29 fevereiro, 2008

Espantos #94

O site http://zipskinny.com/ dá estatísticas demográficas e de rendimento (de acordo com o censo 2000 nos EUA) na área de residência... dá que pensar! Por curiosidade tentei os seguintes códigos postais (zip codes):

02215 Boston, Massachusetts
(Nova Inglaterra, maior densidade de universidades nos EUA)

10003 New York, New York
(a grande maçã)

37203 Nashville, Tennessee
(o sul)

90210 Beverly Hills, California
(ai Holywooooodi!)

Descubra as diferenças!

Coisas que não mudam #30

Depois das viagens os reembolsos... uns atrás dos outros!
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I work all night, I work all day, to pay the bills
I have to pay lalalaaaaaaaaaa

Money, money, money
Must be funny
In the rich man's world ;-)

Espantos #93

Nos passados quatro anos trabalhámos que nos fartámos por mais um tempinho extra... aí está o 29 de Fevereiro. De descanso ou de trabalho, seja benvindo!
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Over the past four years we worked our "tails off" for some extra time... there we have it: February the 29th. Whether to rest or toil, may it be welcome!

28 fevereiro, 2008

Not you...

Lips, Andy Warhol

Those lips that Love's own hand did make
Breathed forth the sound that said 'I hate'
To me that languish'd for her sake;
But when she saw my woeful state,
Straight in her heart did mercy come,
Chiding that tongue that ever sweet
Was used in giving gentle doom,
And taught it thus anew to greet:
'I hate' she alter'd with an end,
That follow'd it as gentle day
Doth follow night, who like a fiend
From heaven to hell is flown away;
'I hate' from hate away she threw,
And saved my life, saying 'not you.


William Shakespeare, Sonnet CXLV

27 fevereiro, 2008

Retirado do contexto #42

Farbstudie Quadrate (c.1913), by Wassily Kandinsky

Third paper? Lots of targets... just shoot at one.

Coisas que não mudam #29

Azeite,

alho,

camarão,

tomate,

esparguete

e salsa... dá:

shrimp scampi!

Acompanhado com pão sim, mas esse não fui eu que fiz ;-)

26 fevereiro, 2008

Ditto #63

Kissers, Rodin

Nothing is a waste of time if you use the experience wisely.

-- Rodin

25 fevereiro, 2008

Espantos #92

Harvard está a pensar restringir os horários de ginásio para responder a uma petição de alunas muçulmanas que não se sentem à vontade em fazer exercício na presença de homens. A título de experiência, a universidade estabeleceu um periodo de seis horas por semana em que não é permitida a entrada de homens no ginásio. Os resultados da experiência vão ser avaliados em breve e os novos horários podem entrar definitivamente em funcionamento depois do spring break.

Obviamente que não é por seis horas por semana a menos no ginásio que os alunos de Harvard vão perecer irremediavelmente, mas a intrusão na liberdade que cada um tem em escolher hora para ir ao ginásio parece-me no mínimo absurda. Se Harvard está tão preocupada com a saúde física das suas alunas muçulmanas que, por escolha propria, não fazem exercício em ginásios mistos, então porque não lhes oferece uma assinatura num ginásio só para mulheres, tipo
Healthworks for Women? Não só respeitaria a minoria religiosa, o que lhe fica muito bem, mas não afectaria a liberdade dos outros alunos de Harvard... afinal de contas não são todos alunos?

Não sou a favor do feminismo, nem da repressão religiosa, mas francamente... há qualquer coisa que não me soa bem quando religião é desculpa para segregação.

Inverno #3

Está tudo branco outra vez:

nada de pic-nics ao ar livre;

coitadinhos dos passarinhos!

Sede...

Come to the water

O let all who thirst,
let them come to the water.
And let all who have nothing,
let them come to the Lord:
without money, without price.
Why should you pay the price,
except for the Lord?

And let all who seek,
let them come to the water.
And let all who have nothing,
let them come to the Lord:
without money, without strife.
Why should you spend your life,
except for the Lord?

And let all who toil,
let them come to the water.
And let all who are weary,
let them come to the Lord:
all who labor, without rest.
How can your soul find rest,
except for the Lord?

And let all the poor,
let them come to the water,
Bring the ones who are laden,
bring them all to the Lord:
bring the children without might.
Easy the load and light:
come to the Lord.

Coisas que não mudam # 28


Cafe, café e mais café depois da festa do 80º aniversário do Sr. Óscar

24 fevereiro, 2008

Ditto # 62

"Talvez tudo fosse diferente se os políticos tivessem de responder, com os seus bens, pelas dívidas de que são responsáveis"

António Barreto, hoje, no Público

Numa sala perto de mim #49

There Will Be Blood... oh yeah there will. Fantástica interpretação de Daniel Day-Lewis!

23 fevereiro, 2008

22 fevereiro, 2008

Num país a fingir #15


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Não, não é brincadeira. Saíu hoje, em Diário da República. Ainda podem ter esperança os fornecedores do Estado.

Retirado do contexto # 41


A chuva, o caos e a confusão
(daqui)

Palavras lidas # 42


Avelino* foi, de todos os membros da família Cunhal, aquele que, pública e continuamente, mais manifestou a revolta com a situação do seu fillho Álvaro. Para ele, se o direito podia coexistir com a injustiça, não tinha mais sentido ser advogado, o que o levou a abandonar o exercício da sua profissão. Vendeu os seus livros jurídicos a Manuel João da Palma Carlos e cedeu os seus clientes a vários advogados amigos, incluindo Mário Soares.

(pág. 13)
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* Pai de Álvaro Cunhal

21 fevereiro, 2008

Espantos #91

Ontem, foi exactamente assim!

Foi neste dia #90 (1848, 1960)

Faz hoje anos que foi publicado, pela primeira vez, o Manifesto Comunista de Engels e Marx. 112 anos depois, neste mesmo dia Fidel nacionalizou massivamente toda a economia cubana. Uma bela teoria, que na prática... não deu resultado.

20 fevereiro, 2008

Numa sala perto de mim #48

Buena Vista Social Club, 1999

Vi ontem mais um filme não tão recente de Wim Wenders, onde a música é, obviamente, a mensagem central. Acredito que os autores nada mais quisessem do que mostrar a esquecida herança musical cubana com os verdadeiros protagonistas ainda vivos*. Mas ao ver mais de hora e meia de imagens de Havana e de Nova Iorque e de pessoas contando a sua acidentada história, pus-me a pensar no regime Cubano desde 1959 e na recente renúncia de Fidel.

As imagens de estradas com buracos, de carros a caír aos bocados, de casas degradadas, de (muita) ferrugem por todo o lado, são acompanhadas por um belissimo ritmo de instrumentos caribenhos e por vozes entoando canções de outros tempos. Os personagens vão contando a sua história: onde nasceram, em que condições, como viveram, como se dedicaram à música, etc. Vejo neles figuras que poderiam ser do meu avô que também teve uma vida difícil e até tinha interesse pela música e por modas antigas. A diferença é que pelas ruas, velhos e novos conheciam aquelas canções, como se tivessem parado no tempo e não tivessem aprendido outras. Sem nunca lá ter estado, tive a sensação que tudo tinha parado em Havana: as estradas, os prédios, os carros, foram certamente bonitos, em tempos, mas com o passar dos anos não viram mais tapetes de alcatrão, ou obras de conservação.


Um edifício, no entanto, estava altamente conservado. Tinha aspecto de teatro antigo (tipo S. Carlos), com altos tectos de estuque trabalhado, colunas de talha dourada e uma escadaria larga e imponente que a equipa de filmagem subiu mostrando as alcatifas aspiradas e as cores vivas das paredes. O piso de cima era enorme e amplo. Decorriam ali aulas de ballet para crianças (todas meninas) que não deviam ainda ter 10 anos. A um canto um piano e um pianista (com 80 anos) que era um dos mais dotados músicos do club. E comecei a pensar que era uma nobre profissão tocar piano para aulas de ballet, mas seria essa a melhor ocupação para aquele altamente qualificado recurso humano? Estaria aquele edifício a ser empregado da melhor maneira? Numa economia onde o mercado não funciona as distorções são brutais! Depois pensei que se o mercado tivesse funcionado desde 1959, talvez as músicas antigas ainda existissem, mas não nas bocas de toda a gente. Morreriam com os músicos um a um e passariam certamente ao lado da sociedade de consumo virada para o que é novo e actual, num perpétuo movimento de evolução natural. O filme termina com a passagem do grupo pelo Carnegie Hall em Nova Iorque e com as impressões de vários dos músicos sobre o que vêem e ouvem nas ruas da cidade. Ficaram-me as expressões:

actividade, actividade, actividade, isto é cheio de vida!
quem me dera poder trazer a minha senhora para ver tudo isto!
já viste aquele belissimo prédio?

A propósito de Fidel e das escolhas que fez por um país durante tantos anos... ficou a música conservada, mas trazida para o exterior por estrangeiros; ficou o deprimente atraso pelas ruas; e ficaram pessoas a pagar por isso. Serão porventura felizes (talvez mais), mas não lhes foi dado a escolher o caminho da felicidade... é como passar um atestado de estupidez às populações: assumir que não são capazes de fazer as suas escolhas e, pior que isso, condená-las a uma vida de sacrifício... serão, eventualmente, mais felizes e terão boa música, nada mais.

Dos gardenias para ti...
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* Felizmente Wim Wenders fez o filme para que o registo ficasse para sempre imortalizado já que as pessoas, essas, não podem durar sempre: numa breve busca vi que desde 1999, seis dos membros do club já morreram.

Ditto #61

Liberty without learning is always in peril; learning without liberty is always in vain.

-- John F. Kennedy

Espantos #90


A sequência de artigos na Economist desta semana por um enviado ao polo sul vale mesmo a pena ler!
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A modest metal post sits next to a sign marking the location of the geographical South Pole, the exact point through which the Earth’s axis of rotation passes. I look off to the right to see a series of older posts. The position of the geographical Pole is fixed, of course, but the ice sheet is actually flowing and sliding in a slow march to the sea, carrying the marker nine meters from the actual geographical Pole each year. Every January 1st, the station holds a ceremony to put a new marker at the true location.

Palavras lidas # 41

Havia um Portugal adormecido e alguns portugueses terrivelmente acordados. Tudo apontava para uma história convulsa, e Portugal conheceu-a: a mais longa ditadura da história europeia, filha deste Portugal bloqueado e triste. O homem que a exerceu foi um ex-seminarista, professor de Finanças de Coimbra (...). Temia que o frágil Portugal se dilacerasse face aos fortes da Europa e por isso fechou-o num casulo. Odiava a desordem e o progresso, era hábil, astuto, manhoso e autista. A ele se opuseram os políticos e os generais da República (...) mas não foram capazes de o vencer.
Quem o conseguiu, ou quem mais se aproximou, sozinho, de o conseguir, foi um jovem estudante vindo do mesmo Portugal central, que nasceu no mesmo Portugal de Salazar e que escolheu para si uma vida totalmente diferente da vida da esmagadora maioria dos portugueses do seu tempo. (...) No fim do século, ambos representam as duas faces do Portugal do século XX e a sua história contraditória.

(pág. 5)

Espantos #89

Espanta-me ainda a origem das palavras ou expressões em várias línguas. Por exemplo, em Português dizemos "ovo estrelado" não sei se por ter a ver com estrela, mas sem muito a ver com o dito; em Inglês diz-se "sunny side up eggs" definitivamente a ver com a aparência do ovo e com certas ligações a uma tal estrela...

19 fevereiro, 2008

Num país a fingir #14


Patricídio

"As leis são como os filhos, ganham vida própria" diz o presidente, ex-ministro, António Costa que tendo assumido a paternidade da Lei das Finanças Locais, vê, ao abrigo da filha, chumbado o empréstimo da Câmara Municipal de Lisboa a que hoje preside. Espantoso, não?
Ai Costa, "a vida cooooosta"...

Memórias # 12


Nunca tive medo de trovoadas, nunca tremi com um relâmpago. Confesso até que, se estiver em casa, é um espectaculo que gosto de ver e ouvir.
O céu cortado por um raio de luz seguido de um rugir grosso (que quando muito próximo até faz tremelicar os vidros das janelas) faz-me sentir pequenina mas maravilhada com a perfeição da natureza. Sempre foi assim.
Mas lembro-me bem de muitas vezes, e ainda sem perceber bem o que uma trovoada significava, ver fechar portas e postigos, janelas e portadas, ficando a casa completamente às escuras, pois até era "perigoso mexer nos interruptores" e acendiam-se velas e tapavam-se ouvidos (se calhar baixinho até se rezava a Sta. Bárbara), como se isso nos afastasse daquele fenómeno que eu, às escuras e às escondidas, espreitava lá fora.

18 fevereiro, 2008

Palavras lidas # 40

Desculpar(-se), v, Lançar as bases para uma futura ofensa.

17 fevereiro, 2008

Numa sala perto de mim #47

Lisbon Story, 1994

Teresa (after seeing Philip's leg is no longer casted): How is your leg?
Philip: How are your legs? How are your eyes? How are your lips?

Parece que estou a ouvir #48

See the World
Gomez

Day to day
Where do you want to be?

cose now you're trying to pick a fight
With everyone you need
You seem like a soldier
Who's lost his composure
You're wounded and playing a waiting game
In no-man's land no-one's to blame

See the world
Find an old fashioned girl
And when all's been said and done
It's the things that are given, not won
Are the things that you want

Empty handed, surrounded by a senseless scene
With nothing of significance
Besides a shadow of a dream
You sound like an old joke
You're worn-out, a bit broke
An' askin me time and time again
When the answer's still the same

See the world
Find an old fashioned girl
And when all's been said and done
It's the things that are given, not won
Are the things that you want

You've got a chance to put things right
So how's it going to be?
Lay down your arms now
And put us beyond doubt
So reach out it's not too far away
Don't mess around now, don't delay

See the world
Find an old fashioned girl
And when all's been said and done
It's the things that are given, not won
Are the things that you want

Caprichos #39

Turkish eggplant delight ;-)

16 fevereiro, 2008

No Times de hoje #58

Mais um infeliz episódio de tiroteio numa universidade norte-americana. O artigo do Times de hoje centra-se essencialmente em tentar compreender o que leva um bom aluno, sem sinais de isolamento ou demência a cometer um acto destes. É sem dúvida um exercício interessante e que merece ser investigado: venham os psicólogos, os sociólogos e, eventualmente os antropólogos.

Agora, será esse o caminho para impedir que tais actos venham a repetir-se no futuro? Virginia Tech aconteceu há menos de um ano e volta não volta lá aparece algum louco no parque de estacionamento de um centro comercial, ou num posto dos correios a fazer o mesmo. E não se vê absolutamente debate nenhum acerca de uma das maiores inconsistências deste país: o livre acesso às armas. Gente doida (ou que endoidece rapidamente) há em toda a parte, mas só se vêm coisas destas por aqui!
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In a stark, puzzling contrast to the usual image of a rampaging gunman, Mr. Kazmierczak, 27, was described Friday as a successful student — “revered,” the authorities said, by his professors — who had served as a teaching assistant and received a dean’s award as an undergraduate here at Northern Illinois University, where he returned Thursday, killing himself and five students and wounding 16 others.

(...)

The gunman bought his weapons legally from a Champaign gun dealer, officials said. He also bought some accessories from the popular Internet dealer who sold a gun to the gunman in the Virginia Tech massacre last year.

15 fevereiro, 2008

Espantos # 88

A fotografia de Miguel Barreira, distinguido com um prémio da World Press Photo 2007.

Parece que estou a ouvir #47

Goodnight Goodnight
Maroon 5


You left me hanging from a thread we once swung from together
I lick my wounds but I can never see them getting better
Something’s gotta change
Things cannot stay the same
Her hair was pressed against her face, her eyes were red with anger
Enraged by things unsaid and empty beds and bad behavior
Something’s gotta change
It must be rearranged, oh

I’m sorry, I did not mean to hurt my little girl
It's beyond me, I cannot carry the weight of the heavy world
So goodnight, goodnight, goodnight, goodnight
Goodnight, goodnight, goodnight, goodnight
Goodnight, hope that things work out all right, yeah

The room was silent as we all tried so hard to remember
The way it feels to be alive
The day that he first met her
Something’s gotta change
Things cannot stay the same
You make me think of someone wonderful, but I can’t place her
I wake up every morning wishing one more time to face her
Something’s gotta change
It must be rearranged, oh

I’m sorry, I did not mean to hurt my little girl
It's beyond me, I cannot carry the weight of a heavy world
So goodnight, goodnight, goodnight, goodnight
Goodnight, goodnight, goodnight, goodnight
Goodnight, hope that things work out all right

So much to love
So much to learn
But I won’t be there to teach you, oh
I know I can't be close
But I try my best to reach you

I’m so sorry, I did not mean to hurt my little girl
It's beyond me, I cannot carry the weight of a heavy world
So goodnight, goodnight, goodnight, goodnight
Goodnight, goodnight, goodnight, goodnight
Goodnight, goodnight, goodnight, goodnight
Goodnight, hope that things work out all right, yeah
Whoa, oh…Yeah

14 fevereiro, 2008

Retirado do contexto # 40

Cada vez mais tenho a certeza: o comportamento dos homens é o espelho da educação em criança.
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Pena é que os pais não tenham uma segunda oportunidade. Seriamos certamente muito melhores.

13 fevereiro, 2008

Coisas que não mudam # 27

De pequenino se torce o pepino

(Na Tate em Londres)

I could have...

I could have danced all night!
I could have danced all night!
And still have begged for more.
I could have spread my wings
And done a thousand things
I've never done before.
I'll never know
What made it so exciting;
Why all at once
My heart took flight.
I only know when he
Began to dance with me
I could have danced, danced, danced all night!

12 fevereiro, 2008

Retirado do contexto #39

CONGRATULATIONS!!! This is a fine offer to a fine person. I am happy for you.

Dare I suggest you try a very small glass of champagne! (I know you are a near teetotaler.)

Vile

In a Cafe (The Absinthe Drinker), Edgar Degas, 1875-6

'Tis better to be vile than vile esteem'd,
When not to be receives reproach of being,
And the just pleasure lost which is so deem'd
Not by our feeling but by others' seeing:
For why should others false adulterate eyes
Give salutation to my sportive blood?
Or on my frailties why are frailer spies,
Which in their wills count bad what I think good?
No, I am that I am, and they that level
At my abuses reckon up their own:
I may be straight, though they themselves be bevel;
By their rank thoughts my deeds must not be shown;
Unless this general evil they maintain,
All men are bad, and in their badness reign.


William Shakespeare, Sonnet CXXI

11 fevereiro, 2008

No Times de hoje #57

Ontem foi a noite em que Amy Winehouse ganhou 5 grammys. Depois de ter finalmente dado entrada numa clínica de reabilitação (i.e. desintoxicação de toxicodependentes), Amy viu ser-lhe negado o visto de entrada nos EUA para assistir à cerimónia em Los Angeles. A organização do evento decidiu ainda assim, ter Amy Winehouse no evento via videoconferência a partir de Londres.

Ironia: entre os 5 prémios encontra-se o de melhor canção -- Rehab -- em que a cantora se recusa a fazer desintoxicação. Espero que esta desintoxicação seja o princípio do fim da problemática vida de Winehouse, cuja voz me faz lembrar um outro tempo, um outro estilo, uma outra dimensão.

Palavras lidas # 39

- Rafael Monteiro? Ah, sim... já estou a ver! Veio ontem. E é amigo do senhor engenheiro?
- Amigo de infância.
- Ah, claro! Todos temos amigos de infância, às vezes esquisitos, nao é? - O inspector passou os dedos pelas pontas do bigode, esticando-as.
- Posso perguntar-lhe, senhor inspector, porque está ele preso?
- Para investigação, claro. Só pode ser.
- Para investigação? E como é que investigam, aqui: interrogam-no?
- Pois, é sempre interrogado, procedimento de rotina.
- Sem advogado?
O inspector tossiu.
(...)
- Só lhe quero poupar trabalho, senhor inspector: se suspeita que o dr. Rafael Monteiro tenha actividades organizadas contra o regime, está a perder o seu tempo. Se há coisa que ele desconhece, é o significado da palavra organização.
- Mas é um elemento desafecto ao regime!
- Também eu sou, senhor inspector. Vai-me prender?
(...)
- Não me está a dar nenhuma novidade com essa confissão, senhor engenheiro! se quer que lhe diga, de há muito que sabemos das suas inclinações políticas e só me custa a entender como é que alguém da sua estirpe pode estar do lado dos inimigos do regime.
- Porquê? Ha alguma lei que diga como é que eu devo pensar?
(...)
(págs. 499 a 501)

Ditto #60

Very little is needed to make a happy life; it is all within yourself, in your way of thinking.

-- Marcus Aurelius Antoninus

10 fevereiro, 2008

Caprichos #38

Uma mania como outra qualquer...

Numa sala* perto de mim # 46

Morangos Silvestres (Bergman)

Professor Isak Borg: If I have been feeling worried or sad during the day, I have a habit of recalling scenes from childhood to calm me. So it was this evening.

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*Actually my own :)