar devagarinho … e em tempo de contenção de despesas …
13 novembro, 2005
Numa sala perto de mim * 4
Para sair com a sensação de que é possível fazer muito, fazendo apenas o que está ao nosso alcance. Mas é preciso que o façamos!
A não perder.
A não perder.
10 novembro, 2005
Recenseamento eleitoral... finalmente!
Regresso
Quanto mais longe vou, mais perto fico
De ti, berço infeliz onde nasci.
Tudo o que tenho, o tenho aqui
Plantado.
O coração e os pés, e as horas que vivi,
Ainda não sei se livre ou condenado.
Miguel Torga (Coimbra, 20 de Junho de 1973)
Quanto mais longe vou, mais perto fico
De ti, berço infeliz onde nasci.
Tudo o que tenho, o tenho aqui
Plantado.
O coração e os pés, e as horas que vivi,
Ainda não sei se livre ou condenado.
Miguel Torga (Coimbra, 20 de Junho de 1973)
08 novembro, 2005
Uma dúvida assalta-me
O Senhor ex-Presidente da República, ora candidato à Presidência da República, talvez devesse clarificar, a bem do esclarecimento público, o que mudou em Portugal desde Dezembro último com o célebre "Basta", até há uns meses atrás quando proconizou uma candidatura presidencial.
Bem sei que com os tempos se mudam as vontades... mas nuns escassos meses??
Bem sei que com os tempos se mudam as vontades... mas nuns escassos meses??
07 novembro, 2005
Portland - OREGON
Portland - Encantadora cidade da costa Oeste dos EUA, no estado do Oregon a norte do estado da Califórnia e a sul do estado de Washington. A cidade quase que foi Boston... o nome foi escolhido por processo de moeda ao ar, visto que os primeiros habitantes estavam indecisos entre chamar-lhe Portland à semelhança da cidade do estado Maine ou Boston no Massachusetts.
Foi pena que durante o tempo que cá estive (2 a 7 de Novembro, 2005) a chuva contínua não permitiu avistar a imponente montanha de 3,500m... acredito que lá está, mas vê-la não a vi :(
Foi pena que durante o tempo que cá estive (2 a 7 de Novembro, 2005) a chuva contínua não permitiu avistar a imponente montanha de 3,500m... acredito que lá está, mas vê-la não a vi :(
03 novembro, 2005
Tentei fugir da mancha mais escura
que existe no teu corpo, e desisti.
Era pior que a morte o que antevi:
era a dor de ficar sem sepultura.
Bebi entre os teus flancos a loucura
de não poder viver longe de ti:
és a sombra da casa onde nasci,
és a noite que à noite me procura.
Só por dentro de ti há corredores
e em quartos interiores o cheiro a fruta
que veste de frescura a escuridão...
Só por dentro de ti rebentam flores.
Só por dentro de ti a noite escuta
o que sem voz me sai do coração.
(David Mourão Ferreira)
02 novembro, 2005
29 outubro, 2005
Vincent como nunca antes...
A exposição dos desenhos de van Gogh está presente no Metropolitan Museum of Art em Nova Iorque de 18 de Outubro a 31 de Dezembro. A mostra destas obras menos conhecidas ilustra o ditado do pintor "O desenho é a raiz de todas as coisas" - Drawing is the root of everything.
É interessante observar como alguns desenhos aparentam ser simples provas dos quadros mais conhecidos de van Gogh, como "Os Ciprestes" (Cypresses) ou o "Café Terraço" (Café Terrace on the Place du Forum)... pena não haverem uns girassóis :-)
É interessante observar como alguns desenhos aparentam ser simples provas dos quadros mais conhecidos de van Gogh, como "Os Ciprestes" (Cypresses) ou o "Café Terraço" (Café Terrace on the Place du Forum)... pena não haverem uns girassóis :-)
28 outubro, 2005
27 outubro, 2005
Novidades por cá * 1
"As minhas ambições para Portugal"
E há também aquelas surpreendentes, fixe fixe, mas, ao que parece, não o suficiente...
E há também aquelas surpreendentes, fixe fixe, mas, ao que parece, não o suficiente...
24 outubro, 2005
Numa sala perto de mim * 3
Prime, o novo filme de Ben Younger com Meryl Streep e Uma Thurman nos papéis principais:
- 1 hora e 43 minutos de comédia pura, com muitas piadas bem subtis sobre diferentes culturas religiosas :)
- 2 minutos finais (a única cena que se passa um ano depois dos acontecimentos do resto do filme) dão que pensar... nunca saí de uma comédia com pensamentos tão sombrios e tão tristes :(
- "but most of all, as snowflakes fall, I wish you love" a música que acompanha essa última cena... um belo toque de jazz!
Nos cinemas dos EUA a 28 de Outubro.
- 1 hora e 43 minutos de comédia pura, com muitas piadas bem subtis sobre diferentes culturas religiosas :)
- 2 minutos finais (a única cena que se passa um ano depois dos acontecimentos do resto do filme) dão que pensar... nunca saí de uma comédia com pensamentos tão sombrios e tão tristes :(
- "but most of all, as snowflakes fall, I wish you love" a música que acompanha essa última cena... um belo toque de jazz!
Nos cinemas dos EUA a 28 de Outubro.
18 outubro, 2005
Numa sala perto de mim * 2
Proof, um filme de John Madden com Anthony Hopkins e Gwyneth Paltrow nos papéis de pai (um matemático brilhante mas louco) e filha (que abandona os estudos para o acompanhar na doença) da famosa peça de David Auburn, vencedora de um prémio Pulitzer.
(+) Excelentes vistas de Chicago junto ao lago Michigan;
(–) É possível que algumas passagens não sejam muito claras para quem está fora da vida académica. Por exemplo, na cena da apresentação do aluno que "se aproxima da conclusão do doutoramento à medida que o tempo se aproxima de infinito"... não é um aspecto particular daquele aluno, nem o comentário se destina a realçar a preguiça do aluno :)
(+) Excelentes vistas de Chicago junto ao lago Michigan;
(–) É possível que algumas passagens não sejam muito claras para quem está fora da vida académica. Por exemplo, na cena da apresentação do aluno que "se aproxima da conclusão do doutoramento à medida que o tempo se aproxima de infinito"... não é um aspecto particular daquele aluno, nem o comentário se destina a realçar a preguiça do aluno :)
14 outubro, 2005
Amizades
"Um dia a maioria de nós irá separar-se. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhámos. Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido. Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas que trocaremos. Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices... Aí, os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo.... Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão: "Quem são aquelas pessoas?" Diremos...que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto! -"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!" A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo. E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos. Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado. E perder-nos-emos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
U2
Boston, 4 Outubro 2005... uma noite memorável na Bank North Arena, a noite do segundo e último concerto (de Outubro) dos U2 em Boston. A noite em que a sorte me sorriu por duas vezes: (1) quando consegui comprar um bilhete à entrada para o concerto esgotado há meses; (2) quando, após as duas primeiras canções do concerto - "City of Blinding Lights" e "Vertigo" - uma pessoa do staff me oferece uma bracelete de acesso à zona vedada e de acesso restrito mesmo em frente ao palco onde se encontravam cerca de 100 pessoas. Foi como se Adam Clayton, Larry Mullen, Dave Evans e Paul Hewson (ali tão perto) cantassem só para nós. Não deu para conter a emoção... até músicas (quanto a mim) menos apelativas tipo "Elevation" ganharam outro sabor quando cantadas em versão acústica... quando os instrumentos se calaram toda a arena gritou:
A mole
Digging in a hole
Digging up my soul now
Going down,
EXCAVATION
I lie in the sky
You make me feel like I can fly
So high
EL-E-VA-TION!!!
Voltarão a Boston mais duas noites: 4 e 5 de Dezembro!
12 outubro, 2005
10 outubro, 2005
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